Júlia Narrando.
Assim que acordo vejo uma doutora ao meu lado com uma prancheta na mão, abre um sorriso e continua mexendo no soro.
— Bem-vinda de volta, Júlia. — Seu sorriso é simpático e eu sinto a necessidade de sorrir de volta mas minha boca está ressecada.
— Estou... — merda é difícil até de falar parece que fiquei muda por anos. — Água.
Digo e ela logo entende, molha uma gaze e passa nos meus lábios.
— Agora beba devagar e com pequenos goles. — Ela diz e eu faço como pediu, a água entra aliviando tudo em mim e eu tomo todo o líquido bem devagar.
Depois disso ela e mais um enfermeiro me examinam e fazem várias perguntas que eu respondo a todas.
— Bom qualquer coisa é só chamar. — A médica diz e sai do quarto. Volto a me deitar e fecho os olhos, estou tão cansada mas ao mesmo tempo tão leve só sinto algumas dores no corpo mas nada grave.
— Júlia? — Abro os olhos e olho pra pessoa a minha frente.
— Quem é você?
— Ai meu Deus, perdeu a memória? Sou eu Taylor, seu amigo. — Não consigo mais segurar e dou uma pequena risada.
— Pensei que fosse meu irmão.
— Ai meu Deus, sua idiota quer me matar de susto? Pensei que já ia ter que te reconquistar. — Ia dar uma gargalhada mas a pontada na barriga me alertou de que não posso exagerar.
— A sua cara foi a melhor. — Ele revira os olhos e se abaixa me dando um abraço, com um sorriso enorme no rosto.
— Imagino, como você se sente?
— Na merda e estranha. Todo o meu corpo dói e a minha voz está me irritando. — Minha voz está rouca e baixa, acho que é por causa da garganta que ainda está ressecada e meu corpo dói por está deitada aqui o dia todo.
— Quanto tempo eu dormi?
— 5 dias. — Abro a boca, meu Deus acho que botei em dia todo o sono perdido.
Taylor e eu botamos toda a conversa em dia e eu dou várias risadas contidas pois cada sorriso é uma dor diferente e quando chega ao fim o horário de visitas eu fico triste pois não quero ficar sozinha.
O enfermeiro entra no quarto e me dá remédio pra dor e minutos depois eu já estou dormindo novamente.…
Na manhã seguinte assim que abro os olhos dou de cara com uma cabeleira loira. Conrado está sentado na poltrona de visitas com a cabeça na cama, não sei se está dormindo então o cutuco duas vezes até ele levantar a cabeça de repente e me dar um pequeno susto. Ele me olha e abre o maior sorriso que já vi na vida.
— Você acordou mesmo. — Ele diz e aperta minha mão.
Nossa como está abatido, emagreceu e seus olhos estão fundos e com marca preta em volta, seu cabelo normalmente penteado está bagunçado e seu rosto transpira total cansaço.
— Oi. — Digo e dou um meio sorriso.
— Eu estava com saudades. — Passo a mão em seu rosto e sorrio ainda mais. Taylor havia me dito que ele ficou aqui dia após dia que não saía nem por um decreto só esperando notícias sobre mim. Agora percebo o porquê dele está abatido, não devia ter se alimentado bem e nem dormido.
— Você precisa urgentemente de uma boa refeição e de várias horas de sono.
— Depois que você tiver alta, quem sabe. — Ele se levanta e se aproxima de mim passando os braços ao meu redor de forma cuidadosa como se eu fosse quebrar a qualquer momento.
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Meu querido e sexy, CEO.
Roman d'amourJúlia Carter, com a esperança de fugir do seu marido agressor resolve ir embora de sua Cidade Natal rumo a Cidade grande. Morando há algum tempo em Madrid ela estava com sua vida quase estabilizada quando recebe uma mensagem de demissão, seu chefe t...