ALÇANDO VÔO

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Haiii, esse capítulo pode conter algumas informações e passo-a-passo errôneos sobre como embarcar num vôo, eu nunca viajei de avião (Sad, sad, sad...) nem mesmo achei um relato sequer sobre como é... Então quem viaja muito e etc, se quiser me ajudar, responde aqui que chamo no chat, ai corrigimos os pontos que errei na descrição do embarque.

Desde já, aviso sobre possíveis erros, e boa leitura!

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🔥 ▪ Tom Marcory ▪

18:00.
Em ponto. Olho para a tela do meu celular, estava conversando com minha irmã por mensagens, até que ela se despede pois iria comer.  

— Pontual, como imaginei que fosse. – Enna surge num táxi e abre a porta, convidando-me para entrar enquanto o taxista sai e busca minha mala, colocando-a no porta-malas.

— Sempre sou. – Entro no carro, sentando-me ao seu lado. Olho suas roupas, Enna parecia uma mulher totalmente emporaderada em todos os sentidos, usava uma saia rodada preta, com detalhes em renda, uma blusa verde marinho. Batom e acessórios em tons neutros, fora um perfume suave.
Suave demais.
Me fazia querer afundar-me em seu pescoço até qie pudesse senti-lo com clareza.

— Você está linda. – Me limito à elogiá-la apenas.

— Obrigada. – Enna sorri, um jeito calmo e tranquilo, parecia cansada, mas não demonstra muito. — Você tambem está... Mais vestido do que ontem. – Ela caçoa, mas sou obrigado a concordar. O motorista entra, ela fala o endereço – No caso um aeroporto – e seguimos em silêncio para lá.

Enna se distrai com seu celular, já eu aproveito para descansar um pouco, já que a preocupação com Mariah havia me tirado o sono desde a madrugada.

— O que ela tem, doutor? – Pergunto, olhando para o senhor com um jaleco branco. Na parte alta de seu bolso no peitoral vinha escrito Neurologista José Serra.

— Ainda é muito cedo para falar, talvez seja só uma má ligação entre as sinapses de alguns neurônios, é o que aparenta, todavia os exames não demonstram más funções na parte especificada do cerebro que corresponderia à tal estimulo. – Ele explica, alternando entre o linguajar formal e informal.

— E como eu poderia ajudá-la? – Olho para a maca ao lado, uma senhora dorme tranquilamente, após diversas dopagens. Coitada, sua dor era tanta que... Que talvez a morte fosse o melhor.

Mas eu não poderia deixá-la morrer. Eu ainda precisava dela.

— Há uma maneira, talvez, mas custa muito. Você não teria como bancar rapazinho... – Ele fala e eu me estresso. Sinto-me alterar.

Uma raiva crescente, sentimento de frustação.

— Está me pedindo para deixá-la morrer? Eu não vou deixar ela morrer. Não vou! – Esbravejo com o neurologista, e em do nada sinto as paredes do lugar quase que explodirem, e eu volto à realidade.

— Tom!! – Enna me puxa pelo braço, sacundindo-me com certa delicadeza e eu olho para tentar desvendar onde estávamos.
O motorista nos olhava visivelmente confuso ou assustado, ou os dois.

— Chegamos? – Eu falo num tom mais calmo, recuperando a minha postura. Ela sorri, meio encabulada, mas faz que sim.

— Sim, vamos! – Saímos do carro, pegamos nossas malas e vamos até o saguão.

— Vou comprar nossas passagens, vigie as malas. Ah, seus documentos, por favor. – Ela me pede e eu lhe passo os documentos necessários. Enna vai até o guichê e demora lá cerca de 40 minutos.

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