-Oliver, você já brincou muito, tá na hora de ir para casa!- ele negou com a cabeça, dentro de uma piscina de bolinhas.
-Noamy, vem aqui agora!- a menina fez a mesma coisa.
-Vocês podem entrar e pegar os dois se quiserem.
Um senhorzinho que cuida das coisas aqui, muito simpático por sua vez, falou e a gente agradeceu entrando no brinquedo.
O safado do Oliver ainda teve a audácia de sair correndo, mas segurei seu braço com força e puxei, fazendo ele cair de bunda e começar a chorar.
Logo peguei ele no colo e a Lara teve que da uma boa corridinha atrás da Noh, mas assim que pegou ela deu um tapa na bunda da mesma, que começou a chorar.
-Cala a boca!- ela quase gritou com a pequena e saiu que nem furacão na frente.
A segui e a ajudei a pegar as sacolas, o que não foi muito fácil, já que a gente estava segurando um bebê em um braço e só tinha o outro para um bilhão de sacolas.
-Sovlete!- a Noh falou chorando apontando para a sorveteria e a Lara bateu no dedo dela.
Entramos no elevador e descemos para o estacionamento, onde estava todo silencioso exceto pelo choro dos dois, que sinceramente estava me irritando, principalmente o do Oli no meu ouvido.
Respirei fundo e fomos procurar o carro. Depois de rodar muito naquele estacionamento, encontrando o carro e colocamos as sacolas no porta malas.
Coloquei o Oli na cadeirinha que tinha tirado de um dos carros do Demo e a Lara colocou a Noh em outra, ambos chorando pra caralho.
-EU JÁ CANSEI! VOCÊ VAI FICAR CALADO, ESCUTOU?- gritei apontando e olhando para o Oli.
Ele parou de chorar na hora e me encarou com aqueles olhinhos cheios de lágrimas. Depois disso ele ficou bem caladinho, apenas com a cabeça baixa, a Noamy seguiu o meu pequeno e baixou a cabeça parando de chorar.
-Graças a Deus!- Lara falou ligando o carro e o som.
Fomos o caminho inteiro escutando uns funk leves e se requebrando no banco.
Não demorou muito e a Lara passou pela barreira, fez sinal para os vapores e nos entramos.
Segundo ela, eles conhecem o carro e não precisão parar.
Ela subiu até a casa e colocou o carro na garagem, assim que a mesma se fechou eu saí do carro e tirei o Oli de dentro, mas quem disso que ele queria? Quase que não tirei.
Coloquei ele na sala com a Noh e voltei para o carro, para tirar as minhas roupas. A Lara me ajudou a levá-las até o sofá e assim que colocamos ela lá e nos sentamos, eu escutei o barulho da moto do Demo e eu corpo inteiro se arrepiou. Olhei assustada para a Lara e ela arregalou os olhos.
-Vai levanta!- olhei sem entender pra ela.- Anda Melinda! Finge que está provando essa roupa aí, que fui eu comprei ela pra você.
Sem pensar muito eu me levantei e na mesma hora a porta foi aberta. O Demo apareceu atrás dela e nos olhou com uma sobrancelha arqueada.
-Vira, Linda!- a Lara falou entusiasmada e eu virei.- Ficou ótimo! Aposto que as outras vão dar!- ela falou se levantado e olhando pra mim.- A não Oliver! Eu comprei a roupa pra você e você já sujou? Nem usou direito ainda!
Olhei para o Demo e a interrogação em seu rosto aumentou.
-O que significa tudo isso?- perguntou colocando o fuzil encima da mesinha, onde o Oliver e a Noamy não alcançavam.
-Não está vendo? Eu comprei roupas pra eles, já que a Melinda é uma bandida que foi capturada e está em cativeiro.- ela debochou e eu vi todos os membros do Demo tencionarem.
-Eu só não te dou uma surra, porque eu prometi ao meu chegado que não ia encostar em tu!
Ele passou por ela, pegou o Oliver que ainda estava de cara amarrada e subiu com ele.
Me joguei no sofá e soltei o ar que nem sabia que estava prendendo.
-Essa foi por pouco!- falei passando a mão na testa.
-Foi mesmo, mas agora eu preciso voltar pra casa e da um jeito nessa menina.
Respirou forte se levantando e pegou a Noh, saindo logo em seguida.
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De Patricinha a Patroa - RETIRADA
Ficção Adolescente+18 Melinda uma garota que de tudo que queria tinha, considerada filhinha de papai. Uma garota frágil, doce e humilde. Melinda mesmo tendo na mão tudo o que queria era uma garota humilde, educada pelos pais a sempre ajudar as pessoas necessitadas. U...