Happy Ending

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- Regina, eu te amo, mesmo depois dessa maldita maldição que separou a nossa família. Walsh não significou nada... - Emma bufa revirando os olhos para si mesma, sussurrando em seguida: - mas é claro que ele não significou nada, Emma, ele era um maldito macaco e você estava amaldiçoada e sem memórias.

A salvadora andava em círculos dentro da estação do xerife tentando encontrar as palavras certas que pudesse expressar assim que abordasse Regina. Porém, nada parecia certo ao seu ver e cada frase que ela tentava formar soava boba e sem nenhum nexo, em alguns momentos se pegou tagarelando coisas inúteis e emboladas que a deixavam a cada minuto mais frustrada como nunca.

Afinal, como abordar a sua namorada (ou era ex?) depois de um ano sem vê-la?

Depois que Hook lhe deu aquele liquido estranho que trouxe as suas memórias de volta ela só conseguia pensar em uma coisa, ou melhor alguém: Regina.

A mulher que lhe deu novas memórias e uma vida boa e confortável onde ela nunca teve que desistir de Henry no passado, onde ela cuidou dele e o viu crescer, onde ela nunca teve que se sentir culpada a cada ano no dia do aniversário do seu filhinho e se embriagava durante todo o dia apenas para esquecer.

Mas ela sabia que pensava em Regina não apenas por esses motivos, havia mais. O vazio em seu peito que sentia quando ainda estava desmemoriada e que ninguém, nem mesmo Walsh ou Henry, poderiam preencher era a falta que ela sentia pela morena de olhos cor de café, mesmo que inconscientemente seu coração ansiava por Regina Mills.

Elas estavam juntas desde Neverland, o desespero para encontrar Henry e resgata-lo das garras de Pan as uniu mais do que o esperado e então tudo aconteceu numa noite particular onde seus sentimentos estavam sob a borda, gritando para serem explorados e as duas mulheres deixaram-se explorar e descontar uma na outra tudo que estavam guardando dentro de si. Foi intenso, Emma jurava que ainda podia sentir o gosto agridoce da morena em seus lábios e lembrava com precisão todos os gemidos e sons que a mulher fazia enquanto a loira estava com a cara entre suas pernas.

Quando elas tiveram que se separar com a maldição de Pan e ela atravessou a linha da cidade em seu fusca amarelo com Henry ao seu lado, Emma pôde jurar que parte de seu coração ficou para trás com Regina. E era por esse motivo que ela estava tão nervosa, ela está pronta para dar a outra parte de seu coração para a morena, Emma quer mais que tudo que ela e Regina possam conversar e retomar aquilo que foi interrompido, mesmo com essa outra ameaça iminente da bruxa má do oeste rondando sob suas cabeças, Emma não vê a hora em que ela pode sentir novamente aqueles lábios carnudos sobre os seus.

E é nessa hora que ela recebe uma dose extra de coragem e decide que vai improvisar, afinal ela nunca foi de seguir planos e não era agora que ela iria começar.

Com esse pensamento ela respira fundo enquanto caminha para fora em direção ao seu fusca e decide procurar por Regina, para falar com ela e decididamente resolver as coisas com a mulher.

*

Leroy disse que a viu no restaurante da vovó.

Ótimo! Emma pensa, talvez ela convide Regina para um chocolate quente e então aborde o assunto com a morena. Ela não pode prever a reação de Regina mas tem esperanças de que seja a melhor possível. Uma garota pode sonhar, não pode?

O sino na porta anuncia sua chegada, alguns rostos conhecidos a saúdam com acenos de cabeças e sorrisos que ela corresponde alegremente enquanto se encaminha para o balcão onde a vovó está.

- Boa noite, Emma - ela diz com um sorriso afetuoso - vai querer o de sempre? Chocolate quente com canela e queijo quente, certo?

- Talvez mais tarde, vovó - Emma passa a mão pelos cabelos de maneira nervosa enquanto seus olhos sondam o restaurante notando a falta da morena - Você por acaso viu a Regina? Leroy me disse que ela estava aqui.

mesmo velho amorOnde histórias criam vida. Descubra agora