Capítulo 14

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Maratona 3/5

M A R I A   E L I S A 🌻

Chegou nossa comida e comemos conversando sobre a faculdade, ele não parecia ser uma má pessoa, ou até mesmo me usar. Decidimos ir pra praia e paramos em um quiosque que por sorte estava aberto.

— Vai querer o que? — jantamos e comemos sobremesa lá, mais aqui é saco sem fundo —.

— Vou querer uma água de coco e um açaí de 10 reais — falei olhando o cardápio que tinha no caixa — pode ser com esses acompanhamentos mesmo. E você, vai querer o que? Eu pago.

— Vou querer o mesmo — ele disse tirando a carteira do bolso da calça —.

— Eu pago — falei tirando o dinheiro da carteira e dando pro moço — Vamos sentar pra esperar.

Ele concordou e sentamos em uma mesa perto do quiosque, ficamos olhando e o ouvindo o barulho do mar.

— Minha mãe me trazia aqui e nesse mesmo horário as sextas — eu falei quebrando o silêncio — ela falava que minha avó fazia o mesmo com ela, sempre disse que era pra relaxar e pensar na vida.

— Como você se sente? — ele perguntou e realmente não entendi — em relação a morte da sua avó e sua mãe.

— Eu me sinto triste, mais sei que elas estão em um lugar melhor — falei olhando pro céu e depois voltei a olhar pro mar — quando minha mãe morreu eu fiquei três meses sem fazer nada praticamente, só trabalho e faculdade, no meu primeiro mês "desligada" digamos assim os médicos falaram que eu entrei em depressão, comecei a tomar remédios caros, e eu trabalhava muito pra comprar, e também a passar com psicologa, depois que acabou o terceira frasco caguei e não liguei mais pra comprar remédios ou psicologa, eu simplesmente discordava com o que eles falavam e simplismente continuei a viver a minha vida.

Ele permaneceu quieto e parecia pensar em algo. Nosso pedido chegou e comecei a comer o açaí primeiro e ele fez o mesmo.

— Eu perdi alguém importante pra mim depois que meu pai voltou da missão em Ceará — ele falou e eu acho que ele pensava se ele continuava ou parava — Samuel o nome dele, ele é meu primo e morava em SP, quando minha tia ligou avisando eu fiquei sem chão praticamente, ele morreu em um acidente de moto, o Biel meu amigo foi comigo e quando cheguei lá minha tia estava desesperada.

Terminamos nosso açaí e nossa água de coco.

Ficamos andando pela areia bem na beira da água.

Paramos e ficamos encarando o mar, já tinha tirado o meu tênis e ele o dele. Eu olhei em volta e parei no rosto dele, o mesmo estava me encarando, ficamos sustentando o olhar até ele coçar a nuca, estávamos um passo um do outro, então ele agarrou a minha cintura trazendo pra perto dele e então me beijou, eu agarrei a nunca dele com a minha mãe disponível e ficamos ali até a falta de ar chegar, quando nos separamos ficamos um encarando o outro e voltamos a nos beijar, ficamos ali até a irmã dele ligar pra ele perguntar se dava pra levar alguma coisa pra ela.

Voltamos pro carro e ele pegou o caminho do morro, enquanto ele dirigia ele batucava os dedos, já tinha sacado, ele batucada os dedos quando estava pensando ou nervoso.

Ele parou depois de um tempo em frente ao morro, quando eu ia sair ele me puxou e me beijou, e terminamos com selinhos.

Sai do carro e quando passei pela barreira ele foi embora.

Fui subindo o morro descalça mesmo, já passava da meia noite, ficamos muito tempo na praia isso sim. Tinha algumas pessoas ainda na rua.

Cheguei na calçada, abri e fechei o portão trancando, subi as pequenas escadas e abri a porta trancando em seguida também. Acendi a luz da sala e levei um susto com o meu tio sentado no sofá.

Apenas subi pro meu quarto tomei um banho, coloquei meu pijama e fui pra sala.

— O que você quer? — felei me sentando no outro sofá encarando o mesmo —.

— O que você quer? O QUE VOCÊ QUER? — meu tio falou gritando e se levantando, me assustei um pouco até — VOCÊ ENLOUQUECEU MARIA ELISA? QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? SAINDO COM O VINICIUS? VOCÊ QUER ME VER PRESO OU ATÉ MESMO MORTO?

— Relaxa Carlos, não vou falar pra ele sobre você, não vou dar nenhuma informação não — falei me levantando ficando cara a cara com ele —.

— Que fique claro, ele só vai te usar, ele não quer nada com você, e eu não quero que você se machuque, tanto fisicamente como principalmente psicologicamente — ele tava sendo grosso mais não querendo — espero que eu tenha sido claro — falou manso como sempre me assustando —.

Ele saiu e bateu a porta com tudo me assustando outra vez.

Até parece que não tem geladeira em casa, eu hein.




Oi como vocês estão? Eu venho avisar a vocês que não vai dar pra eu continuar a postar maratona hoje, o teclado do meu celular está travando muito.
Então amanhã eu termino de postar a maratona e o capítulo do dia.
Espero que entendam, beijão ❤

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora