Capítulo Um

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Nishinoya estava ansioso, havia arrumado a mesma almofada dez vezes no último minuto. Asahi, no outro lado da sala, estava esparramado no sofá, mexendo no celular.

‘’Não acha que eles estão demorando muito? Acha que eles erraram o caminho?’’ resmungou Nishinoya.

‘’Se eles estivessem perdidos, o Daichi já teria ligado. Relaxa.’’ respondeu Asahi, sem se dar o trabalho de erguer os olhos do celular.

Nishinoya bufou, caindo entre as almofadas fofas no sofá. Havia planejado aquele reencontro por meses. contando os dias, planejando todos os detalhes cuidadosamente para nada dar errado. Havia até mesmo implorado para que seus pais liberassem uma das casas de campo deles. Um enorme chalé de vidro, perto das montanhas.

Chegara no dia anterior, com Asahi, para poder arrumar a casa que estava há tempos inativa. Arrumar toda a bagunça fora a parte fácil, difícil fora convencer Asahi a dormir ali. Alguns cômodos não existia iluminação, por ser totalmente de vidro, com exceção dos banheiros, a casa recebe uma iluminação natural. Apesar da lua cheia iluminando todo o chalé, as paredes transparentes eram uma tela perfeita da floresta lá fora.

‘’Está muito escuro lá fora! Dá a sensação que pode aparecer algo a qualquer momento.’’ choramingou Asahi durante toda à noite. No fim, ele só conseguiu dormir quando o amanhecer deu seus primeiros sinais.

Nishinoya esperava que Asahi se acostume logo com a casa, já que está nos seus planos passar mais ou menos duas semanas ali.

‘’Você viu se temos bebidas o suficiente?’’ Asahi assentiu. ‘’E cobertores? Nós temos bastante, mas será que eles vão trazer, também? É bem frio aqui durante a noite, você sabe.’’ Asahi assentiu novamente, ainda colado em seu celular.

‘’Asahi-san, me dá atenção!’’ exclamou Nishinoya, assustando o outro, fazendo com que seu celular escorregasse de sua mão, caindo no carpete.

‘’Nishinoya, não tem porquê ficar tão nervoso.’’ Asahi suspirou.

‘’Mas faz tempo desde a última vez que nos reunimos.’’ movia-se para cima e para baixo em cima do sofá, excitado. ‘’Droga, estou tão ansioso!’’ riu.

Asahi riu consigo, levantando-se de onde estava para sentar ao lado de Nishinoya. Nishinoya se aproximou, colocando os braços ao redor do pescoço de Asahi. Asahi inclinou a cabeça, esfregando seu nariz no de Nishinoya, carinhosamente.

‘’Também estou, mesmo estudando na mesma universidade que o Daichi e o Suga, quase nunca os vejo.’’ lembrou Asahi. Os dois permaneceram abraçados no sofá, lembrando dos tempos de escola, do antigo time de vôlei. Até Nishinoya ouvir o barulho do carro do lado de fora, e sair correndo para abrir a porta.

O primeiro que recebeu foi Tanaka, que carregava Hinata em suas costas. Logo atrás dele vinham Daichi, Sugawara, Iwaizumi, Oikawa e Akaashi. Depois que todos entraram, Nishinoya pode ver Tsukishima, Kuroo, Kenma, Kageyama e e Yamaguchi retirando malas e mochilas do porta malas da van. Bokuto estava no volante, a van era de seu avó.

‘’Porra, pigmeu. Teu pai trafica órgãos?’’ disse Tanaka, olhando o chalé. ‘’Eu sabia que sua família nadava na grana, mas não tanto assim.’’

Nishinoya riu. Não queria dizer, mas aquela era a mais simples que a sua família tinha, a única que seus pais lhe confiaram. Haviam várias outras bem mais extravagantes. Porém, não era algo que ele gostava de se orgulhar.

“Tô me sentindo em um reality show!” comentou Hinata, saindo das costas de Tanaka.

‘’Está mesmo tudo bem ficarmos aqui?’’ perguntou Sugawara, ajudando os meninos a colocar as bagagens para dentro. Olhando aquelas paredes de vidro, Sugawara já se preocupava com o que aconteceria com elas quando o sangue deles estivesse nadando em álcool.

O que acontece na casa de vidro fica na casa de vidroOnde histórias criam vida. Descubra agora