Escrevo esta carta, com o mais terrível dos tremores em meu interior, o genuíno medo. Avassalador sentimento paralisante.
O que ou quem, eu não saberia dizer, mas eu sentia.
O que estava atrás de mim?
O tempo todo, uma presença, sufocante e terrível. Pesada.
Começara com pouco, apenas um desconforto, mas se tornara insuportável. Eu não posso ficar sozinho, pois aquilo aparece,e fica a me rodar,como quem brinca de esconde-esconde.
E como covarde, não olho, nunca.
Se tornara impossível para mim fazer qualquer coisa, até simplismente dormir.
Aquilo estava impregnado em mim, colado, como uma sombra,um primórdio do terror verdadeiro, era parte de mim.
Eu não posso mais. Não consigo mais "viver" assim.
Esta carta é um aviso.
Nem sempre você sabe o que está com você.
Não me sinto seguro nem em meu quarto, com as portas fechadas,e a cortina cobrindo a minha janela.
Pânico. Eu estava a ponto de entrar em colapso.
O que quer que fosse aquilo,estava a minha porta, eu sabia que estava. Arranhando, sussurrando.
Eu esperava que fosse o meu fim, seria a minha melhor opção.
Com o ponto final, fechei meus olhos, e ouvi a porta se abrindo.
Pois é.
Mais um conto!
Espero que tenham gostado.
Até mais ^^.
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O Que Você Têm Para Contar Ao Silêncio?
Nouvelles"E o que somos em um buraco negro? Parte dele, ou um intruso que não pode ir embora?". - Um aglomerado dos meus contos, dos mais variados estilos -. - As músicas e as frases utilizadas, que não são respectivamente minhas, terão os devidos créditos -.
