Capítulo 1 -

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Era frio e extremamente solitário no alto da muralha, os soldados caminhavam de ponto a ponto observando o mais longe que podiam da linha do horizonte, apesar de todas as mazelas do ofício existiam coisas que ainda valiam a pena, o crepúsculo era observado de forma privilegiada, a grande estrela se deitava e dava lugar a magnânima lua que nessa noite se apresentava de forma completa, com seu manto esbranquiçado que dava um detalhamento sútil a noite.

Se visse a muralha de cima, existia um ponto que da qual poderia se destacar, era Daren, com sua pele escura tal como a caligem da imensidão do universo, ele caminhava pela muralha com sua armadura pouco adornada e arranhada, que era símbolo de sua coragem em batalha, com alguns que cobriam seu rosto e olhos cansados, ele caminhava enquanto devorava uma maçã, caminhava pois precisava monitorar os Soldados, Daren era um Sargento de primeira classe, sua função era garantir a segurança do portão leste do Reino.

Existiam quatro portões que correspondiam cada como a rosa dos ventos. Para cada portão existiam 3 sargentos, os sargentos de terceira classe agonizavam os pequenos grupos de soldados que ficavam na parte de baixo da muralha e próximos aos portões, de forma que despenhassem papel alfandegário, registrando saída, entrada de produtos e de pessoas, caso houvesse algum problema, os sargentos de terceira classe eram incumbidos da resolução. Os sargentos de segunda classe ficavam acima dos portões, e organizavam as rondas das quais garantiam a segurança da muralha, seu papel era de registrar qualquer evento que fosse avistado ao longe da muralha, qualquer evento que pudesse trazer consequências aos cidadães, de forma positiva ou negativa. Poderiam prestar suporte aos Sargentos de terceira classe caso algum problema acontecesse.
Já os de primeira classe, como o nome já supõe, eram encarregados do monitoramento e organização dos de segunda classe, de forma que trabalhassem harmoniosamente para o melhor sucesso das atividades propostas.

A floresta fechada que rodeava o reino costumava dar calafrios a Daren, ele costumava se lembrar das histórias que o pai do pai de seu pai já contava a ele, ele caminhava sobre a muralha e observava a floresta densa abaixo. Os galhos verdes que se contorciam pelo vento, o barulho das folhas, Daren apenas conseguia imaginar o que seu pai lhe contava das afecções, que por conta da luxúria e da ganância de alguns, seu povo já passara.

Se aproximando da cabine acima da muralha da qual Jorgen, um Sargento de Segunda classe, deveria estar descansando, Daren começa a ouvir gemidos femininos, que apesar de baixos ecoam sutilmente pelas brechas da porta, demonstrando o fogo da luxuria que acontecia naquele exato momento do lado de dentro, Daren fecha seu semblante e caminha ainda mais rápido, ouvindo os sussurros da moça mais fortes conforme se aproxima. Daren era um homem forte tal como um touro, uma porta putrida e usada de madeira não seria capaz de resistir sua força nem mesmo as trancas gastas da mesma, ele arrebenta a porta com um só murro, e se depara com Jorgen sentado a uma cadeira de madeira simples, com um castiçal capaz de carregar tres velas ao seu lado todavia com apenas duas acesas, com metade de sua armadura sobre seu corpo, obviamente a parte de cima, e acima do Sargente infame uma moça bem afeiçoada de pele como o bronze, cabelos pretos com leve caracóis que se formavam perto das pontas, ela cavalgava Jorgen com força, fazendo a cadeira de madeira gemer mas não tanto quanto Jorgen que tinha seus gemidos abafados pelos seios da jovem. Conforme Daren arrebenta a porta, Jorgen se joga para trás, fazendo a cadeira se inclina a quarenta e cinco graus do chão,a moça assustada grita de pavor pela surpresa e arremessa seu peso sobre o corpo de Jorgen, e os dois se caem no chão, Jorgen começa a rir enquanto a moça assustada tenta esconder suas partes com as partes do vestido poído que ainda estão sobre seu corpo, e grita assustada.

Daren sabendo de toda sua força e toda a capacidade destrutiva quando furioso, respira fundo se segurando para não arrebentar toda a cabine. Ele então olha para moça ainda assustada que tenta se vestir e dá só um grito:

- Mulher, Desapareça!

A moça então começa a caminhar na direção da porta finalizando de se vestir, Daren respira fundo e anda na direção de Jorgen que ainda está com as calças em seus calcanhares e rindo, Daren o puxo como um boneco de pano e coloca na parede segurando-o pela parte superior de sua armadura, Jorgen imediatamente para de rir e arregala seus olhos, nem mesmo ele sabia da capacidade muscular de Daren.
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Acha isso engraçado, acha tudo isso engraçado? Fodendo filhas de fazendeiros no seu local de trabalho, e se algo acontecer, e se tentarem nos invadir, você acha isso certo?

- Nos invadir, do que está falando Daren? - Jorgen cutuca a mão de daren como quem diz "Me solte" mas isso só faz Daren o segura com ainda mais força,

- Você não está definitivamente em posição de me dar qualquer ordem ou me fazer qualquer pedido, seu desgraçado, você não leva seu posto a sério, eu deveria fazer um pedido neste momento para que tire você de seu posto! - Daren quase baba de raiva conforme fala

- Daren, o que deu em você? Se lhe chateia tanto eu prometo nunca mais trazer mulheres para cá, sabe muito bem que conquistei meu posto pela minha coragem, minha habilidade, sabe que mereço esse posto.

- Você realmente merece seu posto, mas faz pouquíssimo caso.

Daren então o larga, deixando escorregar suas costas pela parede até que cai ao chão de pé, Jorgen em movimentos rápidos recoloca suas calças, Daren caminha na direção oposta de Jorgen dando suas costas em desprezo peloo que acabara de presenciar, Jorgen então, com um sorriso maléfico de canto de boca tenta argumentar a seu favor.

- Não precisa falar, não mais farei o mesmo Senhor. Além é claro que se houvesse alguma invasão eu garanto a qualidade das minhas habilidades, você sabe o quão sou bom, não entendo o porque desta raiva toda.

Daren se vira para Jorgen e caminha novamente em sua direção, Jorgen é um homem alto mas Daren é ainda mais alto, ele se abaixa e olha dentro dos olhos azuis claros de Jorgen com seus olhos negros enfurecidos pelo descaso

- Mais uma mulher, nem que seja um beijo, e eu juro que você estará fora de seu posto antes mesmo que consiga dizer "Buceta quente"

Jorgen encara os olhos enfurecidos

- Veja bem o que fala Daren, eu consigo dizer "Buceta quente" muito rápido. -

Daren empurra Jorgen e caminha novamente para a direção oposta, direção esta que leva a porta, com uma expressão de desgosto e raiva enquanto Jorgen ri baixo, debochando de seu superior e amigo.

- Não fique assim, eu prometo que não farei mais, não fique chateado comigo.

Silêncio das EspadasWhere stories live. Discover now