Por que os Homens Não Creem?

Conteúdo Geral

Por que os Homens não Creem?

Sermão nº 3463

Por Charles H. Spurgeon (1834-1892)

Traduzido, Adaptado e

Editado por Silvio Dutra

Jan/2019

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S772

Spurgeon, Charles H.- 1834-1892

Por que os homens não creem? / Charles H.

Spurgeon

Tradução e adaptação Silvio Dutra Alves – Rio

de Janeiro, 2019.

29p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Pregação. 3. Alves, Silvio Dutra.

I. Título.

CDD 252

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"Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?" (João 5 : 44) Os fariseus no dia de nosso Senhor gostavam muito de títulos de alta sonoridade. Eles tinham seus diplomas, como nossos modernos doutores de teologia, e cuidavam bem de se orgulhar deles. Alguns foram chamados de "Rab", outros, "Rabi", outros, "Raboni". Eles tinham seus vários graus de respeito - graus que significavam o respeito devido a eles e as realizações a que tinham chegado. De fato, eles não escutariam um professor a menos que ele viesse com o título de "Rab", ou "Rabino" ou "Raboni". Ele deve ser alguém que tivesse sobre ele um grande ar de autoimportância. Ele deve ser uma testemunha de si mesmo e isso muito abundantemente também, ou então a confraria dos escribas e fariseus se afastaria dele. Agora nosso Senhor não pediu depoimentos de ninguém. Ele se levantou e falou de maneira muito simples, mas muito sinceramente a verdade de Deus e Ele não citou, como esses rabinos antigos fizeram, autores muito distantes, um sobre o outro, e fazendo comentários deles. Ele tomou a autoridade derivada de Deus e constantemente disse: "Em verdade, este é o caso" e, "Em verdade vos digo

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que este é o caso". E quando esses poderosos escribas e fariseus viraram os calcanhares e não o receberam Ele respondeu a eles: "Não era de todo provável que você fizesse. Vocês senhores são assim dados a frases elogiosas e a títulos grandiloquentes, que não haveria probabilidade de que você escutasse um homem que viesse com verdade em Seus lábios, e ainda mais, em Seu coração." Talvez não houvesse nada mais claro do que a posição que os escribas e fariseus ocupavam que era mais perigosa. Eles foram prejudicados. Eles consideraram que eles tinham a chave do conhecimento. Eles já sabiam de longe, muito a ser ensinado mais nada e, consequentemente, enquanto os publicanos e prostitutas ouviam a Cristo e se regozijavam em ouvi-Lo, dentre todos aqueles que continuamente o criticavam, quão poucos ganhavam a bênção! Agora esta é uma ilustração de uma regra geral sobre a qual desejo falar esta noite. O caráter moral tem um grande efeito sobre a fé. Esses homens, por serem orgulhosos, afetados e aficionados por títulos, eram incapazes de acreditar em Cristo - mas existem outras falhas mais comuns do que essas que efetivamente impedem os homens de se tornarem discípulos de nosso abençoado Mestre. De alguns deles

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pretendo falar esta noite. E quando eu tiver feito isso, terei algumas palavras para dirigir aos indivíduos aqui que não podem crer em Cristo porque há algo dentro de seus corações que muito efetivamente impede que eles cheguem à fé dos eleitos de Deus. Primeiro, então, é muito claro que – I. NÃO É PORQUE UMA VERDADE É CLARA QUE, PORTANTO, TODOS OS HOMENS A VEEM. Há alguns homens em tal condição mental, de um tipo tão ofuscante, que mesmo que a verdade de Deus ainda seja mais clara, seria a coisa mais improvável em todo o mundo que eles a recebessem! Vamos supor por um momento que a abstinência é baseada na verdade mais segura de Deus e não pode, por um momento, ser contestada. Algum irmão sério está tentando convencer um homem. Ele acredita nele com os mais poderosos argumentos - ele traz diante de si os fatos mais surpreendentes e algumas daquelas maravilhosas "estatísticas" que quanto mais olhamos, menos acreditamos! E depois de trazer todos estes para convencer o homem, ele ainda está indiferente. Você está surpreso, mas alguém sussurra em seu ouvido: "Ele é dono de um palácio de gim", e agora você não está nem um pouco surpreso! Seria muito improvável que ele fosse convencido da propriedade da