Capítulo 52

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"Entendeu tudo o que tem que fazer?" Alisson pergunta, mantendo seu sorriso no rosto.

"Sim, agora... com licença" levanto, indo em direção ao meu quarto.

"Antes de ir para seu quarto, querida..." me viro para ele antes de atravessar a sala "Nem tente contar alguém sobre isso, você só tem a perder, na verdade... William só tem a perder"

Cerro os dentes. "Não cogitei essa ideia" viro novamente, indo para meu quarto.

"Bom sonhos, querida" ele grita e eu bato a porta.

Necessito de um banho. Onde eu fui me meter? Eu poderia não estar nessa situação se não tivesse fugido como uma imatura. Mas, estava tão perdida. William foi meu primeiro amor e ele me traiu de uma forma tão mesquinha, sem pensar nos meus sentimentos, no meu amor por ele. Eu não conseguia confiar nele novamente, não consigo na verdade. E oras, quem conseguiria? Sei que já faz um tempo, mas ele me trocou já como se não fosse nada? Mas, analisando bem, esses jornais e revistas são tão mesquinhos, nunca se importam com a verdade de fato.

Bufo, me sentindo incapaz de saber no que confiar ou no que fazer. Eu poderia ligar para Eugenio, mas ai falaria o que? Contaria a verdade e saísse dessa e Alisson destruiria mesmo assim o patrimônio dos Levy.

Mas, será que de fato ele conseguiria destruir? William é uma pessoa muito influente e dinheiro não era o problema.

"Dinheiro não é problema para mim, querida. Para eles, talvez possa chegar a ser"

Que merda, Maite. Que merda.

Uns dias depois

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Uns dias depois...

"Que bom que veio tomar café na mesa, Maite. Pensei que não sairia daquele quarto."

Eu não queria mesmo sair. "Estou aqui" dei de ombros.

"Vamos lá querida, temos um acordo. Seja boazinha" ele sorri.

"Temos um acordo quando estivermos em Manhattan, aqui não" rebato.

Seu sorriso se alarga "Você é muito esquentadinha, Mai, deveria relaxar"

"E você deveria ter mais medo das coisas e não levar tudo na brincadeira" disparo. "Alias, tudo que se faz aqui, se paga aqui"

"Ah, querida..." ele passa seus dedos na minha bochecha. Sinto asco. "É tão excitante quando me desafia"

Tiro seus dedos do meu rosto.

"Não me toque" o encaro. "Temos um acordo, não é?" minha voz sai com sarcasmo.

"Claro que temos" ele sorri "Mas, eles vão ser adiantados um pouco"

"Como assim?"

Ele levanta e some do meu campo de visão, mas infelizmente aparece mais rápido do que desejava.

"Abra" ele me entrega uma pasta e senta-se novamente na mesa.

Abro e corro meus olhos pelo papel. Merda.

"Não seria daqui alguns messes?" um fio de voz sai.

"Adiantei os negócios, seria antes, quando estava tentando te deixar do meu lado de uma forma amigável, mas como sabe..." ele gesticula "você não facilitou"

Arregalo os olhos. "51%?"

Ele da de ombros.

"William só tem..."

"49%? Sim, nossa como você é boa de cálculos" sorri.

Despejo a pasta na mesa.

"Você tinha dito quatro messes" encaro seus olhos azuis.

"Tinha, disse bem. Mudei de ideia. A papelada já estava pronta, então para que adiar o inadiável"

"Volto quando?"

"Voltamos" ele se apoia na mesa, ficando mais próximo de meu rosto. "ou você acha que vou deixar você flutuando em Manhattan por ai, sozinha"

"Eu pensei que..."

Ele interrompe "o que você tenha pensando, pensou errado. Voltarei com você desde já, os negócios que tinha pendente já mandei alguém de confiança cuidar"

"Você disse que iria semanas depois de mim..." falo baixo.

"Disse, mas mudei de ideia e junto com isso..." ele tira algo do bolso do seu paleto "Aqui estão as passagens"

Pego e sinto meu coração saltar. "São para..."

"Pousamos amanhã em Manhattan, querida"

Não...

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora