Newness - MaDell

Parte 8.

P.O.V Wendell

- quer passear? - pergunto enquanto puxo ela pelo braço.

- com você?

Disse fazendo uma leve expressão de irônica, franzindo o cenho.

- sim... - lhe roubo um selinho.

- com toda certeza. - sorri satisfeita.

- ótimo, porque eu não aceitaria um "não" como resposta.

Falo óbvio, porque não existia essa possibilidade e sei também que ela não negaria.

Carla Maraisa me parece ser muito espontânea e verdadeira. Uma moça linda com belos cabelos longos de fios negros, uma pele branca como a neve, penso que por causa de sua profissão a mesma não deve expor sua pele muito ao sol. Mas tudo nela tem um contraste lindo... Seus lábios medianos, olhos pequenos porém em volta, seus cilios são grandes, acho que nunca parei para realmente reparar em uma pessoa como Carla. Essa mulher é verdadeiramente uma obra de arte. Então resolvi a levar em um museus da cidade mesmo, pois em todas as épocas do ano as obras se modificam dando o ar da graça para cada estação. Por exemplo essa, estamos no inverno e algo dentro de mim vê como se fosse um filme de suspense, não sei dar uma explicação concreta, mas vejo um ar pesado assim como o frio quando bate em nosso corpo o deixando arrepiada e de certa forma, Carla desde que nos cruzamos, a moça tem me deixado assim.

- esse lugar é incrível, Wendell. - Maraisa diz olhando para um enorme quadro em nossa frente.

- tive medo que não gostasse. - sorrio em alívio.

- eu, não vou negar que não é muito a minha praia museus mas esse é realmente de tirar o fôlego. - disse impressionada.

- por quê, "não é a sua praia"? - digo confuso.

Paro em sua frente, meio que tentando entender o que ela acabou de dizer e acabo me sentindo um quadrado.

- cada um tem seus gostos, o meu não é muito culto comparado ao o seu, mas relaxa. - argumentou. - eu estou amando essa experiência, não que eu já não tenha entrado em lugares como esse, mas digamos que eu realmente me surpreendi.

- fico feliz...

falo e encaminho ela até as próximas obras que haviam ali nesse mesmo tema, nos quais eram artes espontâneas e realista, no momento em que o pintor estava passando. Deve ser por isso que logo de cara, sua face tomou um surpreendimento incrível.

Nós não falamos sobre assuntos diversificados durante a trajetória dentro do museu internacional, só falamos de cada obra, assim dando a opinião formada em cada tema mas ainda mesmo sem fugir do principal foco no qual era, inverno. Ela não pulos uma exposição se quer, olhou e leu todas as referências e explicações, dando uma atenção especial para cada. Carla conseguiu com que eu me encantasse com a mulher formada que ela verdadeiramente é. Na última pequena sala, havia um tipo de sofá, para que as pessoas se deitasse e visualizasse as pinturas abstratas na parte superior. Carla Maraisa deitou-se em meu colo e começou a falar o que via.

- eu acho que não existe uma outra estação como o inverno em que eu, de todo o meu coração e sentimentos dissesse: caralho... eu amo com todo o meu ser, essa época de ano. - falou convicta finalizando risonha.

- eu achei mesmo, que não conseguiria me surpreender mais com você hoje... - falo revirando os olhos teatralmente.

- e isso é bom? - falou levantando a cabeça de meu colo e me fitando curiosa.

- isso é maravilho... digo, sim, é muito bom pois até agora eu nunca me identifiquei com um alguém. - digo em pigarros tentando não parecer tão direto.