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CAPÍTULO: 58 √

SANTA BÁRBARA – CALIFÓRNIA

 

 

A frente da mansão em Santa Bárbara estava cercada de fotógrafos e repórteres. O carro se aproximou enquanto várias pessoas o cercavam tentando ver quem estava lá dentro. Dinah olhava a confusão através do vidro tentando assimilar alguma coisa. Não conseguia ouvir o que diziam e se sentiu aliviada quando cruzaram os portões atônitos e o silencio reinou no interior do automóvel. Viu George que saia para recebê-la e sua não era de muitos amigos.

- O que aconteceu? – Perguntou Dinah atarantada.

- Vocês não souberam de nada ainda? – Perguntou o empresário desconfiado.

- Não… – Respondeu John que se juntava na conversa – Sei que está rolando alguma coisa diferente, mas não soubemos de nada…

- Por que diabos vocês não atenderam os telefones?
– Perguntou irritado – Nem o do John, kaena…

- Eu pedi para eles desligarem… Não queria contato com o mundo nesses dias…

- E por mais que você não quisesse contato com o mundo, o mundo quis contato com você…

- Me explica o que está acontecendo, George…

- A Allyson saiu da produção e começou a cantar para todo mundo o que você estava fazendo por esses dias e o que já fez… Seu relacionamento com a Normani, com outras garotas…

- Mas ela não tem como provar alguma coisa…

- Tem… Vamos entrar Dinah, Você precisa ver muita coisa.

Dinah entrou na sua sala de estar cumprimentando todos os presentes. Uma grande parte da sua equipe estava ali em uma reunião que George já havia solicitado. Pegou uma pasta que lhe era oferecida e sentiu o sangue fugir do rosto: As principais capas do mundo de celebridades continham fotos dela e de Normani em Bora-bora em momentos de paixão e carinho. As legendas diziam claramente sobre um romance e toda sua intimidade com a mulher que amava fora exposto como um produto a ser valorizado: Allyson sabia fazer isso muito bem.

- Essas fotos…

- Começaram a serem divulgadas há três dias. Você não desconfiou de ninguém lá John?

- Não… Ninguém me pareceu estranho… – Respondeu John andando de um lado para o outro
- Fizemos amizades com um grupo de turistas franceses e Austríacos, mas eles não me pareceram paparazzis…

- Saber o que aconteceu agora não adianta, já foi. O mais importante é o que fazer daqui em diante…

Dinah virava uma revista à outra sem acreditar que um momento que era só seu estava agora estampando capas de revistas pelo mundo. Não sabia o que dizer. Havia sido descoberta da maneira mais errada que podia acontecer. Com súbita preocupação se lembrou de Normani e o impacto que isso havia causado sobre ela.

- Dinah! – Chamou George querendo sua atenção. – Você escutou alguma coisa do que eu falei?

- Hã? Sim… Não… Não sei… – Respondeu distraída – John o que será que está acontecendo no Brasil? Será que a Mani já viu isso?

- Com certeza ela já deve ter visto… Qual foi o comunicado oficial, George?

- Por enquanto estamos em silencio… Ninguém da equipe está autorizado a falar alguma coisa, mas a imprensa quer uma posição sua Dinah…

- Eu preciso vê-la… Podemos ir para São Paulo…

- Sem nenhuma cogitação para isso acontecer – Interrompeu George
– Se você ir a qualquer lugar agora a imprensa vai saber. Não vão te deixar em paz por um bom tempo…

- Mas eu preciso saber o que está acontecendo com ela… Não posso deixá-la sozinha nesse momento…

- Dinah, meu amor se você sair de Santa Bárbara agora vão saber que você está indo ao encontro dela… Não podemos arriscar maiores fofocas…

- Mas George…

- Vamos fazer o seguinte meu bem: Tenta conversar com ela por telefone e se eu não conseguir tirar essa sua idéia da cabeça, amanhã cedo você sai para o Brasil… Ok?

- Ok, mas ela é uma pessoa publica no país dela também… Com certeza está sendo massacrada pela imprensa de lá…

- Não podemos nos arriscar Dinah.

- Eu corro qualquer risco por ela, George. Eu vou subir para meu quarto tentar falar com ela…

- Precisamos dar um comunicado para a imprensa… Posso dizer que se trata de um relacionamento serio?

- Não… Deixa eu saber primeiro o que está acontecendo e qual a posição que ela acha de devemos tomar, depois eu te comunico. Vamos nos manter em silencio nesse tempo.

Dinah terminou de subir as escadas tentando processar tudo o que tinha visto em menos de meia hora. Alcançou o quarto e com o celular na mão se jogou na cama ligando o aparelho. Tentou discar para o celular da jornalista e para a casa, mas todos os números estavam desligados. Deitando em posição fetal abraçou os próprios joelhos com uma sensação sufocante oprimindo seu peito.