Charles Roy Donnavan narrando:
Acordar cedo já é ruim.
Agora acordar cedo e ver a cara velha e enrugada do meu pai surtando e a do meu irmão em desespero, é bem pior.
O velho Donnavan está quase de cabelos em pé, e convocou uma "reunião de família" aqui na mansão Donnavan.
Julie: Michael Donnavan pare de andar de um lado para o outro vai fazer buraco em meu piso!- briga a minha madrasta, Julie. Até hoje não sei como ela consegue estar casada com o meu pai. Ela é tão doce.
Michael: não me peça o impossível Ju. - fala tentando não ser ignorante.
Pode parecer estupido, mas Julie ama mesmo o Velho Donnavan. O que é surpreendente já que Michael não é conhecido por ser carinhoso ou amoroso. E eles têm uma pequena - enorme - diferença de idade.
Julie tem a minha idade, vinte e um anos, meu pai tem cinquenta e cinco anos, e para quem é ruim de matemática, são trinta e quatro anos de diferença. Ou seja, se você estiver na merda em busca do amor da sua vida, não se preocupe, vai que ele ainda não nasceu?
Julie: o que aconteceu, Mi?- pergunta se preocupando com o seu amado.
Michael: diga a eles Jonathan Adam.- foi treta seria, o Velho Donnavan só nos chama pelo primeiro e o segundo nome quando é coisa séria.- e é melhor você não mentir.
Olho para o meu irmão que está com uma cara de dor.
Jonathan: Jussie Roberts está grávida.- eu começo a rir, rir não, gargalhar.- Pai!
Michael: Charles Roy Donnavan pare de rir do seu irmão. Isso é caso sério.- fala irritado.
Charles: caso sério? Para o Jonathan, não para mim.
Jonathan: o bebê também pode ser seu!- fala com tom de acusador.
Charles: mais não é meu mesmo. Nunca transei com ninguém sem camisinha. E mesmo assim eu fazia questão de ir comprar uma pílula do dia seguinte para cada garota que eu já levei para a cama.- falo me divertindo com a reação dele de medo, pois ele sabe que eu estou falando a verdade.
Sorrio satisfeito.
Charles: se já está esclarecido que vou ter um sobrinho,- falo me levantando.- estou indo nessa. Tenho mais coisa para fazer.- falo já indo me despedir quando meu pai me interrompe.
Michael: queremos que você assuma o bebê.- me viro para ele que está do lado do seu renomado filho.
O olho incrédulo, não só eu como Julie também.
Charles: não vou assumir um filho que não é meu.- falo num tom confiante.
Jonathan: ele é teu sangue também.- fala e eu tenho vontade de rir.- Charles...
Charles: Charles nada! Julie que me perdoe por minhas palavras. Só que se você é homem o bastante para fuder com a namorada, ex, aliais, do seu irmão, acho nada mais justo que ser homem o bastante para assumir o seu próprio filho.- digo e me viro para Julie, dou um beijo em sua testa.
As vezes acho que ela não deveria estar aqui. Ela é boa de mais para essa família problemática.
Quando estou prestes a sair da enorme casa, escutando os pedidos de Jonathan ao meu pai, para que ele fizesse eu assumir o seu filho, meu pai me chama.
Michael: Charles ele é seu irmão! Você já tem uma história com o menina, a imagem de um cara que engravidou a namorada do irmão não vai agradar. Você pode arruinar a imagem do seu irmão, só por causa da sua infantilidade.- nesse momento eu queria muito arrebentar a dos dois.
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One love, two mouths. One love, one house
General FictionO nome já diz tudo. "Charles: que merda James! Eu não sou gay! James: um cara hétero não beija outro cara, um cara hétero não transa com outro cara. E adivinha só? Você já fez isso. Sinto em lhe dizer, Charles, só que você é gay sim!"