Mark, 17 anos.
No caminho para casa Donhyuck continuava calado, e isso me faz sentir que o universo vai entrar em colapso a qualquer momento. Eu mal pude vê-lo hoje, apenas no intervalo e de longe, acabei saindo de casa muito cedo, estava anioso com a semana de provas, que já ocorria para os terceiros anos. Ele dormia de forma tão suave, não tive coragem de acordá-lo, apenas coloquei o despertador mais perto de si e fui para a escola.
- Hyuck, está tudo bem? Parece que...
- Entrou uma coisa nos meus olhos, não é nada demais. - Logo não pude mais sentir sua mão quentinha na minha, ele havia a guardado no bolso do casaco. Não entendi direito o que significava, mas sabia nada estava bem.
Ao chegarmos em casa mamãe ainda não havia chegado, havia apenas um post-it na geladeira de que ela traria pizza. Haechan parecia não querer estar ao meu lado, fugindo de mim pela casa, chegava a ser ridículo e eu simplesmente não conseguia entender.
Ok, a pizza não o animou ninguém - agora não era apenas Haechan mas também eu - e não eram nem onze da noite e o menino mais novo já estava na cama totalmente coberto, até a cabeça, parecia uma criança que se esconde do que tem medo. E talvez seja realmente isso, ele não parecia afim de uma conversa então continuei apoiado naquela mesa que eu tinha arrastado para o lado da minha cama, estudando aquelas drogas de fórmulas. Ou pelo menos tentando. Não saía da minha cabeça o que Haechan podia estar pensando naquele momento, talvez ele esteja me odiando. Eu queria me aproximar dele, sussurrar em seus ouvidos que tudo ficaria bem, queria lhe abraçar forte e dormir em seus braços, mas aquela minha covardia não me permitia. Talvez ele tivesse lido meus pensamentos, pois se arrastou até minha cama e encostou sua testa em minhas costas, logo em seguida me abraçando.
- Mark... Eu senti saudades.
- Como assim? Ainda agora estávamos comendo lá embaixo, Hyuck.
- É verdade. - Ele murmurou antes de me apertar mais forte.
- Hyuck, me desculpe. Eu realmente preciso estudar. - Eu disse enquanto tirava seus braços de meu corpo.
- Eu não posso só ficar aqui? - Sua voz saiu baixinha e abafada contra minhas costas.
- Você sabe que tira minha concentração.
- Então... eu sou uma distração? - Eu não entendi aquela pergunta, por um momento tive de parar pra pensar se ela não havia outro tipo de sentido. O que estava acontecendo?
- Ah, acho que sim? Talvez.
- Ok. - Murmurou e voltou para sua cama, logo senti falta do seu corpo próximo ao meu, mas tentei ao máximo ignorar. Eu preciso tirar notas boas, preciso terminar a escola, só assim eu e Donghyuck estaremos livres.
E quando Mark terminou sua revisão se arrastou até a cama do mais novo e adormeceu abraçado a ele.
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Mas quando ele vai embora? - Markhyuck
ФанфикE se um estranho aparece em sua vida? E se ele tenta roubar seu lugar? Mark descobre que aquele invasor só queria amar e ser amado.