Capítulo 51

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Continuação jantar... 

"Duas semanas atrás entrei em contato com o Sr. Levy, conversa vai, conversa vem..." ele leva a taça a boca e toma um gole devagar, me deixando impaciente. "Ele comentou que queria vender as ações dele, mas para uma pessoa de confiança." 

"E você não questionou o por quê?" pergunto, o encarando. 

"Claro que sim. Disse que isso aumentaria os negócios" franzo o cenho. "Não é como você pensa, Maite" 

"Como eu penso?" 

"Ele não quer tirar do William o que pertence, aliás ele já possui 50% definitivos daquela empresa, ele quer apenas crescer ela. Um investimento ajudaria" 

"Ajudaria o que? A empresa anda muito bem, estava em crise, mas saiu graças aos negócios do William" rebato.

"Hum, não exatamente..." ele para, como se estivesse lembrando de algo. "A empresa saiu do vermelho, de fato..." 

"Mas?" gesticulo 

"Iria estar em perfeita colocação no mercado se o Eugenio não tivesse pedido pro pai não assinar o contrato" 

"O contrato que William estava tentando fechar a messes..." digo para mim, mas Alisson responde. 

"Sim, depois de tudo o que houve" ele gesticula, apontando para mim "Os pais de Eugenio não fecharam negócio, e há... era um baita negócio" ele coloca um pedaço de carne na boca tranquilamente e eu perco a fome completamente "Estão tentado tapear, mas aquela emrpesa já esteve muito melhor."

"Hum..." as palavras saem com dificuldade "Você não estaria ajudando ele, assim?" o que com certeza não é o que ele quer. Estou confusa. 

"Depende do seu ponto de vista" ele sorri e prossegue "Eu vou comprar as ações e expandir o mercado dele de fato, porém, qualquer passo que ele der, qualquer ordem, decisão..." 

"Ele terá que te pedir" completo, sabendo que a coisa que mais William odeia é implorar ou ser submisso de alguma forma. 

"Ele terá que implorar para você." 

O encaro "Para mim?" 

"É ai que você entra, querida. Você será minha representante" 

"Serei?" 

"Uma ótima oportunidade para você mostrar quem volta por cima" sorri animado. 

Engulo o seco. "Uma coisa não se encaixa, aí"

Ele me olha rapidamente "O que?" 

"Você disse que a empresa não está bem, mas seu contrato foi promissor para empresa também." 

"Maite, não é assim que funciona..." 

"Dinheiro não é problema para a família dele" digo, sem entender. 

"Dinheiro não é problema para mim, querida. Para eles, talvez posso chegar a ser" 

Sinto um aperto no estômago. 

"Mas..." 

"Eu paguei a multa e cancelei meu contrato com ele" ele diz calmo. Esclarecendo a última peça. "E posso dizer que alguns amigos fizeram o mesmo"

Arregalo os olhos. 

"Alguns amigos?" minha voz sai em um fio. 

"Sou muito conhecido, Maite. E querido também" ele da de ombros. 

"Você está..." as palavras fogem da minha boca. 

"Você é o motivo disso" ele diz.

Eu? Ele está me usando para se justificar. 

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora