I - The Beginning Of The End

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Quase todo mundo deixou de acreditar que ele ainda está vivo, a polícia já parou de procurar, os pais ainda se recusam a fazer um enterro mas todos acreditam que ele não vai voltar, Pidge e Allura acreditam que ele fugiu, Hunk não consegue acreditar nisso e eu também não. Lance não fugiria.

Não sem mim.

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17/04/17

Tarde da noite

Me olho no espelho uma última vez pra checar se não faltava nada, puxo um elástico do bolso e o observo pensando se devo ou não prender o cabelo... Foda-se. Improviso num rabo de cavalo rápido e corro em direção a janela, eu definitivamente não poderia perder o show.

Me viro para a porta do quarto e a encaro por alguns segundos, Shiro estava dormindo e dessa vez não preciso me preocupar com Adam... Merda, não de novo, não vou pensar nisso. Num movimento rápido pulo a janela e felizmente consigo cair sem fazer muito barulho e sem me sujar. Com sorte chegaria no galpão a tempo de ouvir o início do BoM, mas o caminho mais rápido seria pelos trilhos e convenientemente eu conheço aquele lugar como a palma da minha mão.

Ponho o capuz e começo a correr pelos trilhos, ainda passavam um ou dois trens mas a maioria estava desativado no fim da linha, o perigo era quase nulo. Eu ainda não sei como vou conseguir entrar no show mas não posso deixar de tentar, a essa altura já não comando mais as minhas pernas, é como se elas tivessem vida própria e quisessem desesperadamente ouvir Blade Of Marmora ao vivo. Minhas pernas tem bom gosto mas não poderia me dar ao luxo de não montar um plano para entrar naquele galpão.

Aos poucos começo a ver no horizonte a luz que o local emite, o som se torna cada vez mais alto e menos sútil. Me escondo atrás de uma árvore assim que consigo ver o segurança. Só um? Isso vai ser fácil. Tiro o capuz e sigo assoviando em direção a entrada principal e sou barrado pelo brutamontes, como esperado.

— Ingresso. —Era para isso soar assustador? Porque o fato dele ter uma trança tirava todo o pavor, desço meus olhos para a plaquinha de identificação que brilhava na jaqueta de couro 

— Então... Kolivan? —Ele estreita os olhos assim que eu falo seu nome— Eu deixei em casa. —Tento dar o meu sorriso mais simpático, talvez se ele fosse com a minha cara me deixasse entrar

— Sem ingresso, sem show. Foi mal garoto. —Kolivan fica em pé em frente a porta e cruza os braços, consigo sentir ele me encarando por baixo do óculos escuro. 

— Olha aqui Koli, posso te chamar de Koli né? Eu tenho uma doença terminal e esde show é o meu sonho, a única coisa que eu quero fazer antes de partir dessa pra melhor. —Forço uma expressão triste, ele tira os óculos e me observa de cima a baixo dando uma risada sonora logo após isso.

— Tenta outra. Vou te dar mais uma chance moleque. —O brutamontes descruza os braços e me observa esperando a minha próxima desculpa.

Olho em volta procurando alguma distração já que nada que dissesse ia fazer o cara da trança mudar de ideia. Levanto as mãos como sinal de desistência após ver algo que me renderia uma entrada para o galpão e sigo para me sentar em um sofá velho próximo a uma fogueira e várias motos. Kolivan ainda me olhava confuso então sorri e acenei para ele, o que o deixou ainda mais confuso porém trancinha parou de me olhar quando um bêbado insistiu que precisava entrar no show.

— Hora de fazer o que você faz de melhor, Keith. —falei para mim mesmo e segui com meu plano.

Enquanto Kolivan estava distraído com o bêbado eu corro em direção as motos e chuto uma delas, aos poucos a fileira de motocicletas começa a cair com um maravilhoso efeito dominó mas não podia me dar ao luxo de ver aquela cena, logo após isso corro em direção a uma árvore próxima e me escondo atrás dela até o momento certo.

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⏰ Última atualização: Jan 28, 2019 ⏰

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