Capítulo 23

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- O que você vai fazer? - A menina de mechas roxa pergunta assustada.

Sem responder a pergunta da garota, Regina a puxa pelo braço e a coloca numa cadeira velha que tinha ali, a amarrando logo em seguida. Aproveitou que um dos capangas estava montando o aparelho para gravar e ameaçou a jovem dizendo que os dois caras estariam armados.

Depois de pronto, Regina vai verificar o enquadramento e volta para perto de Isabela, dando as ordens do que exatamente a menina falaria para mãe.

Obviamente, não era aquilo que Isabela queria falar para a mãe, mas foi obrigada a dizer.

Depois de gravado, verificaram a gravação algumas vezes. A ruiva, sorriu maléficamente, transparecendo vitoriosa. Virou-se e encarou Isabela.

- Muito bem pirralha. Está começando a entender o significado de obediência.

- Eu quero sair daqui. - A menina se remexia, enfurecida. Ela não sabia o porquê que estava ali ou o que aquela mulher queria com sua família.

- Fica quieta garota! - A vilã grita. - Quer saber de uma coisa? - Ela aperta o rosto da menina com força. - Se um dia você chegar a sair daqui, eu mesma faço questão de te matar na frente da sua família. Tenho certeza que você será  peso a menos para eles. - Ela ri como uma verdadeira bruxa. - Vamos embora rapazes.

- Mas e a menina? - Um deles pergunta.

- Deixe ela assim por enquanto. Ela está merecendo. - Destranca a porta e sai. Logo em seguida, os dois capangas saem juntos.

Isabela fica presa, amarrada naquela cadeira que por si só, já não era confortável. Ao se lembrar da ameaça da Bruxa, começou a chorar mais uma vez.

Regina sobe e vai direto para seu escritório. De um número desconhecido, manda o vídeo para Rebeca. Ela parecia realmente estar se divertindo com aquela situação. Jogou o celular na gaveta e ordenou que o motorista a levasse ao shopping.

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Rebeca aquele dia havia dormido a tarde toda e só acordou com Manu lhe chamando, avisando que o jantar estava quase pronto.

- Vem mãezinha. A tia Helena e o Pedro vão jantar conosco hoje. - A menina aparentava um semblante triste. Não tinha brilho nem na voz, nem no olhar.

- Manu, senta aqui comigo um pouquinho filha. - A menina obedece. - Nós vos encontrar sua irmã. Agora temos que ter fé.

- Eu sei disso mãe... Mas é... - Ela tenta achar as palavras certas. - É como se algo dentro de mim estivesse me avisando que a Isa precisa da nossa ajuda. Eu acho que ela está sofrendo e eu preciso encontrar ela. Foi culpa minha ela ter saído brava com a gente aquele dia. - Ela fala triste e então, começa a chorar. Rebeca abraça ela.

- Não foi sua culpa meu amor. Ninguém poderia adivinhar que isso poderia acontecer. Não quero que pense assim, tudo bem? A gente vai dar um jeito de encontrar ela.

- Eu vou tentar. - Manuela limpa suas lágrimas e sorri para mãe, mostrando que estava disposta a tentar mesmo. Sua mãe sorri de volta e a abraça. Ficam assim por uns bons minutos.

- Agora vai lá falar para sua avó que já estou indo.

- tá bem! - Ela se levanta e sai.

Rebeca pretendia fazer o mesmo, mas o barulho de uma notificação a chamou a atenção. Era um número que ela nunca havia visto antes.

"Está com saudade da sua filha? Escute com atenção o recado que ela tem para você e em hipótese alguma conte isso para alguém ou ela sofrerá as consequências."

A mulher se assusta e abre o vídeo da filha:

" Mãe, por favor se afaste do Otávio. A culpa de tudo isso é dele. Eu não quero mais ficar aqui. Estou com medo. Mas para eu sair daqui inteira, é necessário que você siga cada instrução. Mas por favor, não se envolva com o Otávio e jamais mostre essas mensagens para alguém. Por favor."

Nesse momento, Rebeca chorava copiosamente. Por ver a filha naquela situação e saber que não podia fazer nada. Otávio? O que ele teria haver com isso? Será que ele seria mesmo capaz de tanta maldade assim? A mulher limpou o rosto. Estava sem saber o que fazer.
Finalmente, leu a terceira e última mensagem:

" Viu sua filhinha e escutou o que ela tinha a dizer. Agora, mantê-la
segura vai depender do seu comportamento de agora em diante. Não esqueça: posso estar mais perto do que você imagina."

A loira tirou alguns segundos para respirar, mas foi desconcentrada pela falação que vinha da sala. Bloqueou o celular e foi até a sala cumprimentar a irmã e o cunhado. Ela estava pálida e todos puderam perceber.

- Rebeca, está tudo bem? - Helena pergunta.

- É mesmo filha, está com a cara pálida. Aconteceu alguma coisa? - Dona Nina questiona em seguida.

- Eu... Eu estou bem sim. Acho que acordei assustada na hora que a Manu me chamou. É só isso. - Ela sorri fraco.

- Tá legal então... - A matriarca diz. - E então, vamos jantar?

- Vamos! - Todos dizem em coro.

E assim todos se reuniram à mesa para jantar. Rebeca estava um pouco mais distraída do que o normal, mas ninguém tocou no assunto. Logo após, Helena e Pedro foram para a casa dos Cavichiolis, pois iriam dormir lá.

Na casa das Agnes, todos foram dormir, com exceção da loira. Pegou o celular e releu as mensagens daquele número desconhecido. Não precisou pensar duas vezes:

" O que mais vocês querem?"

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