CAPÍTULO 3

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III — PESADELOS

"É o meu único filho, meu amado primogênito."

ERICK

Nosso beijo é quente e avassalador, parece até que nossas bocas foram feitas uma para outra. Esse corpinho delicioso dela pressionado contra o meu, seu perfume gostoso que me invade. Kelly está me fazendo delirar, e quero mais! Muito mais.

Ela vira o rosto, desgrudando as nossas bocas, ofegante. Ficamos sem ar!

— Eu não sabia que era uma festa de aniversário, no convite só dizia ser uma festa, com bebida livre — comenta, mudando de assunto.

— Essa era a intenção. Eu e meus amigos achamos que se colocássemos "festa de aniversário", a galera não iria querer vir.

— Inteligentes — elogia. — Quantos anos você 'tá fazendo?

— Dezessete.

— Eu tenho dezoito. Bem, vamos curtir seu aniversário então.

Kelly me puxa pela mão e nos leva de volta à balada. A observo dos pés à cabeça de novo, a gata sabe se vestir, tem estilo, usa um daqueles colares tipo coleira, brincos e pulseira. Com certeza é a mais bonita da festa, gostosa, e de um sorriso encantador, sedutor, que me enfeitiça a cada momento que passamos juntos.

Dançamos com as luzes e efeitos especiais nos iluminando na escuridão gostosa. Ela se diverte, esfregando o corpo no meu sensualmente, gargalhando. De onde veio? Quem é? Há algo de diferente nesta garota, que ainda não consigo explicar. Ela é como uma sereia, me carregando até um mar de emoções. Não sinto apenas vontade de possuí-la, mas de conhecê-la melhor. Ela emana uma energia boa e excitante que unida à minha parece nos fazer voar em pensamento.

Kelly continua me provocando, me seduzindo, mas também não facilito as coisas para ela, esfrego suavemente as mãos por seus braços, com o rosto colado ao seu, sentindo seu perfume. Alguns diriam que fazemos a dança do acasalamento, porque está quente e sensual! Seco mais uma garrafa.

Ramon aparece de repente, me abraçando, acompanhado de uma menina.

— ERICK MANO, ESSA FESTA ESTÁ DEMAIS! — Grita no meu ouvido, devido ao som alto.

— DEU TUDO CERTO, COMO PLANEJAMOS — o respondo.

— Caralho, quem é essa gata, mano?

— Linda, né, vai ser minha. Cadê os meninos?

— Sei lá daqueles veados, vou ali satisfazer as minhas necessidades. Tchau, negão!

Ele se vai, e eu volto para a loira, que me abraça.

— Fazia um bom tempo que eu não vinha para uma festa boa assim — comenta, em meu ouvido.

'Tá gostando? — Pergunto.

— Muito. Estou curtindo bastante.

Ela busca um novo beijo, por mim tão esperado. A tomo em meus braços e nossos lábios voltam a ter contato constante, se tocando e esquentando um ao outro.

— Que tal curtir agora só nós dois? — Proponho.

Recebo seu olhar de danada e concordância. Puxo a gata pela mão e a levo para o primeiro andar. No meio do caminho, a gata pega uma garrafa de cerveja. Subimos a escada, encontro dois casais ficando no corredor, mas o quarto continua trancado, a chave está comigo, pois não sou otário, o reservei para mim. Destranco, e entramos.

— Essa casa é linda, esse quarto. Tudo aqui é seu? — Pergunta, indo até a janela e vendo a galera dançar e se divertir lá embaixo. A abraço por trás e beijo o seu ombro nu, molhando a sua pele com a língua. A loira fecha os olhos, se excitando.

E R I C K, Rebelde e Intenso - Disponível na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora