CAPÍTULO ONZE

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Ben observava o horizonte — enquanto os últimos vestígios de Sol desapareciam. Após Jolly ter entregue aquele envelope-mistério, todos permaneceram calados, à excessão de George ter sussurrado ao ouvido de Ben dizendo que já tinha visto Jolly a escrever aquela carta quando estavam na base-militar de Peter.

Ouviu-se um guincho, seguido de um grito. Ben reconhecia aqueles sons desumanos como a palma da sua mão — eram os Kernous.

— Estão aqui Kernous — disse Iris. Mas a sua voz pareceu-lhe distante. Ben parecia que estava a cair num enorme precipício.

E depois, o sono apoderou-se dele, mostrando uma recordação atrás das suas pálpebras.



Depois de conhecer Scott, o rapaz andou esquisito a semana toda. Ele disse que a EVO andava a tramar alguma.

Houve aquele dia — madrugada de fevereiro que Ben decidiu seguir Scott.

Scott estava no fundo do corredor a tentar abrir a porta com um cartão-chave.

"Scott! O que pensas que estás a fazer?", gritou Ben, caminhando desde o fundo do corredor.

"Vou descobrir quais são os planos da EVO uma vez por todas!", passou o cartão-chave pela ranhura e a porta abriu rapidamente. "Queres vir cominho ou não?"

"Scott, acho que não é boa ideia! Essa é a sala dos ficheiros secretos. não podemos entrar. Já agora, porque é que tens um cartãp de um dos funcionários da EVO?"

"Consegui tirar de um deles", respondeu, "Vamos entrar ou não?"

Ben demorou a responder. Scott havia-o cedido e ele entrou.

Quando entraram, a porta fechou imediatamente atrás deles. Havia corredores imensos com armários gigantes e o local era pouco iluminado — apenas uma luz azulada florescente iluminava aquele espaço. Aquilo parecia um enorme labirinto.

Scott correu para um corredor até chegar ao fundo, abrindo gavetas e mais gavetas.

Ben aproximou-se dele:

"É melhor saírmos daqui. Já!"

"Ben, olha para isto!", Scott mostrou-lhe um documento escrito. "Encontrei provas! Encontrei!"

Ben pegou nos documentos e apenas leu em voz alta o primeiro parágrafo para ficar esclarecido:

"A Evolução de Variáveis das Organizações universais — EVO, procede, este domingo, a limpeza da humanidade, lançando um vírus malicioso e mortal..."

Os documentos caíram-lhe das mãos.

O Ben que estava a visualizar o sonho, fugiu para longe.



Ele abriu os olhos.

Ouviu gritos dentro do Jeep. O pânico havia-se instalado no interior do automóvel. Não se via nada, apenas os focos de luz do Jeep. Via-se montes de Kernous a serem atropelados pelo Jeep.

Iris parecia louca a conduzi-lo, de seguida, parou de conduzir e desligou o motor.

Depois, ouviu-se um barulho por cima das suas cabeças e o Jeep abanou. Depois silêncio. Em seguida, o som de gargalhadas demoníacas.

Algum Kerno tinha saltado para cima do tejadilho Jeep.

Desafio Final - O Vírus Mortal #3Onde histórias criam vida. Descubra agora