Capítulo 12

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Maratona 1/5

V I N I C I U S 💥

No dia que ficamos de tocai na frente do morro Chapadão todos estava atentos, fizeram uma denúncia anônima que hoje carregaria mais drogas pra frente do morro, então ficamos lá, dávamos tiro pra mostrar que continuávamos aqui mais foi um erro, o certo era ficar escondido pra ver se encontrava algo assim. Somos do Bope e isso não é nosso trabalho necessariamente.

Estávamos cansado e quando aquela menina, quer dizer Maria Elisa chegou e começou a falar um monte eu quis prendê-la, mas tinha mais coisas pra fazer.

Fomos embora, afinal todos ali tinha família, por um tempo quis saber quem era, afinal não é qualquer um e fala querendo ou não a verdade em nossa cara. Eu a achei diferente, eu sabia desdo começo que ela tinha alguém da "alta" se não não teria enfrentado com tudo aquilo de policial ao redor.

Mais no começo eu fiquei chocado quando eu descobri quem era o tio dela, e difícil de acreditar que ela era 100% honesta, eu a segui por uns dois dias e é a mesma rotina de sempre, corrida, descobri que ela faz na mesma faculdade que minha irmã e eu, mudando os horários, ela a noite e nós de manhã.

Eu fiz o convite para ver se descubro algo, mas parece que vai ser difícil, ela parece ser muito neurótica e esperta então tenho que usar os meus dons.

Quando o meu pai soube do que fiz ele ficou transtornado comigo, pois ele avia feito um pedido, em deixar ela de fora disso, e eu descumpri sua ordem.

Afinal, minha cede de colocar ele atrás das grades é mais forte que a ordem de meu próprio pai.

— Então é amanhã em — Gabriel meu amigo fala observando a parte de fora da lanchonete —.

Somos melhores amigos desde pequeno, então sim, ele já sabia de tudo.

— Nem me fale — falei vendo as pessoas entrando e saindo da lanchonete, aqui é muito frequentada — eu tô com medo dela não falar nada, de nem ir, ela parece ser muito inteligente e que observe mais do que age ou fale — felei me lembrando do almoço — o vestido ficou muito bom nela, bom de mais.

— Vai se apaixonar Vinicius? Me fala que já compro meu terno pro casamento — ele falou rindo, parecia que tava tendo um troço, mandei dedo do medo e fiquei sério — vai levar ela aonde?

— Paris 6 — falei e ele ainda estava se recuperando da risada — Bom lugar?

— Lógico que sim — ele falou tomando um pouco de seu refrigerante — depois você leva pra sua casa pra apresentar como sua namorada — ele falou e voltou a rir —.

— Vai se fuder Gabriel — falei e me levantei da minha cadeira — .

Sai da lanchonete e fui pro meu carro, já tínhamos pago mais o Gabriel ficou enrolando lá dentro quando viu uma loira.

M A R I A   E L I S A 🌻

Quando sai de lá fui direto pra minha casa. Tomei um banho frio e tentei relaxar mais não dava, queria sair quebrando as coisas igual filmes, novelas, mais não teria dinheiro pra comprar outros.

Quando deu o horário fui até o Centro de Ajuda e a sala que dava aula estava enfeitada com balões, eu era para pra dar aula, eu fazia isso por amor, o pior de tudo era isso, que eles sabiam e me tirou isso. Alguns alunos choraram, mais todos falaram que íamos nos esbarrar pelo morro.

Quando terminou tudo fui pra casa do Jorge, estava havendo churrasco porque iriam dar a notícia, estava somente os pais deles, nosso grupo, e só os mais chegando.

Quando entrei a Bi me encarou, provável que já sabia de tudo. Cumprimentei todos e evitei meu tio, só a Júlia que dei um Oi pois ela não tem nada a ver com isso.

Me sentei em uma cadeira do lado de Will, ele me abraçou e ficamos assim por um tempo. Acontece que crescemos todos juntos, o Will e o Jorge sendo melhores amigos, e Bi e eu, lógico que minha relação com a Bi é mais forte, porém não descarta a minha relação ao extremo com os meninos, sentimos o que o outro sente, sabemos quandoo outro está mal, quando precisa de um colo amigo.

— Eu já sei o que aconteceu — ele falou colocando seus braços em volta dos meus ombros — toda a favela já  sabe, não param de falar da gritaria na boca.

— Eu amo esse lugar mais tem muita gente fofoqueira aqui credo — falei dando uma risada — Já não basta eu?

Eu queria descontrair, e ele sabia disso.

Bi e Jorge foi pra uma parte e começaram chamar a atenção do povo.

— Oi gente — Bi disse dando um sorriso e abraçando de lado o Jorge que também estava sorrindo — Bom todos vocês sabem que esse churrasco está acontecendo para dar uma notícia, não mãe, não vou me casar — ela deu uma risada e todos também — todos conhece...

— Antes da Bi terminar de falar eu quero fazer um pedido — ele falou a interrompendo — todos conhecem nossa história, sempre fomos amigos, e depois começamos a ter uma parada que ninguém sabia o que era, mais começamos a namorar sem pedidos e sem rótulos — todos demos um sorriso, nessa altura todos já sabia qual seria  o pedido — nós estamos longe de ser o casal perfeito, você tem suas crises e eu as minha, sempre nos ajudamos, sempre mostramos que estamos aqui independente de qualquer coisa, quando sai da casa dos meus pais você me ajudou a achar essa casa e decorou sem perceber do nosso jeito — Bi chorava muito, chorava de felicidade, então Jorge se ajoelhou e estendeu uma caixinha de veludo vermelha — Não vamos ter condições de nos casar por agora por isso eu comprei, não por rótulos e qualquer coisa do tipo, mais sim em fazer um pedido que você realmente mereça — Bi secou suas lágrimas e todos sorriam com a cena — Isso é muito cliché eu sei e não é nossa cara, mais Bianca Lopes você aceita a ser parte da família Rodrigues? Aceita ser minha dama, minha companheira, mãe dos meus filhos, minha mulher?

Bi puxou seu braço e o abraçou, abraçou forte.

— Sim eu aceito ser sua companheira, sua dama, fazer uma família com você meu amor — ela o abraçou de novo e depois se separaram, colocando a aliança um no outro —.

Aí gente muito meu casal mesmo.

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora