Capítulo VI

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Chegamos em um quarto de aparência feminina, era lilás, tinha uma cama bem feita, uma penteadeira e um guarda roupa.
Ele foi em direção ao guarda roupa e pegou um vestido preto curto de alças. Olhou para mim, talvez, para saber se iria servir. Me entregou e apontou para onde deveria ser o banheiro do quarto.

Entrei, meus cabelos loiros estavam um pouco bagunçado e meu lápis de olho um pouco borrado em volta dos meu olhos cinzentos,uma versão de mim desconhecida me encarava no espelho. Vesti a roupa, deixando a minha molhada em cima do vaso.
Sai do banheiro e o garoto de cabelos pretos e um sorriso um pouco cafajeste ainda estava a minha espera. Quando notou a minha presença, levantou e veio até mim. Sem que antes pudesse falar ou fazer algo ele agarra minha cintura, ele esbarra em algum objeto o fazendo cair no chão. Tentei me soltar mas seus braços me prendiam. Tudo tão rápido que nem percebi quando alguém me tira de lá, derrubando o garoto com um soco no meio do nariz, olhei mas de perto a pessoa que havia me salvado. Henry.
Henry estava segurando meu pulso fortemente, enquanto tentava passar pela multidão de pessoas bêbadas, ele me pegou o observando e deu um sorriso e continuou a correr.

Ofegantes, já dentro do carro, estávamos em silêncio apenas escutando nossas respirações se acalmarem. Ele olhava para mim, tentou falar algo mas pareceu desistir. Seus cabelos estavam molhados, e seu abdômen definido estava a mostra, como ele era lindo. Sem palavras. Apenas um silêncio cruel pairava entre nós. Ele começa a me olhar minuciosamente, o que me deixou um pouco desconfortável. Será que ele estava gostando do fato do meu corpo estar mais amostra

Ele olha para mim com uma cara nem um pouco boa.

Henry: - Que merda você estava fazendo naquele quarto com aquele cara?! Ele poderia ter te machucado. Sorte sua que ouvi alguns barulhos. Estava no quarto ao lado.

Mirella: - Estou bem, muito obrigada por perguntar.

Henry: - Desculpa, é que.... O importante é que você está bem.

Ele me olha. Desta vez preocupado, procurando algum machucado. Estava escuro o que não deixava ele enxergar minhas cicatrizes no meu pulso. Sorte. Não quero pena no olhar das pessoas que causaram isso. Bom, apenas uma parte disso tudo.

Ele olha para mim, e dá um sorriso um pouco safado demais para o meu gosto.

Henry: - O que você está fazendo vestindo essa roupa?

Seguro uma risada, o olho, e ele ainda está esperando uma resposta, sério isso?!

Mirella: - É uma festa.

Falo para provoca-lo.
Ele balança a cabeça, parecendo dispensar alguns pensamentos, o seu olhar volta para o meu, ele liga o carro.

Henry: - Vou te levar para casa, já está muito tarde.

Mirella: - Não precisa, vou voltar com o Chris. E além disso tenho que pegar minhas roupas.

Ele trava as portas, e começa a sair da vaga, seus olhos castanhos escuros encontram os meus, ele abre sua boca e seu hálito quente de chiclete de menta chega à minhas narinas, ele começa a falar, me tirando dos meus devaneios.

Henry: - Me mostre o caminho para a sua casa.

Uau, que capítulo um pouco tenso né? Ainda bem que acabou tudo MUITO bem...
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