Uma gravidez não desejada, foi assim que eu nasci.
Na teoria eu não era para ter nascido, mas a minha mãe insistiu em mim e acreditou em meu pai para cuidar de mim, doce engano. Na realidade ele tornou a minha vida um verdadeiro inferno.
Mas acho que estou bem precipitada e adiantando muito as coisas, vamos voltar no tempo, iremos para o passado, porém não o de meu pai e sim da minha querida mãe...
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Em 13 de março de xxxx nasceu Cosma, a típica plebeia que nasceu em condições precárias e sem nenhum tipo de cuidado de médicos descentes, um parto arriscado pois antes dos 9 meses Cosma nasceu. Incrivelmente saudável para a época, nenhum sinal de doença grave que corria a solta onde ela morava, cabelos extremamente ruivo intenso, completamente estranho no século em que viva, olhos verdes como uma floresta iluminada pelo sol. Essa era a Cosma, a mulher que mudaria o um pouco o sistema do reino.
Depois de tanto sangue e choros, tanto por parte de Cosma mas também de seus pais, as enfermeiras limparam o local e se retiraram deixado um momento para a família, porém todos estavam cansados e nem deu muito tempo, todos estavam dormindo mas nunca sem esquece de dizer ' eu te amo'.
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Com seus 14 anos, Cosma, já se mostrava uma grande pessoa, sempre ajudava tanto seus pais quanto seus vizinhos, lia sempre que lhe sobrava tempo e o principal de tudo, ela caçava. É, isso mesmo que você leu, ela caçava de diversos tipos de animais, desde os mais ferozes até os mais inocentes, ela nunca se sentiu verdadeiramente bem os caçando mais sua mãe e seu pai precisavam, estavam muito doentes, pegaram a tão temida 'peste negra'. Agora ela se encontrava na floresta, sempre encontrava lebres ou até mesmo cervos que poderia levar para um jantar e quem sabe almoço para o dia seguinte.
Estava por trás de uma moita e já tinha avistado sua presa, um veado que repousava perto de um pequeno lago congelado por conta do frio. Preparou seu arco, e assim atirou, tirando a vida de um pobre animal, chegou perto do animal e rezou para que ele descansasse em paz, pegou o veado e começou a levar até a pequena casa de sua família.
Chegando lá, percebeu que nenhuma fumaça saia da chaminé, o que era estranho pois estava frio de mais, viu algumas de marcas de botas na neve branquinha que caia aos poucos. Logo, soltou o servo e correu para dentro de casa.
-MÃE! PAI!
E ninguém respondeu, procurou na pequena casa e nada, pensou na parte de trás e logo se arrependeu, viu seus pais decepados, chegou perto dos corpos e desabou ali mesmo, seus pais haviam morrido e não pode fazer nada, não pode os proteger, não pode fazer nada.
Deixou um pouco as magoas de lado, entrou na casinha e procurou a pá, a achou próxima da porta da cozinha pegou a mesma e saiu da casa para começar a cavar, cavar a cova de seus pais.
E assim começou, cavou e cavou até chegar em uma parte bem funda e colocas os dois ali, um do lado do outro de mãos dadas, deixou algumas lágrimas caírem e atingir os corpos, agora, extremamente gélidos. Colocou toda a terra e neve por cima dos dois, depois de todo o processo feito voltou para sua casa que depois de tanto tempo sem o calor da lareira o local se tornou congelante, mas não mais que o coração da nossa querida Cosma.
Ficou sentada em sua pequena cama e viu cada vez mas a neve cair no lado de fora, estava um frio insuportável dentro da casa e não tinha lenha para lhe aquecer e não poderia sair naquela tempestade de neve. Levantou de sua cama e foi atrás de cobertas, achou mais panos e pelagens de animais, utilizou aquilo mesmo e voltou a sua cama, chegando lá ouvi um som vindo da porta, para ser mais especifica, vozes, aparentemente homens. Largou todos as coisas e se escondeu por debaixo da cama, escutava cada vez mais as vozes próximas de si.