Capítulo I

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As guerras são, sem dúvida, o que existe de pior no mundo. E, na maioria das vezes, são resultado de estupidez e ganância. Ao mesmo tempo, é em uma batalha que muitos homens se revelam corajosos, leais e abnegados. Não é a crueldade de todos aqueles mortos e feridos, o sacrifício de todos os que morrem batendo-se, ou são mortos sem que se batam, que pesa duramente na alma: é a estupidez que sacrifica vidas e haveres a qualquer coisa inevitavelmente inútil. Perante o curso inimplorável das coisas, a vida que tivemos sem saber como e perderemos sem saber quando, o jogo de mil xadrezes que é a vida em comum e luta, o tédio de contemplar sem utilidade o que se não realiza nunca - que pode fazer o sábio senão pedir o repouso, o não ter que pensar em viver, pois basta ter que viver, um pouco de lugar ao sol e ao ar e ao menos o sonho de que há paz do lado de lá dos montes.

Quando os ricos, os líderes e os de alto poder fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem. Olho por olho, e o mundo acabará cego.

A guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem para proveito de pessoas que se conhecem mas não se massacram. Se não acabarmos com a guerra, a guerra acabará conosco. Só os mortos conhecem o fim da guerra.

Sun Tzu diz: "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."

E quando seu inimigo, aquele a quem você deveria odiar, a quem você deveria optar pela morte, se torna, o seu verdadeiro amor?

Você passa a conhecê-lo, mesmo já conhecendo a si mesmo. Sabe do que gosta e do que não gosta. Sabe da sua doce essência, seu cheiro, seu gosto, suas idéias, e, conhece até mesmo, a sua alma. Mas não deveria, pois são inimigos.

O que prevalece: o amor, ou a guerra?

O amor é como a guerra; fácil de começar, e muito difícil de terminar. Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras.

Nunca houve uma guerra boa nem uma paz ruim.

A guerra na terra não é a guerra do coração dos homens. Quanto maior a dor, mais o coração apertado enxerga a possibilidade de se dar por completo. Não existe um lado vencedor. Ninguém vence na guerra. Se todos pudéssemos optar, não optaríamos pelo ódio, optaríamos pelo amor.

Não importa quantas bombas se lancem sobre nossas cabeças, os estrondos nos chamam para o presente e nele sozinhos nada somos, as bombas nos lembram de puxarmos as mãos dos que estão ao lado, como iguais.

Seria maravilhoso o amor prevalecer entre as pessoas e apagando o sentido de guerra;


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Over the Moonlight | Larry | MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora