|CAPÍTULO 22|

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(...)

Antes do meu telefone despertar, acordei com ele tocando estridentemente. O som do toque parou e recomeçou logo em seguida.

- Merda, JÁ VOU... - Gritei.

Ligação On

- Alô?

- Oi Helena, me desculpe ligar este horário.

- Quem fala? - perguntei pois atendi sem olhar o visor.

- É a Marcela.

- Oi tia, desculpe, acordei agora e não reconheci sua voz. Mas me diga, o que aconteceu para me ligar tão cedo?

- O Davi sumiu. Tivemos uma briga ontem, ele entrou para o quarto e hoje assim que levantei, fui conversar com ele mas não havia ninguém.

- Hum... e onde será que ele foi?

- Não faço ideia, querida. Estou te ligando para isso mesmo. Você às vezes pode ter uma noção de onde ele esteja.

- Não sei, tia. Eu não sou de sair. Não faço ideia. Mas me conta, como estão as coisas por aí?

- Ah Helena, foi muito difícil ouvir de Lis e Antony que meu filho está se drogando. Ele sempre teve tudo, todas as oportunidades e não soube dar valor. Não tem motivo de ele usar essa porcaria. Mas ele insiste em dizer que é só de bobeira, mas não é, esse trem vicia, acaba com a vida da pessoa.

- Mas ele está tão viciado assim, tia?

- Não sei ao certo, Helena.

- Tia, eu queria ajudar, mas sinceramente, não sei como. Às vezes conversando com ele e tentar entender o que motivou a entrar nessa.

- Nós perguntamos, mas ele não disse nada. Davi sempre foi muito fechado. Mas sempre aproveitou da vida boa que demos a ele.

- Eu vou tentar ligar para ele e ver se consigo acha-lo. Te informo qualquer coisa.

- Obrigada, minha querida.

- Por nada, tia.

Ligação Off.

Após a ligação, me levantei indo fazer a minha higiene, tomei meu café e minha avó não estava em casa. Deve ter saído para sua caminhada.

Arrumei as coisas e aguardei Nathan na saída do meu prédio.

Assim que ele chegou, entrei em seu carro e lhe dei um beijo. Mas eu estava distante.

- Aconteceu alguma coisa, morena?

- Ham? Ah, não. Na verdade, sim..

- Sim ou não?

- Recebi uma ligação agora cedo. Era a minha tia Marcela, mãe de Davi. Ele sumiu.

- Sumiu?

- Sim. Ela disse que eles discutiram ontem e ele foi para o quarto, mas hoje cedo ela foi vê-lo e ele não estava.

- E o por que ela te ligou?

- Para saber se eu teria alguma ideia de onde ele esteja. Mas não tenho noção de onde ele possa estar.

- Hum...

Ficamos em silêncio por um tempo...

- E como você está com isso? - Nathan perguntou.

- Não sei. Estou preocupada. Queria ajudar mas não sei como.

- O que você sente por ele, Helena?

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora