O início da família Bartholy em 1844.

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13 de Junho de 1819:

Candice mora na Grã-Bretanha ela está grávida do seu primeiro bebê, apreensiva com essa nova fase da sua vida, Candice tem a ajuda de seu marido Josh, um vendedor de arma. O dia hoje foi longo, Candice havia completado seu ciclo da gravidez a algumas semanas e a qualquer momento seu bebê haverá de nascer. A mesma estava sentada em uma Poltrona Luis XV, que ficava no canto de sua sala, seus pés estavam no alto sobre um banquinho pequeno, em sua mão direita Candice segurava uma agulha e em sua mão esquerda um tecido branco, neutro pois ela não sabia ao certo o sexo de seu bebê. Josh tinha acabado de chegar e havia se sentado de frente para sua mulher, dizendo o quanto a pequena lojinha de arma estava crescendo e que logo logo ela poderia se expandir. A conversa dos dois foi bem longa, Candice havia chegado ao término da roupinha e estava completamente emocionada com seu progresso, ao subir a escada de madeira antiga Candice se apoia no corrimão e sente uma dor interna horrível na qual se demostrava pelos seus gritos.

- Josh! - Sua voz expressava dor. - Josh me ajude, acho que chegou a hora do bebê nascer.

Josh então desesperado pois nunca havia passado por algo assim antes, correu em direção a sua mulher que lhe implorou para que chamasse a parideira que havia ali perto, rapidamente Josh correu durante alguns segundos no vilarejo e então bateu brutalmente na porta de Amelia, colega de Candice. Sem folego o homem explicou em pouquíssimas palavras para a mulher que Candice havia entrado em trabalho de parto.
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Já em sua casa Josh estava aflito no andar de baixo andando de um lado para o outro enquanto ouvia Amelia e Candice no andar de cima.

- Amelia... Eu não consigo mais... - O suor escorria em sua testa, suas unhas agarravam brutalmente o lençol.

- Continue Candice... Está quase lá. - A senhora passava um pano na testa de Candice que continuava se contorcendo e fazendo força para que seu bebê saísse.

E por fim depois de alguns minutos de gritos finalmente a casa havia ficado em silêncio. Josh olhou em direção a escada e viu Amelia descendo com algo pequeno e enrolado em seus braços, porém havia algo de errado, o olhar de Amelia não expressava uma alegria como imaginado.

- Josh... Antes de qualquer coisa, pense nessa criança e fique calmo. - Os olhos de Amelia ficou marejados e sua tensão era nítida. - A Candice... Bom ela não.. ela... - Amelia começa a chorar e segura firmemente o bebê em seus braços.

- Ela o quê Amelia?! - Josh já apreensivo com a notícia, decidiu subir e atravessou o corredor do segundo andar as pressas.

Quando chegou ao seu quarto, viu Candice deitada na cama, a mulher estava largada, seus olhos estavam abertos e em seus lábios um única expressão era visível, ela estava com um sorriso sereno. Josh chegou perto de seu corpo e percebeu que ali só havia um corpo vago, sem vida. Sentou-se na beira da cama e pegou o corpo falecido de sua mulher nos braços, chorando prantos pois no dia do nascimento do seu filho que deveria ser o dia mais feliz de sua vida acabou de se tornar o pior dia de sua vida, pois o amor da sua vida havia morrido.
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Mesmo com uma tristeza mais que visível, Josh sabia que o seu dever paterno era o que mais Candice iria querer. Passou suas mãos nos olhos de Candice os fechando, desceu as escadas completamente desolado e pediu para que Amelia o entregasse o bebê, e também comentou-lhe sobre o velório que iria fazer a sua querida Candice, Amelia apenas concorda e sai dali dando a notícia à todos que viviam no vilarejo.

Josh ainda estava segurando o bebê em seus braços, seus olhos estava todo vermelho por conta das lagrimas, que havia umedecido também o pano em que o bebê estava. Ele não poderia deixar em hipótese alguma o bebê ficar daquela forma, enquanto o trocava percebeu que Candice e ele não havia planejado seu nome.

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