Bom creio que mencionei algum tempo atrás que mamãe conseguiu com que Bingley desse sua palavra de que iria em nossa casa. Não preciso mencionar que ela ficou radiante por alguns minutos antes de surtar por não saber o que fazer para o convidado que segundo ela salvaria suas filhas da falência e da desgraça, aquele papo todo que vocês já sabem.
Pois bem estávamos as 3 da manha fazendo compras já que segundo minha mãe essa era a hora perfeita - o mercado está assustadoramente vazio - e nós por certo não pudemos fazer muitos protestos quanto a isso - Jane e eu mais precisamente -. Continuando a saga assim que chegamos em casa tínhamos carne vermelha, de cordeiro e ainda tínhamos salmão porem o prato principal não era o maior desafio e sim todos os acompanhamentos. Existem mulheres que ficam extremamente contentes em ter varias opções mas não sra bennet ela ficou aterrorizada com este detalhe, mas faria seu melhor, ou nos obrigaria a fazer.
No porta-malas do carro da minha mãe estava o mercado inteiro. Ela tinha acabado com o estoque de todos os departamentos. E eu fui "eleita", como ela mesma disse, para ser a pessoa que vai impedir tudo de dar errado.
- O que é isso tudo? - perguntou meu pai, saindo do escritório com o jornal na mão.
- É o jantar. - Coloquei as sacolas na mesa da cozinha e saí para pegar outras.
Quando passei, ouvi-o dizer:
- Pra quem?
- Os Bingley.
- São só duas pessoas, certo? Não convidamos todos os Bingley do mundo, né?
- Ah, querido. - Minha mãe simplesmente riu, afastando as objeções do meu pai com um aceno de mão.
Seguido a isso houve uma discussão a qual eles não notaram que eu estava no corredor então continuaram falando de gastos e do dinheiro absurdo que minha mãe gastou no mercado e esse tipo de coisas. Mas cheguei a uma estranha conclusão, é estranho ser a filha adulta que escuta os pais brigarem, principalmente quando eles não fazem isso perto da gente. Eu gostaria de ser um avestruz para ter uma boa desculpa para enfiar a cabeça no piso mas não dava.
(...)
Sabe a noite bem planejada que tínhamos? Então ela foi por água a baixo ou fumaça a cima, não sei direito, ate que começou bem como disse anteriormente Bingley era um campeão em saber lidar com a minha mãe, ate levou um vinho para o jantar uma coisa bem fofa da parte dele. Mesmo estando louca desvairada mamãe fez a comida, mas em algum momento entre os aperitivos e uma piscada de olho, tudo foi pro vinagre.
A noite ainda estava tranquila até esse momento, quando a Lydia decidiu chamar atenção. Acho que ela estava muito entediada e ninguém estava dando a mínima para ela.
— Então, hum, Bingley — ela começou, arrastando a cadeira para perto da dele. Como eu era assistente da minha mãe na preparação do jantar, tinha que ficar perto da porta da cozinha e, assim, não pude me posicionar de forma a bloquear da intromissão familiar o lado do Bingley que não tinha a Jane. — Você é, tipo, estudante de medicina, né?
— Isso. — O Bingley sorriu, meio cauteloso. Afinal, ele já tinha sido minuciosamente questionado sobre seu curso de medicina na UCLA, sua especialidade e o crescimento esquisito do dedão do pé do meu pai.
— Você, tipo, já examina as pessoas?
— Ainda não. Falta um ano para eu poder atender pacientes sozinho.
Ai Lydia começou um ótimo monologo sobre como o Bingley deve brincar de medico com seus colegas de medico e até mesmo ver todos eles pelados, puta merda eu estava extremamente envergonhada e não parou por ai, ela ainda se ofereceu para decorar a casa dele e por alguns minutos bem poucos achei a interrupção do meu pai bem oportuna — Bom, querida, acho que está na hora da sobremesa! — meu pai disse, levantando-se da mesa. — Ela fez alguma coisa especial para hoje à noite, e nem me deixou ver o que era. — E sorriu para os convidados.
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Primeiras Impressões
Fanfic"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro de posse de boa fortuna deve estar atrás de uma esposa." Quem diria uma frase dessas no século atual? Eu conheço uma mãe bem apegada a tais tradições do século XVIII, e ela pensa bem a...