Capítulo 11

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_ Eu não sei onde estava com a cabeça quando o deixe me trazer aqui.- dizia Cait enquanto ambos parava na frente da Joalheria.
Sam não parecia nem um pouco intimidado.
_Lembrando de que a ideia foi sua.- ele se defendeu.
_ Não de comprar um anel.- ela ficou na defensiva._ E para começar, eles podem se lembrar de que você comprou o anel de Kathryn.
_Ah então é isso. - Enquanto falava, Sam conduziu-a na direção da porta da joalheria._ Eles eles devem ter montes de clientes e já faz um mês que eu estive aqui com Kathryn. E impossível que se lembrem de mim.
_Boa tarde, senhor. - saudou um atendente atrás de uma mesa. _ É um prazer vê-lo novamente. O que podemos fazer pelo senhor, hoje?
_ Está vendo?. sussurrou Cait, voltando-se para a porta. Mas Sam segurou-a com firmeza e forçou-a a prosseguir.
Ele não parecia nem um pouco incomodado por ter sido reconhecido.
_Gostaríamos de ver anéis de noivado, por favor.- disse ele, tranquilamente.
O atendente assentiu sem hesitar.
_ Certamente. O senhor tem algo específico em mente? Diamantes, talvez? Ou esmeraldas? Safiras?

_Esmeraldas, não! Elas não me dão sorte. - interveio Sam, percebendo a referência ao anel de Kathryn._ Acredito em diamantes dessa vez.- comentou, tranqüilo, sorrindo e perfeitamente seguro. _ Esta senhorita é muito diferente afirmou, puxando uma Cait pra perto de si e ela sorriu sem graça. _ Você teria Diamantes?
_Ele deve estar imaginando o que diabos você está aprontando.- murmurou ela, quando o atendente foi buscar as jóias.
_Deixe que pense. - respondeu ele. Não é da conta dele quantos anéis eu compro ou para quem. Se ele achar que eu vou voltar com freqüência, pode até me oferecer um desconto especial!
Quando a bandeja com os anéis chegou, Cait ficou encantada com as opções. Porém um solitário de ouro branco cravejado com Diamantes chamou sua atenção e ao colocar no dedo, fico perfeito mas.

_ Você gostou? perguntou ele, sem soltar a mão dela, vendo seus olhos azuis brilhando.
_É maravilhoso. - ela respondeu, envergonhada. _ Mas tenho certeza de que é caro demais.
_Pare de se preocupar com isso. pediu ele, exasperado.
Ela queria lembrar a ele que eles não estavam noivos, e que ele não deveria gastar tanto por um anel que iria fazer parte de uma farsa mas achou melhor não fazer nenhum comentário, de qualquer forma depois que voltassem das Bahamas arranjaria um jeito de lhe devolver e ele faria o que achasse melhor com ele. Mas se preocuparia com aquilo depois. Por enquanto, Sam estava ao seu lado e havia uma semana toda com ele pela frente. Com ele e com o anel.
Quando ele voltou após o pagamento, ela sorriu.
_ É lindo. - disse. Não fazia a menor idéia do quanto ele havia pago, mas certamente não fora pouco. _Eu vou tomar conta. - prometeu Cait, antes que ele recomendasse a ela para não perder.
_Faça isso, afinal é seu. - Sam falou, sorrindo.
Ela arregalou os olhos
_ Sam
_ Não diga nada.
Ela acabou sorrindo.
_Obrigada, querido! - exclamou ela, olhando significativamente para o atendente. Então, sem que Sam esperasse, ela o abraçou e sorriu, sedutora. _Eu agradecerei direito quando formos para casa. Isso é só para começar... Entrou no jogo dele é aproveitaria é lógico.
Originalmente, ela pensara em apenas dar um beijo no canto da boca dele. Mas agora que estava ele estava em sua frente, com os braços em volta do seu pescoço e uma boa desculpa nas mãos, seria um desperdício perder a oportunidade. Se queria que o atendente admirasse e invejasse ele, um beijo no rosto não era o bastante.
De qualquer forma, parecia que os lábios dela tinham vontade própria. Assim que tocaram o rosto, eles foram atraídos para a boca dele e pousaram no melhor lugar do mundo. E apesar de estar beijando ele de uma forma que já havia feito antes, ah Muito tempo atrás mas só agora se dava conta de que não parecia errado ou estranho. Parecia perfeitamente normal.
Cait sentiu ele segurá-la pela cintura e puxá-la para si. Ele não recuou por um minuto, ele evidentemente decidira se deixar levar e fazer perguntas depois. O problema era que depois de ter começado o beijo, Ela não sabia como terminá-lo.
Pior, ela não queria.
Com um esforço sobre-humano, conseguiu afastar os lábios por uma fração de segundo, antes de sucumbir ao desejo de mais um beijo e quando tentou novamente, foi Sam quem segurou-a com força, impedindo-a de romper o contato.
Era como se os beijos de ambos tivessem vontade própria, como se a doçura inicial tivesse dado lugar a algo mais perigoso, algo quase assustador que se alojou na base da espinha dela. Sam deve ter sentido a mesma coisa porque foi ele quem, finalmente, rompeu o contato.
Olharam-se abalados por um longo momento, até que Ele conseguiu se recompor e disse:
_Acho que é melhor irmos.
Ele virou-se para agradecer o atendente, que arrumava os anéis na bandeja, com um sorriso discreto nos lábios. Enquanto isso, ela tentava se recompor. Ela sempre havia achado que a expressão pernas bambas era um clichê, mas sabia que não, e velhas lembranças retornaram a sua mente, já havia beijado vários homens, ido pra cama com eles mas só agora poderia admitir pra si mesma que nenhum era ele, nenhum faria sentir o que sentia quando estava com ele, já havia o beijado várias vezes por longos anos, atuaram juntos mas de uma coisa tinha certeza agora, nenhum daqueles beijos trocados foram atuação, só agora podia admitir pra se mesma que sempre esteve apaixonada por ele e talvez sempre estivesse. Seu corpo inteiro parecia estar derretendo e ela pensou o que teria de fazer para sair dali sem ajuda.
Como que ouvindo seus pensamentos, Ele pegou-a pelo braço e conduziu-a até a porta.

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