Um dia na minha vida ou melhor, mais um dia na minha vida. Eu acordo, tomo café, faço algumas coisas para passar o tempo, eu almoço, me arrumo e vou para a escola. Dependendo da aula até que gosto da escola, particularmente falando, eu gosto de matemática, sei que parece meio incomum, mas comum é uma coisa que você vai perceber que não sou ou talvez sim, não sei, todas as pessoas são diferentes umas das outras por mais que eu ache que a maioria delas sejam todas iguais, mas quem sou eu para falar das pessoas, já que sou apenas um garoto de 16 anos com TDAH que fica no quarto o dia inteiro, que pensa muito sobre muitas coisas; um garoto que já está quase transparente de tão clara que é sua pele parecendo até doente.
Sinceramente, não gosto das outras pessoas da minha idade, todos são muito ridículos, ignorantes, trogloditas, todos tem mentes muito pequenas; mais uma vez, quem sou eu para falar das pessoas, eu mesmo me sinto um lixo o tempo todo.
São poucas as pessoas que eu gosto, tenho poucos amigos e eles são legais, são meio idiotas algumas vezes comigo, mas quem liga?
Muita gente acha que tenho depressão, mas na verdade só não entendo porque eu estou nesse mundo. Como já dizia o grande Sigmund Freud "antes de diagnosticar a si mesmo com depressão, primeiro tenha certeza de que não está cercado por idiotas", que é o meu caso. Eu realmente estou cercado por idiotas, não estou generalizando, claro que existem pessoas legais, mas hoje em dia parece difícil de encontrar.
Tento ignorar o fato de que tenho 6 cicatrizes de corte no meu pulso porque me lembra o motivo idiota de eu ter feito isso. O ano passado foi uma droga para mim, acho que para muita gente também, sinto que devia pegar uma faca e acabar com isso agora, mas...
*RAFAEL! *
Meus amigos me chamam, quando eu atendo a porta, eles estão lá, esperando-me para sair e ficar conversando sobre qualquer besteira que vier na cabeça em alguma calçada por aí.
Sempre na maioria das vezes ou quase sempre quem vem me chamar são o Diego e a Lara
– Hoje na escola, minha amiga pegou meu celular, olhou a galeria e viu uma foto do Rafael – disse Lara.
– E o que ela disse? – perguntou Diego.
– Ela disse "meu deus, esse menino é muito branco" – respondeu ela – E também achou ele bonito.
– Ainda estou um pouco mal pelo oque aconteceu entre mim e a Lys – eu digo – não estou a fim de outro relacionamento agora.
– Você tem que esquecer essa história – disse Diego.
Pelo amor de Cristo, alguém aí tem uma arma ou faca para me poupar dessa conversa?
– Você mesmo disse que desculpou ela – continuou ele – para que esse drama todo?
– Já disse que não é drama – respondi – eu só quero esquecer tudo isso se possível, será que é tão difícil as pessoas pararem de me lembrar o que aconteceu?
Um silencio tomou conta do lugar.
– Obrigado!
Por um momento pensei que eles iam tocar no nome "dele" de novo, me da muita raiva lembrar disso. Às vezes, queria ficar sozinho para variar. A gente voltou a conversar normalmente depois de um tempo, até que ficou tarde e fui embora para casa.
Se você visse meu quarto, iria achar que eu sou algum tipo de maníaco homicida que trancaria você numa sala escondida da casa, por conta da minha pilha de desenhos de Creepypastas e Serial killers na parede e minha coleção de máscaras que também são de maníacos homicidas das Creepypastas, mas não teria coragem de fazer mal nem a uma mosca. Tenho alguns desenhos que são fanarts minhas dos personagens dos livros que eu leio como Nico Di Ângelo da série de Livros do Rick Riordan, Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo.
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Unaccountable: A vida sem sentido de um garoto morto
Teen FictionRafael Alexandre é um garoto que conta sua vida de uma forma que ninguém compreende, com tantas pessoas iguais no mundo, Rafael aparenta ser o único diferente dos demais garotos de sua idade causando grande impacto na sua vida. *NÃO É UM LIVRO DE...