up, down, side

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quando eu não sei pra onde ir e quando não entendo nada que diz respeito a mim mesma, eu fujo.

o vetor dos problemas vendem de cima a baixo, do lado, na transversal e em todas as posições matemática e geograficamente possíveis.

sou virada do avesso, sinto arder a carne viva dos pés aos passos miúdos e sei que eu poderia facilmente me livrar disso se eu resolvesse entender sua alma incoerente. mas eu não quero mais entender você, com medo de que isso me diga muito do que eu mesma sou.

eu sempre vivi em você, não pode me cortar fora da física. prefiro que brinque com a metafísica, porque deus perdoa os tolos. e talvez até mesmo as blasfêmias. 

eu acho que você é o diabo, o vetor impossível, o estigma do problema. não quero ouvir, não quero a pele por completa.

rabisco a folha com força, forma-se um furo. é o olheiro secreto, arrancando pedaços de incoerência. eu poderia te conhecer, eu até mesmo poderia te amar.

mas isso significaria aprender o meu nome e eu não acredito que exista alguém nesse mundo que me chamaria por ele.

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