ERICK
Abro os olhos devagar e a bagunça à minha volta é grande. Estou no quarto da minha casa de praia, jogado na cama de bruços, totalmente nu e sozinho. Sozinho? Minha cabeça ainda está zonza da bebedeira e putaria da noite anterior.
Pelo chão há roupas espalhadas de mais de uma pessoa, litros secos de cerveja, e manchas de bebida. A luz do sol invade o cômodo pela janela de onde também sopra a conhecida brisa marítima.
— Ai... minha cabeça — gemo, rouco, virando sobre os lençóis que cheiram a sexo selvagem. Olho para o teto, de braços abertos, a ressaca me tomando.
Apalpo o colchão, procurando minha cueca, mas não a encontro. Sento devagar, pondo os pés no piso sujo. Levanto ainda tonto, mas fico parado por alguns instantes para me equilibrar. Sigo até o espelho na parede e olho o meu rosto, os olhos bem vermelhos, as olheiras bem marcadas, cara de ressaca braba.
Observo meu corpo negro e másculo um pouco murcho por causa do álcool que corre por ele, vejo o sinal que possuo no ombro esquerdo, uma pinta mais escura que a minha pele chocolate, é a minha "marca de gostoso", assim a chamo. Tenho uma tatuagem em cada braço, e quando miro meu membro, surpreendo-me por ele ainda estar com a camisinha, que tiro e jogo no chão.
Estou meio confuso, tentando lembrar direito do que aconteceu. Acho minha cueca boxer branca em um canto e a visto. Imagens da noite passada vêm como flashes na mente, da loira incrível comigo neste quarto. Cadê ela, hein?
Caminho até o banheiro, pisando sobre uma calcinha e uma cueca, abro a porta e encontro Thiago, jogado no chão com uma menina. Eles transaram aqui? Os dois estão peladões.
— Thiago — o chamo, com a voz cansada. — Thiago.
— Hum — ele geme, ainda com os olhos fechados, virando o rosto para o lado.
— Cadê a gata que dormiu comigo, mano?
— Foi embora ontem — responde, sonolento.
— E como é que não vi isso?
Thiago abre os olhos, percebe como está e reclama:
— Porra véi, dá licença, cadê a privacidade? Sai daqui, negão, estou pelado!
Fecho a cara pra ele e a porta também. Idiota. Está na minha casa e me expulsa do meu banheiro! Folgado. Mais flashes com a gatinha surgem, a gente dançando na festa e se beijando loucamente.
— Cadê meu celular? — Indago, procurando e não encontrando. — Minha carteira — também não a encontro, percebendo que a coisa é séria. — A chave do meu carro! — Fico em pânico, esbugalhando os olhos. — Droga!
Ela me roubou! É isso! Saio do quarto apressado, desço a escada correndo, e quase caio para trás quando chego na sala de estar, vendo o tamanho da bagaceira! Uma galera inteira dormindo por todos os cantos. Está tudo uma verdadeira zorra, bebida para todos os lados, um caos!
Ponho as mãos na cabeça, chocado!
— Eu tô lascado — murmuro, tentando medir mentalmente o tamanho desse estrago.
A que ponto chegou essa festa? Onde eu estava quando tudo chegou a esse nível? Cadê a ladra que me roubou? Ela vai pagar caro por isso.
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E R I C K, Rebelde e Intenso - Disponível na Amazon
Romance🔞 Livro não recomendado para menores de 18 anos. CONCLUÍDO. Livro 3 ERICK, é um jovem de 17 anos conhecido por sua beleza negra e cafajestagem. Apelidado de "negão" pelos amigos, o rapaz possui a fama de sedutor e vive a vida intensamente como se t...