thirteen

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gENTE acabei de descobrir que a fanfic tá em 5# na tag de supercorp aqui no wattpad!!! tô super feliz e isso é graças a vocês!!! aliás, muito obrigada também ao pessoal novo que tá chegando, e comentando, e dando fav. to passando por umas coisas bem difíceis esses dias e ver que vocês gostam assim da fic faz meu dia!
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Lena

Ao voltar para casa, coloco o álbum novo de Dave Matthews para tocar no máximo. Meu carro não tem CD player, por isso comprei a fita quando saiu no mês passado. Mas, mesmo com Dave cantando "Crash Into Me", não consegui tirar da cabeça o que tinha acabado de acontecer no campo de beisebol. Kara viu Jack passando a mão mim. E Jack nem entendeu. Ele passou a mão na cabeça raspada e disse:

— Até parece que ela nunca viu duas pessoas se beijando.

Eu o empurrei para longe de mim e corri para o vestiário para pegar a mochila e as minhas roupas e ir para o estacionamento a fim de procurar Kara e Alex.

Mas elas não estavam mais lá.

Quando entro na garagem da minha casa, dou uma olhada na casa de Kara. Mesmo que ela esteja em casa, não vai ter como eu ir bater à porta dela. Sei que dissemos que íamos olhar o meu computador depois da competição, mas agora ferrou tudo.

Coloco o estojo do violino na entrada, no último degrau da escada e vou para a cozinha para jogar água no rosto. Minha mãe deixou um recado em um Post-it ao lado da pia me dizendo para preaquecer o forno e colocar a fôrma de macarrão com queijo para esquentar. Quando giro o botão do forno, vejo outro Post-it no balcão com a letra da minha mãe.

"MrsLillianLuthor@aol.com." Acho que é o endereço de e-mail que ela quer. A senha que ela escolheu é "LenaLuthor".

Coloco a fôrma com macarrão no forno e subo a escada. Depois que entro na AOL, adiciono minha mãe como MrsLillianLuthor. Depois checo se ela consegue entrar no site do Facebook com a conta dela, mas não há sinal dele na lista dos Favoritos dela.

Aliviada, saio da internet e me jogo na cadeira. O nosso segredo está seguro. Mas continuo sem saber o que é esta coisa ou como vou descobrir se Kara não vier aqui.

E isso ela nunca vai fazer.

Eu me afundo na poltrona redonda para fazer a lição de casa. Dá para sentir o cheiro da comida assando lá em baixo. Minha mãe e Lionel chegam em casa. Alguns minutos depois, ela me chama para descer e jantar.

Sempre achei que macarrão com queijo é a melhor comida do mundo para me sentir bem. Parece que, daqui a quinze anos, isso continua sendo verdade. Mas hoje a massa forma um bolo na minha garganta. Não sei se é por ser feita com trigo integral, como mamãe explica a Lionel toda orgulhosa. Ou talvez seja porque nada é capaz de me fazer sentir melhor neste momento.

...

Quando terminamos de lavar a louça, minha mãe e Lionel continuam com a obra no banheiro do andar de baixo. Estão ouvindo Led Zeppelin no máximo e usando martelo e cinzel para tirar os azulejos velhos. Pego um copo de água, vou para o andar de cima e me deito na cama.

Fico mal por Kara ter visto Jack passar a mão em mim, mas tenho direito de beijar quem eu quiser. E Jack e eu namoramos, então Kara não pode sair por aí me chamando de vagabunda. Mesmo assim, eu me sinto péssima com isso. Principalmente depois do que aconteceu em novembro do ano passado.

Foi na noite de estreia de Toy Story. Fomos em grupo assistir ao filme e ocupamos uma fileira inteira. Eu me sentei ao lado de Kara e nas cenas com os brinquedos assustadores de Sid escondi o rosto no ombro dela. Sempre adorei o cheiro dela. Me faz lembrar de fortes nas árvores e do lago. A maior parte das pessoas foi para casa depois do filme, mas Maggie, Alex, Kara e eu fomos ao cemitério para visitar a mãe de Alex. Ela morreu quando Alex era bebê e, desde que eu a conheço, ela vai lá para colocar flores ou só para dar um oi. Maggie e Alex foram dar uma caminhada, enquanto Kara e eu fomos procurar Claire e Millicent. Esses são os nomes que uma vez descobrimos em uma lápide que pertencia a um casal. Claire e Millicent morreram na mesma data, quando as duas estavam na casa dos noventa anos. Nós adoramos a ideia de que elas nunca precisaram passar um único dia longe uma da outra. Foi assim que descobrimos o nome para o casal que comia comida semipronta, Hamburger Helper e foi assim também que eu escolhi minha senha.

Nós estávamos bem ao lado de Claire e Millicent quando Kara disse:

— Gosto de você, Lena, de verdade.

Eu sorri.

— Eu também gosto de você, de verdade.

— Que bom — disse ela e deu um passo para perto de mim como se fosse me beijar.

Recuei aos tropeções.

— Não — respondi, balançando a cabeça. — Você é... Kara.

Assim que as palavras saíram da minha boca, eu vi como a tinha magoado.

Mas eu falei sério. Durante toda a minha vida, Kara tinha sido a única pessoa com quem sempre pude contar. Se algo acontecesse entre nós e não desse certo, eu sabia que iria perdê-la. Mas, ao tentar nos proteger, acabei perdendo-a, de qualquer maneira.

Fecho os olhos e pela primeira vez no dia todo, deixo que o cansaço tome conta de mim.

Pouco depois, minha mãe me acorda e tenho um sobressalto.

— Lena? — chama ela do andar de baixo. — Está ouvindo?

— Estou — respondo. Eu me sento ereta e esfrego os olhos.

— Kara está aqui. Vou falar para ela subir.

the future of us. [supercorp au!]Onde histórias criam vida. Descubra agora