Era mais uma noite normal na residência dos Cooper.
A matriarca da família Alice, havia saído para trabalhar. Suas duas filhas Stfane e Maria já estavam acostumadas com isso, a mãe uma vez por semana saia de casa para ir trabalhar como segurança em algum evento.
Essa noite até poderia ser considerada normal, se Stfane não tivesse ouvido um barulho alto, vindo da cozinha.
Ela estava praticamente sozinha, pois sua irmã mais nova já havia ido dormir.
Imediatamente Stfane mandou mensagem aos seus estimados amigos.
"Acho que tem alguém na minha casa" falou ela na mensagem.
Imediatamente seus amigos ficaram desesperados e com medo, pois não podiam ajudar por morarem longe.
"Você já conferiu pela casa?" Felipe o mais incomodado com a situação perguntou.
"Não tenho coragem. Se for um bandido ele pode ter uma arma e... e... e eu nem gosto de pensar no que pode acontecer"
Em um ímpeto de coragem Stfane levantou de sua cama, correu até a porta de seu quarto e a trancou.
Voltando para sua cama, ela pensou ter ouvido mais alguns ruídos vindos da cozinha.
- O que eu vou fazer agora? - sussurrou baixinho para si mesma.
Stfane foi até o banheiro, e se assustou com o que viu. Um rosto amaçado na pequena janela.
Logo ela correu para fora do banheiro e trancou a porta do mesmo.
Contou aos amigos o que havia acontecido, e os mesmos tentaram conforta-lá dizendo que não era nada.
Stfane logo começou a conversar outros assuntos com seus amigos, no âmbito de esquecer que poderia ter alguém em sua casa.
A conversa até estava funcionando, mas a irmã mais nova de Stfane maria se remexeu na cama e fez una cara de choro.
Pronto, isso foi o suficiente para que Stfane entrasse em desespero total.
Sua irmã, tinha o dom ou maldição, de ver espíritos. E era exatamente isso que Stfane temia, que ouvesse espíritos em sua casa.
Essa não era a primeira vez que um espírito aparecera. Stfane lembra claramente de uma vez que sua mãe fora a igreja, e ela ficou sozinha com a irmã. No meio da noite a irmã ficou com sede e foi até a cozinha para beber água. Mas no corredor de acesso a cozinha a pequena menina de 7 anos viu um enorme cachorro preto.
Apenas pelo fato de lembrar dessa noite Stfane ficou com os nervos a flor da pele.
Foram muitas outras situações, porém Stfane tinham pelo menos a presença da irmã.
Com muito medo a garota de 14 anos foi até a porta do banheiro. Com calma ela destrancou a porta e lentamente abriu a mesma.
Olhou pela janela e lá estava o mesmo rosto amaçado.
Dessa vez ela não se assustou. Apenas fechou os olhos e pediu a deus que aquela noite passasse mais rápido.
Stfane pegou o celular e ligou a tela. Era "01:38" da madrugada.
- Certo. Pelo menos não são três horas. - novamente sussurrando, Stfane suspirou um pouco aliviada por não ser três horas. A hora conhecida como a hora do cão.
Stfane saiu do banheiro e com passos leves caminhou até a mesa do computador, sua intenção era pegar o telefone sem fio e com isso discar o número da polícia.
Mas assim que tocou no telefone escutou um barulho alto como se fosse um tiro.
Stfane estremeceu no lugar, lembrou-se de uma vez em que um homem fora assassinado na frente de sua casa.
Céus por que tantas coisas ruins aconteciam com aquela garota?
Retomando a consciência, Stfane girou a chave da porta mais uma vez, apenas para se certificar que a porta estava realmente trancada.
Ela pegou o telefone e ligou a TV em um volume baixinho. Não queria deixar a luz acessa, pois se tivesse alguém na casa, essa pessoa saberia que Stfane e sua irmã estariam ali também.
Voltou para cama um pouco mais aliviada. Com o telefone sem fio em mãos Stfane discou o número da polícia e deixou o telefone ao seu lado na cama.
Voltou a conversar com seus amigos, mandando mensagens dizendo que estava com medo, e que poderia ter um cara armado, roubando a sua casa.
Do outro lado da cidade estava Felipe, inquieto e preocupado com a amiga. O que ele poderia fazer para ajudar sua amiga?
Olhou no relógio, quase duas horas da manhã, seus pais estavam dormindo.
Porém até chegar a casa da amiga, algo de ruim poderia acontecer.Então Felipe teve uma idéia. Falou para amiga que eles poderiam fazer uma chamada de vídeo, Stfane iria até a cozinha, conversando com Felipe, enquanto isso ele estaria com o telefone fixo em mãos, pronto para ligar para polícia caso algo acontecesse.
Stfane gostou da idéia, porém ficou preocupada com a irmã, a menina não poderia ficar sozinha no quarto.
Com medo de deixar a irmã sozinha, Stfane acordou a pequena garota e mandou ela se esconder no banheiro, e trancar a porta.
- Você só vai abrir essa porta pra mim, entendeu?
A pequena garota de agora 8 anos assentiu com a cabeça mesmo sem entender nada. Ela só conseguia pensar na cama quentinha que abandonara a alguns minutos.
Stfane deu início a uma chamada de vídeo com seu amigo.
A passos lentos e com o coração, ela se dirigiu até a porta, destrancou a mesma e foi em direção ao corredor que levara a cozinha.
A cada passo dado Stfane ficava com menos medo, pois nos cômodos já percorridos ela não encontrara ninguém.
Chegou então na tão temida cozinha. Ficou parada na porta por alguns segundos. Felipe encorajou a amiga de entrar no temido cômodo.
Stfane olhou ao redor e não encontrou nada nem ninguém. E com isso o medo cada vez mais ia embora.
Ela olhou por todos os cantos da cozinha, até que deu falta de algo.
Seu trabalho de Educação Artística havia sumido.
- Mas eu tinha deixado isso aqui.
Exclamou ela- Não está no chão?
Perguntou Felipe.Então Stfane olhou no chão ao lado da pia, e ali viu pedaços do seu trabalho no chão.
Seu trabalho consistia em argila em cima de um balão a fim de fazer uma máscara africana.
- Já entendi o que ouve aqui.
Exclamou com felicidade.Stfane explicou ao amigo, que a argila continha pequenas pedras, e isso provavelmente fez com que o balão estourasse.
Stfane voltou feliz para o quarto, e logo tratou de tirar sua irmã do banheiro.
Quando Maria abriu a porta Stfane logo olhou para a pequena janela e viu que na verdade o rosto que estava na janela era na verdade poeira, que ficou de um jeito estranho parecendo um rosto.
Assim que as duas garotas saíram do banheiro, Felipe disse que o som do tiro poderia ser na verdade fogos de artifício.
- O que essas pessoas tem na cabeça? Soltar fogos de artifício a essa hora da noite.
- Existem pessoas que não tem senso.
Com o passar do susto Stfane continuou conversando com o amigo, até pegar no sono.
No dia seguinte contou toda a história a suas amigas que riram da mesma.
E essa se tornou uma grande história, que agora trago a vocês.
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Uma Quase Noite Assustadora.
Short StoryStfane passa uma verdadeira noite de terror quando escuta um barulho alto vindo da cozinha. Na casa estava apenas ela é a irmã mais nova que já se encontrava em um sono profundo. O que a garota de 14 anos poderia fazer? Um rosto na janela do banheir...