My moments Adrinette

Doces Lembranças

Acordei cedo hoje, o que foi uma grande surpresa. Me levantei e espreguicei, depois fui até a varanda e fiquei olhando para o céu, de onde os raios de sol já surgiam.

Hoje o dia estava lindo em Paris. Sem nuvens, sem muito calor. Ótimo para passar o dia desenhando, brincar com a família, ou sair com o namorado.....
Suspirei.

Ainda não consigo acreditar que estou namorando com o Adrien. E ainda mais por ele ser o Chat Noir, o meu parceiro de lutas contra os akumatizados de Paris. Ainda me lembro como foi quando descobri....

Flashback on


Estávamos na torre Eiffel, depois de termos conseguido derrotar mais um akuma. Decidimos parar ali para descansar, já que era o lugar mais próximo. Eu fiquei observando a vista que havia ali com os olhos brilhando. A vista dali era sempre tão linda...

Senti uma mão tocar no meu ombro, e quando virei, vi que era o Chat, e ele parecia nervoso.

- O que foi gatinho? Está tudo bem? – eu perguntei, mas ele não mostrou reação, apenas ficou olhando para baixo.

- My lady...... – ele suspirou, e então me olhou nos olhos. – você..... você não gostaria de saber quem eu sou?

- Chat..... – eu respirei fundo, tocando sua mão, que continuava em meu ombro. – nós não podemos, ia ser muito arriscado, e você sabe disso.

- Eu sei, mas é que..... eu não aguento mais isso. – ele voltou a olhar para baixo. – eu queria tanto saber quem você é.....

- Chat....

Ele se aproximou, os olhos verdes brilhantes. Eu recuei, nervosa, e ele se aproximou mais ainda, até que eu estivesse presa entre as grades e ele. Nossa respiração estava pesada.

- Chat, o que você.... – mas ele colocou um dedo na minha boca, me calando.

- Shiiii..... – ele se aproximou até que nossos rostos estivessem a milímetros de distância. – não me negue isso My Lady.... por favor....

E então ele colou seus lábios aos meus, iniciando um beijo calmo. Eu entrei em choque, mas depois fechei os olhos, me entregando ao beijo. Ele tinha um beijo bom, eu não sabia explicar. Passei meus braços por seu pescoço, fazendo carinho em seus cabelos, enquanto ele me abraçava pelos quadris, não querendo se afastar.

Ouvi meus brincos apitarem, mas não dei atenção. Eu não estava mais prestando atenção em nada, somente no beijo e no Chat, as únicas coisas que me importavam agora.

O beijo durou longos minutos, até que o nosso ar faltasse. Nos separamos, ambos olhando para baixo, respirando fundo. Foi quando eu notei algo diferente.

O Chat Noir não estava mais de uniforme, mas sim com roupas comuns. Usava uma blusa preta e outra branca por cima. Ele estava destransformado.

Comecei a ficar nervosa. Até que eu parei e fiquei em choque. Eu conhecia essas roupas.

Levantei os olhos, e ele fez a mesma coisa. Nós dois nos afastamos na hora, completamente surpresos.

- A-Adrien?

- Ma-Marinette?

Flashback off

Ficamos um tempo agindo de maneira diferente um com o outro. Eu mais do que ele, afinal não é todo dia que você descobre que o garoto por quem você é apaixonada há mais de dois anos é o mesmo garoto que te ajuda a combater os criminosos de paris.

Foi só duas semanas depois de descobrirmos nossas identidades que eu descobri o porquê de ele ter andado tão estranho....


Flashback on

Já fazem duas semanas que eu descobri que o Chat Noir é o Adrien, e ainda não consegui assimilar tudo isso. Como eu não tinha percebido antes? Tudo bem que eles não são iguais em personalidade (o Chat é bem mais.... extrovertido), mas ainda sim possuem os mesmos olhos,  mesmo cabelo, e até as vozes são parecidas!

Você é mesmo muito burra Marinette....

- Marinette, cuidado! – eu ouvi o grito da Tikki, e estaquei na hora. Quando olhei pra frente, vi que ia atravessar a rua no sinal vermelho. Respirei fundo. Ela tirou a cabeça para fora da bolsinha, me olhando preocupada – está tudo bem Mari?

- Ta, ta sim Tikki. Desculpa, eu só estou um pouco distraída. – me desculpei, voltando a andar quando o sinal ficou verde.

- É por causa do Chat Noir não é? – ela perguntou, meiga, e eu respirei fundo de novo.

- Sim, é que eu ainda não consegui assimilar isso direito. Como eu não percebi que o Adrien era ele? Eu o vejo todos os dias. E os foras que eu dei nele? Que vergonha Tikki! – eu disse, colocando as mãos nas bochechas, e ela deu uma risadinha baixa.

- Eu sei que é algo delicado Mari, mas você não acha melhor conversar com ele? Ele deve estar tão surpreso quanto você, e vocês devem se manter unidos, ou não vão conseguir salvar ninguém dos akumas.

- É, tem razão Tikki. Obrigada. – eu agradeci, e ela me deu um sorriso, voltando a entrar na bolsinha logo depois.

Cheguei na escola e logo encontrei a Alya, que parecia estar me esperando.

- Oi Alya. – eu disse, um pouco mais animada.

- Oi amiga, tudo bem? Que cara é essa? – ela perguntou, estranhando minha reação. Odeio quando ela faz isso...

- N-Nada demais eu só estou com um pouco de sono, não dormi direito – eu disse, fingindo um bocejo.

- Aham, sei...... você está sempre com sono, até parece que vive fazendo atividades noturnas – ela disse apertando os olhos. Fiquei pálida na hora. Ela deu risada da minha cara. – to brincando, eu sei que você não faz nada, só é preguiçosa mesmo. Vem, vamos entrar.
Ela me puxou para dentro, onde a maioria estava. Quando entramos logo notei o Adrien e o Nino conversando mais a frente. O Nino falou alguma coisa em seu ouvido, e ele se virou pra mim.

Ele andou um pouco mais a frente, respirando fundo. Então parou, se virando para o os outros.

- Com licença, por favor. – ele falou, um pouco alto, e todos se calaram prestando atenção. – bom, hoje é um dia especial, e logo vocês vão saber o porquê, mas primeiro, eu queria chamar alguém. Marinette? Pode vir aqui por favor? – ele disse, olhando pra mim.
Eu travei na hora, e a Alya me deu um empurrão pra frente. Eu comecei a andar, sentindo todos os olhares sobre mim.

- O que você está fazendo? – eu perguntei, mas ele não me respondeu, apenas pegou em minha mão.

- Marinette, desde que a gente se conheceu, você se mostrou uma pessoa incrível. É gentil, atenciosa, e sempre ajuda os outros, não importa quem seja. – ele deu uma piscadela pra mim, e eu senti minha bochechas esquentarem. – você é uma grande amiga, e há algum tempo eu comecei a te ver diferente. Você também é corajosa, inteligente, e ainda mais especial. Então eu queria te fazer uma pergunta: – ele tirou uma caixinha do bolso, mostrando um pequeno anel. – você quer namorar comigo?

Senti todos ali ofegarem, e alguns resmungarem. Eu abri a boca várias vezes, em choque, mas as palavras não saiam.

Olhei pra ele, que tinha um brilho nos olhos, apesar de claramente nervoso. Respirei fundo, o abraçando. Sussurrei em seu ouvido:

- É claro que eu aceito, gatinho bobo.

Senti ele sorrir ainda mais, me abraçando forte. Quando nos separamos, ele se virou para os outros.

- Ela aceitou!

Várias palmas e gritos foram ouvidos, enquanto ele colocava o anel no meu dedo e beijava minha testa.

- Não, não é possível. Você não pode namorar o meu Adrien! – a Cloe gritou, furiosa. Ela marchou até mim, ficando cara a cara comigo. – você não vai roubar o meu namorado! Você faz ideia de quem eu sou?

- Escuta aqui Cloe – eu disse, a encarando firme. – não me importa de quem você é filha, você não pode proibir ninguém de namorar ninguém, e que eu saiba, o Adrien não é seu, senão ele não teria me pedido em namoro. E você fique longe do meu namorado. Ouviu bem?

Ela me encarou furiosa, e saiu correndo dali. Mais palmas para nós, e senti alguém me puxar pela cintura.

- Você foi incrível, My Princess. – ele sussurrou no meu ouvido, o que me fez sorrir ainda mais.

- Ai, amiga, eu estou tão feliz. Finalmente conseguiu em? – a Alya a pareceu, me dando um abraço de urso.

- É-é....

- Parabéns cara. Espero que vocês sejam muito felizes viu? – o Nino também apareceu, apertando a mão do Adrien em um cumprimento rápido.

- Valeu Nino.

Nessa hora o sinal tocou, e todos seguiram pra sala. Quando eu estava indo, o Adrien pegou na minha mão, me puxando.

- Onde pensa que vai Princess? – ele disse, com um ar sedutor, o que me fez corar e sorrir.

- Vou pra sala, gatinho, e você devia também. – eu disse, tocando a ponta de seu nariz.

- Não sem antes me dar isso. – ele se aproximou mais, me roubando um beijo. Eu o retribui, sentindo mil borboletas no estômago. Só nos afastamos pela falta de ar. – agora sim, vamos.

E então ele me puxou, me guiando até a sala de aula. Quando chegamos, a Alya e o Nino estavam sentados juntos, então ficamos juntos até o fim do dia.