1- Once Upon a Time

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Estava no meio de tantas seres em minha volta. "O que eles podem fazer comigo?" Pensava a cada segundo, que algum ser se aproximava

Via aquele homem com uma roupa cinza e larga, e com um chapéu totalmente horrível.

Saber que um cara daqueles, tomava posse de mim, era inaceitável.

- Ele vai me escolher, ele vai me pegar desta vez, eu irei embora 'P', não quero ir embora - ouvia um sussurro de 'M' em meus ouvidos, ela tinha, medo

- 'M', uma hora, todas nós vamos ser escolhidas - sussurrava a verdade, para 'M' - E ele irá nos trocar, trocar por outras, que iram ter o mesmo ciclo que nós - respirei - Esperar, sofrer, comer e morrer

- Mas...mas... - ela logo começou a chorar - Eu não mereço isso, eu queria...queria, não sei - ela aumentou o choro, e tentou se apoiar em mim, mas, eu me afasto

- Não, não chore. Quanto mais chorar, mais irá sofrer. - Ela se acalmou e parou de chorar

Nenhuma de nós sabia nossos nomes, apenas siglas, sobrenome ou nome.

Depois de duas horas, só sobrará eu, M, O, N, H e A

O homem mal vestido, que se dizia "Nosso dono" entrou naquele lugar escuro e sujo, gritando:

- O, N e A... - Três homens entraram junto a ele, e foram em direção a elas, elas se debatiam, porém, eles eram mais fortes - Foram escolhidas, iram ficar juntas, o cara escolheu vocês três - ele deu um sorriso malicioso e olhou para M e para mim - Vocês duas, se não forem escolhidas, vão ficar com meu filho

Como assim, filho? Alguém tão ridículo como ele, ter um filho? Devia ser aqueles garotos que escutam músicas ridículas, usam roupas ridículas e tem um respeito péssimo.

Esperamos mais algum tempo, e aquele homem, que era meu dono, e nem saberá o nome dele, entrou novamente no local

- M, você ficaria com meu filho, mas ele não te quis - Ela sorriu e ele sorria mais ainda

- Isso quer dizer que eu estou livre? - ela se levantou e se aproximou do homem

- Nem em seus sonhos queridinha - ele pegou sua arma do bolso, e em um movimento rápido, atirou na cabeça da M, ela caiu duro no chão - Bons sonhos

Fiquei sem reação, apenas olhando a cena, não gritava não chorava e nem demostrava dor ou alegria.

- Você, P, é assim, você fica com meu filho - ele sorria, e olhava para o corpo de M, não sabia se ficava aliviada dele não me matar ou triste, porque iria sofrer nas mãos de seu filho

Eles me colocaram dentro de um carro, grande e preto, mas tamparam meus olhos com um pano, para não conseguir ver o lugar onde estava saindo.

Cheguei na casa, não demorou, devia ser na mesma esquina, a casa do meu dono. - Dono, não gostava de alguém ser meu dono, mas era verdade, meu pai me vendeu para ele. - tiraram o pano de meu rosto, e eu pude ver, aquela casa enorme, cor branca creme, com um jardim maior ainda. Era apenas aquela casa, mais nada em volta, o terreno era enorme e cheio de árvores. Entrei na casa, elegante e calma, pensei que seria prostitutas para todos os lados, nus e corpos mortos, também. Não, era calma, tocando Beatles e um garoto cantava a música no ritmo, sentado no sofá. Help, como amava aquela música, quando ouvia aquela música, apertava o replay e dormia escutando.

- Filho, lhe trouxe um presente - aquela homem segurava meu braço fortemente, enquanto minhas mãos estavam amarradas para trás - Um brinquedo...Olhe... -ele me jogou no sofá, fazendo-me cair em uma cima do garoto que cantará.

- Pai... - ele ficou me encarando, e segurando meus braços, que estavam vermelhos, de tanto que apertará - Vou me divertir bastante - ele gargalhou, e olhou para seu pai - Seu nome...?

Fiquei quieta, encarando-lhe, e como consequência, levei um forte tapa no lado esquerdo de meu rosto.

- P-p... - gaguejava e tentava não olhar para aqueles olhos, olhos verdes, penetrantes, que tiravam atenção de qualquer um.

-Não quero a merda de uma letra, seu nome. N.O.M.E - apertou mais forte meu braço e me olhava irritado

-Rose, Rose Preety - olhei em seus olhos, e me perdi em meus pensamentos, olhos perfeitos.

- Não é feio... - ele desapertou meus braços, me fazendo suspirar de tão aliviada - meu nome é Edward, vamos para meu quarto - ele soltou a corda de minha mãos e foi me puxando, para seu quarto

-Filho, filho, filho. Leve primeiro ela para comer, não vai querer que ela desmaie - ele sorriu malicioso e Edward devolveu o sorriso, mudamos de rumo, ele estava certo, iria desmaiar de tanta fome - Agora vou indo, pegar mais garotas - ele se despedia, num tom calmo e normal.

Comia um lanche de presunto e tomava água, Edward havia mandado a cozinheira fazer

- Preety, vou te chamar assim, bom, você não é a primeira garota, que eu "cuido" - fez aspas, e falava em um tom arrogante - As regras são simples: Tenta fugir, eu te mato. Não vai fazer o que eu mandar, eu te mato. Me desobedece, volta para aquele galpão e te matam lá. - sem eu terminar meu lanche, ele pegou o prato, e colocou na pia

- Não havia terminado - estava num tom de voz alto, e eu reclamava, friamente - Deixa eu terminar - me levantei, e fui em direção a pia

- Aaaaãhn, não - gargalhou

Ele se aproximou de mim, segurou minha cintura, me levou para trás, fazendo-me ficar presa entre ele e a parede. Ele começou a me beijar, não queria, mas depois de uma mordida que ele me deu, cedi o beijo, obrigatoriamente. Ele parou o beijo, e eu abri meus olhos, ele estava tirando a camisa e após, ele veio, e tirou a minha, e votamos ao beijo. Não conseguir nada com aquele beijo, fiquei com olhos abertos e ele me dava beijos e chupões no pescoço. Ele era lindo muito cabelo, um pouco longo, cacheado e castanho claro, olhos grandes e verdes, corpo bonito, a perna um pouco "feminina" e muitas tatuagens. Tão lindo, mas, tão mal.

P Of KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora