Capítulo 1

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Primeira história que estou realmente me sentindo bem em escrever e resolvi postar, é completamente diferente do que eu costumava escrever e espero que vocês gostem, boa leitura! Em breve estarei postando.

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Thaís*

- Por favor, para! - Eu pedi me debatendo e ele apenas riu.

- Fique quieta! - Ele bradou alto e então riu novamente, as lágrimas desciam de meus olhos enquanto ele agarrava minhas mãos.

- Mamãe! - Eu grito sabendo que é em vão e recebo um tapa.

- Você sabe que é em vão, seja uma boa menina e faça o que estou mandando - Derrotada e com as lágrimas rolando pelo rosto faço o que ele pede e então levo minhas pequenas mãos até aquela coisa que ele tem entre as pernas.

Acordo assustada e suada, a sensação de estar suja domina o meu corpo, me levanto devagar do colchão no qual durmo no chão da sala e vou em direção a pequena cozinha que temos em casa, vou até a geladeira e pego uma garrafa de água, encho um copo e bebo com as mãos tremendo. Fico pensativa pois parece que esses pesadelos nunca vão embora, passo as mãos pelo rosto e vou até o banheiro, tiro minha roupa e me olho no espelho, vejo minha imagem e logo me afasto, imagens do que aquele homem já fez ao meu corpo voltam e eu entro rapidamente no chuveiro onde tomo uma ducha rápida e então volto para onde durmo, eu deito mas não consigo dormir, então presto atenção nos sons que fazem no apartamento, tudo o que posso ouvir é o som do relógio pendurado na parede da cozinha e sei que logo mamãe e seu cliente estarão de pé, levando isso em consideração decido me levantar e arrumar minhas coisas antes que isso aconteça, não quero ter que me encontrar com mais um de seus clientes nojentos.

Então desfaço minha cama e guardo tudo em um canto, troco de roupa e saio do apartamento, ainda é muito cedo, pego meu celular e vejo que são antes das 6 horas ainda e quase não tem pessoas na rua, ando por ai sem destino esperando apenas as horas passarem e quando são 9:20 da manhã resolvo voltar para tomar café.

Entro no apartamento e esta tudo quieto, vou direto para a cozinha procurar algo para comer pois estou morrendo de fome, encontro apenas um pacote de rosquinhas e as pego, sigo até o sofá e me sento. Enquanto como começo a pensar em minha vida, tenho 17 anos e moro com a minha mãe, sou uma morena de pele dourada e com o cabelo longo e cacheado na cor castanho avermelhado, meus olhos são de um verde profundo e tenho o corpo incrivelmente desenvolvido desde muito cedo, tenho os seios e a bunda grande, o que me garante muitas curvas e vários olhares nojentos que eu tanto desprezo. Eu estudo em uma escola pública próxima de casa e estou no último ano do ensino médio, eu luto todos os dias pra sobreviver, eu amo a minha mãe mas as vezes duvido do amor dela por mim, sei que é estranho porém apesar da minha mãe ser uma mulher negra muito bonita sei que esta se afundando em seus vícios e em seu trabalho nojento.

Desde que me entendo por gente minha mãe é uma alcoólatra que trabalha como prostituta para manter o vício, por mais que eu odeie ela ter me envolvido nessa vida dela, ela ainda é a minha mãe.

E é pensando nela que me levanto do sofá achando muito estranho que minha mãe não tenha aparecido ainda e então decido ir até o seu quarto, me aproximo devagar e abro a porta lentamente e a primeira coisa que vejo é minha mãe deitada de bruços com as mãos amarradas nas costas, paro um segundo analisando aquela imagem estranha até que eu percebo o sangue, um grito fica preso na minha garganta e eu corro até a cama, o desespero toma conta de mim quando vejo muito sangue embaixo dela, viro minha mãe e vejo seus olhos abertos e sem vida ainda demostrando todo o terror que ela sentiu, olho para baixo e vejo sua garganta degolada, sinto todo o meu café da manhã lutando para sair mas respiro fundo e me controlo, as lágrimas logo inundam os meus olhos e começo a chorar, não entendo o que esta acontecendo, por que fariam isso com ela? Meu choro se torna compulsivo e eu me agarro em seu corpo.

Ouço a porta ser fechada e é nesse momento que eu percebo que não estou sozinha, um homem muito alto está parado ao lado da porta, ele ficou um tempo me olhando assim como eu permaneci parada encarando ele, totalmente sem reação, após alguns segundo ele então tirou o celular do bolso e começou a falar uma língua que eu não entendia, acredito que russo, fico parada em pé ao lado do corpo da minha mãe ainda sem reação e então registro o que esta acontecendo, nesse momento sinto uma onda de adrenalina atravessar o meu corpo e corro em direção a porta, nem mesmo cheguei a me aproximar dela pois o homem me agarrou pela cintura segurando os meus braços junto e eu comecei a me debater em seus braços tentando me soltar.

- Me larga seu idiota! Assassino! - grito e ele tenta tirar minhas pernas do chão, começo a chutar e então acerto sua canela, ele pragueja ou algo assim em outra língua e então seus braços ficam mais soltos e eu consigo me separar dele, tento correr e alcançar a porta novamente mais ele me segura pelos cabelos e então soca meu rosto, fico desnorteada por alguns segundos e então ele começa a me enforcar, nesse momento eu entro em um desespero ainda maior, não acredito que estou prestes a morrer, tento gritar e não consigo, continuo me sacudindo e o socando até que perco minhas forças, logo minha visão vai embaçando e tudo que vejo são mais homens entrando em minha casa antes de não ver mais nada.

E foi ai que meu inferno começou e eu nem sabia.

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Deem estrelinhas e deixem comentários, até breve e beijos da Day ;)

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