XVI - Trabalhando juntos.

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Voltamos diretamente para Busan. Porém não ficamos na residência da família, e sim na casa de um dos mafiosos mais próximos dos Ryu, o senhor Kang. Inclusive o seu motorista nos guiou até lá.
Ao chegar a casa, a reunião da Sociedade estava aguardando a chegada dela. Ela parecia assustada, mas tentei acalmá-la. Afinal, a situação pedia medidas rápidas e urgentes.
Ela logo se impôs:
- Está bem. Vamos logo ao que interessa.
Entramos em casa, eu logo atrás dela.
- Bom dia, senhores.
- Ryu Clare, lamentamos o acontecido. Foi uma emboscada contra a Sociedade.
- Sim. Fatalidade eu perder meu pai. Mas eu, Ryu Clare, em nome dele, assumirei daqui por diante. Estarei a frente dos negócios aqui na Coreia. Ryu Carola, minha mãe, cuidará pessoalmente dos negócios estrangeiros. Vou fazer tudo que meu pai faria e o que ele me confiou em fazer.
- Muito bem, Senhorita Ryu. Deve ficar a par de tudo hoje mesmo. Seu pai instruiu o senhor Kim NamJoon para a sua chegada. E, em nome da gratidão que tenho por seu pai nos momentos em que precisei, inclusive no atentado em minha casa em Seul, cedo minha casa em Busan para que você more o tempo que precisar.
- Obrigada, senhor Kang. Sou muito grata por isso.
Todos se encaminharam a sala de reuniões da casa. Mas ela ficou por último pois não estava familiarizada com a enorme residência. Logo eu falei, segurando seu braço:
- Clare...
- O que?
- Voce está bem?
- Sim. Agora preciso trabalhar e não deixar a tristeza me abalar.
- Voce não está sozinha, meu amor.
- Eu sei, meu amor. Eu tenho você. Eu preciso de você, NamJoon.
- Eu te beijaria, mas não podemos.
- Sim. Eu entendo. Vamos trabalhar.
A encaminhei para sala e todos já a aguardavam. Ela se sentou na cadeira designada para o senhor Ryu. Um pouco amendrontada, mas tentando não transparecer.
Duas horas depois terminamos e todos se encaminharam aos seus carros e finalmente esávamos a sós.
Estávamos perto da porta principal e ela não pode conter as lágrimas.
- NamJoon?
- Sim?
- Me abraça forte, por favor...
Sem nem piscar, eu a abraço. Eu acaricio seu cabelo enquanto ela chora em meu peito.
- Meu amor...
- NamJoon... Mal comecei nisso e acho que vou enlouquecer. Sinto a falta do meu pai.
- Eu sei, meu amor... Você precisa tomar banho e descansar.
- Está bem, mas onde fica o quarto?
Nós dois rimos por um instante.
- Entre vários trabalhos que fiz com seu pai, eu já conheci um pouco da casa do senhor Kang. Ele reservou uma suíte lá em cima pra você.
- Me leva até lá?
- Claro... Vamos...
Eu a levo pela mão pelas escadas.l, guiando-a até o quarto.
- Lugar lindo.
- O banheiro é ali, Clare. Tome banho, tente relaxar um pouco. Amanhã temos muito o que fazer. Vou providenciar algo pra você comer. Já volto.
- Está bem.

Vou até a cozinha para pedir que preparassem comida pra Clare. Quando eu voltava para avisá-la, lembrei da caixa que o senhor Ryu deixou para que eu entregasse pra ela, então eu a levei até o quarto.
Assim que ela saiu do banheiro, eu estava com a caixa, sentado na cama.
- NamJoon, já voltou?
- Sim. Já pedi para que preparassem algo para comer. Você está incrível.
- Uma toalha?
- Só o que preciso para achar você linda...
Eu vou em sua direção e a beijo sutilmente.
- O que tem nessa caixa?
- Clare, eu preciso entregar uma coisa que seu pai pediu.
- O que?
Eu entrego a caixa e rapidamente ela abre. Ela toma um susto.
- Uma pistola?
- Parece ser a pistola de seu próprio pai.
- Eu percebi pelo que está escrito : RK.
- Mas como ele pediu para que eu entregasse isso?
- Bem... No dia em que seu pai se foi, ele me entregou essa caixa e disse que só você poderia abrir.
- Ele saiu de casa desarmado?
- Não. Ele saiu com uma outra pistola no coldre.
- Nao acredito que nem o funeral podemos fazer.
- Ele tomou medidas para isso. O mais importante era que os negócios não fossem deixados de lado. Foi isso que ele disse enquanto me instruía para cuidar de você.
- Está bem.
Ela fechou a caixa e colocou no closet.
- Clare... A partir de hoje você vai ter que andar com isso. Gostando ou não...
- Eu sei, meu amor...mas no momento eu preciso comer e me deitar.
- Ta certo, mas não vai descer de toalha, né?
- Acho que vou sim... - ela ri.
- Não pode estar de falando sério.
- Com certeza não... - ela ri.
- Ainda bem. Senão a segurança teria que ser reforçada.
- Voce ia me proteger?
- Mais ainda. Você é minha, entendeu? - disse eu me aproximando e agarrando a sua cintura.
- E você é meu...
Eu a beijo profundamente, apertando sua bunda. Não resisti, confesso. Sinto meu corpo arrepiar pelo contato com o corpo dela. Mas de repente toca o telefone da casa. Eu a solto e atendo o telefone.
- Sim. Ela será avisada.
- O que foi?
- Voce vai ter que ir a um encontro com o chefe da Aliança.
- Aliança?! Mas eles não são inimigos?!
- Sim. Mas nós últimos tempos, eles também sofreram atentados em seus territórios. Eles propuseram uma reunião para esclarecimentos. Confesso que não estou confiante.
- Eu também não. Quem mais estará lá?
- A maioria da Sociedade e creio que a maioria da Aliança.
- Isso está me assustando. Temos que estar seguros. Vou ligar para o senhor Kang e agilizar isso para amanhã.
- Está certo. - eu a olho e sorrio.
- O que foi?
- Está tomando decisões, parecendo seu pai.
Ela sorri.
- Eu sei... Enfim, vou fazer as ligações e já desço pra jantar.
- Está certo. Mas só uma coisa:
- O que?
- Esteja vestida. Não quero nenhum empregado olhando pra você de um jeito que só eu posso.
Ela ri.
- Tá bom. Veja o que temos pra jantar.
- Te espero lá embaixo.
- ok.
Eu desci, já sabendo que ela iria tomar as medidas cabíveis e fazer os telefonemas necessarios para a Sociedade.
Em instantes ela desceu e se sentou a mesa. Mas eu não poderia.
- Senhorita Ryu, eu devo passar alguma ordem os seguranças? - disse eu.
- Sim. Amanhã a segurança é reforçada para o compromisso amanhã. Toda a Sociedade está em alerta.
- Está certo. Eu os avisarei.
E7 espero que ela entenda que para todo o restante do planeta, eu sou apenas o segurança dela.
Depois do jantar, ela vai para o quarto. Eu a vejo ir, mas não poderia ir atrás dela. Eu tinha mais alguns afazeres. Depois de quase tudo pronto, eu bato à porta. Ela abre a porta:
- NamJoon?
- Oi
- Por que não entrou logo de uma vez?
- Trabalhando para amanhã. Vim ver se você está bem.
- Estou. Estou indo dormir.
- Tá bem.
Eu me aproximo da sua orelha e falo:
- Eu já volto para cuidar de você.
- Ok. Como sempre cuidou, não é?
Eu sorrio e desço de novo.
Terminei de deixar tudo preparado para amanhã e voltei ao quarto, tomei banho, me troquei e fui até Clare, só que dessa vez, eu não bati à porta. Estou usando a roupa que de costume uso: o moletom e short.
Eu deito ao seu lado a abraço forte e ela adormece em meus braços, depois de tanto tempo.

Meu segurança - A visão de Kim NamJoon Onde histórias criam vida. Descubra agora