At three in the morning

Five hours later..

"Então, quando suas lágrimas rolarem em seu travesseiro como um rio eu estarei lá por você."

"Quando você está gritando, mas eles só ouvem você sussurrar, eu vou ser barulhento por você.."
"Mas você precisa estar lá por mim, também.."

- Troye Sivan.

xXx

Não que Craig Tucker fosse um amante de madrugadas mal dormidas, e um corpo completamente quebrado pela manhã. O único brilho daquele comodo seria a televisão, na qual passava alguma programação de conspiração, não era lá fã.

E mesmo que o som da mesma estivesse baixo, o barulho mais alto ali foi graças a terceira lata de energético que o mesmo teria aberto, e arrancou um olhar vago de Tweek que abraçava as próprias pernas sentado sobre o sofá, encarando a televisão, mas sem realmente prestar atenção na mesma.
Craig estava no chão, e se lhe perguntassem como chegaram aquela cena amarga o mesmo teria varias respostas, sempre sendo desencadeadas por inúmeras perguntas.

Ele estava preocupado, e realmente não soube oque fazer.

Era a primeira vez que viu o namorado ter um ataque de pânico, com direito a gritos, lagrimas e tremores por todo o corpo, o olhar vazio que vez ou outra trocava com o moreno era frio.
E sempre chamava a atenção de Craig quando limpava o canto do olho devido a outra lagrima.

Aquela escuridão toda não faria bem ao loiro, mas assim que seu namorado ligou o interruptor e se sentou no sofá, Tweek teria se levantado e na mesma sequencia desligado a luz da sala, sentando-se no chão. E caiu para Tucker a ficha de que estaria sendo levemente rejeitado, quando se sentou ao chão e Tweek fora para o sofá.

Já seria a terceira vez que teria levantado e ido em direção a geladeira pegando outra maldita latinha que roubaria seu sono, mas teria medo do que Tweek faria se o mesmo dormisse, nunca teria visto o mesmo naquele estado.

Tomou outro gole da bebida remexendo a linguá por conta do gás que incomodava com o borbulho, em sua mente vinham diversas ideias sobre oque fazer pelo loiro, mas nenhuma parecia ter um final feliz, e teria medo de perguntar.
Se arriscou olhar para o relógio eletrônico que ficava na bancada. Eram 03:11 da manhã, mordeu o lábio inferior.
Seu maior problema teria sido até agora o contato físico, quando os gritos começaram no andar de cima, a primeira reação sua foi tocar o ombro do namorado, não resultando bem. O abajur de Tweek saiu quebrado em cinco pedaços.

O moreno se sentou preocupado na cama, assim que a porta foi aberta brutalmente e os passos pesados de Tweak invadiram a casa quase vazia, os pais do mais novo teriam viajado.
Voltou a realidade quando sentiu uma movimentação no sofá, e de relance notou que Tweek teria e esgueirado e se aproximado do mesmo, mas sem realmente o olhar nos olhos.

O moreno mordeu o interior de sua bochecha, arriscando se esgueirar ao lado do namorado, e assim ficaram.
Mas duas vezes e já estavam dividindo o mesmo sofá, quando Tweek arriscou direcionar o olhar ao moreno outra vez, esperou assim até que a troca de olhares fosse mutua.

Craig não saberia oque fazer. Queria abraçar-lo, e dizer incontáveis vezes que estava ali para si, que estava tudo bem, que eles estavam bem. Mas seu medo foi tanto que se limitou unicamente a erguer um dos braços, esperando pacientemente ao loiro que lhe analisava sem nenhuma expressão.
Quando pensou em abaixar o braço, Tweek tomou a iniciativa de segurar sua mão e puxá-lo para um abraço forte, se alojando entre a curva do pescoço do moreno que suspirou pesado e retribuiu o abraço, jogando as costas sobre o apoio de braço do sofá, ajeitando a cabeça sobre o local e voltando a atenção para a Televisão com Tweek sobre seu corpo, sem nenhuma troca de palavras.