''Era algo meu e só meu. Algo que me pertencia, que fazia parte de mim.'' eram estas as palavras que eu ouvia frequentemente vindas dos lábios da minha tia, palavras vindas de uma grávida feliz, feliz de verdade!
A minha familia... bom, ela de facto era grande, muito grande na realidade, lá por casa as coisas iam-se passando lentamente, mas acabavam por passar. Eramos seis seres humanos a habitar naquele pequeno palacete: a minha mãe, meu pai, eu, Daryl, Sophia e Bob. Os meus pais nao passavam grande tempo em casa, aliás eles faziam da empresa a casa deles. Portanto como podem imaginar eu e os meus irmãos eramos muito unidos. E depois existia a minha tia, uma pessoa desiquilibrada que passava a vida com depressoes e a tomar comprimidos, mas que ultimamente andava feliz, estava gravida!
Acordei, penso que não era de madrugada pela escuridao que se encontrava na rua, acordei de sobressalto, assustada, com uma porta a bater. Pensei que fosse o meu irmao, Daryl, Daryl, tinha dezassete anos, nao era um aluno brilhante mas safava-se e isso para ele bastava. Era bastante protetor e na realidade era o que tomava conta de mim e dos meus irmaos. Ultimamente chegava a casa por volta das três da manha, visto que tinha arranjado um emprego onde trabalhava até bastante tarde. Daryl sempre quis ser independente, longe dos nossos pais e dos conflitos existentes em casa, a ideia dele era arranjar um trabalho onde conseguisse reunir algum dinheiro para me poder levar a mim e aos meus dois irmãos e começarmos do zero noutro lugar, nao importava onde fosse, bastava ser noutro lugar. Era sem duvida o meu melhor amigo, o meu confidente.
Mal acordei com o bater da porta fui beber água a cozinha, foi quando vi o Daryl. Ele nao estava normal, não sei havia, algo nele que o preocupava, pensei '' deve ser do trabalho, pobre rapaz'' foi quando ele destruiu os meus pensamentos e soltou meia duzia de palavras:
-Calça uns sapatos, acorda os teus irmãos e desce, estou à vossa espera no carro!
-Mas.. mas...
-Não há tempo para explicações faz o que te mandei agora! - quem o ouvisse falar naquele momento iria pensar que ele era uma pessoa fria coisa que não é. O que queria ele dizer com aquilo? O que se passava com ele? Para onde iamos nós? Tantas perguntas que precisavam de respostas, mas sem hesitar fiz o que ele me mandou.
Chegamos ao carro finalmente e ele nao olhou sequer para nós. Mal o Bob fechou a porta arrancamos:
-Já podes explicar agora? O que se passou? Para onde vamos? - questionava Sophia já a chorar.
Fez-se um silencio constrangedor, ninguém sabia nada.
Daryl, fala!- gritou Bob.
Vamos para o hospital. Aconteceu uma coisa.
(Bom pessoas, este foi o primeiro texto que publiquei aqui, mas não esta completo. Como foi o primeiro penso que não está nada de especial mas mais tarde acabarei de o escrever, o que acham que eles vão fazer ao hospital? Deixem as vossas ideias e sugestões nos comentários. A foto de perfil como podem imaginar não sou eu. Só não meti uma imagem minha porque para já quero manter assim. Mas chamo-me Francisca e tenho 14 anos. Obrigada por lerem! (: