Capítulo 13

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Parece que as coincidências daquela viagem não parariam por terem pegado o mesmo voou, iriam sempre se encontrar no Resort, principalmente no restaurante.

Sam encontrou uma mesa para eles longe de Kathryn e Henry, que estavam conversando em uma mesa perto das grandes Janelas e então começou a relaxar. Mas a tranqüilidade só durou até perceber que Cait olhava insistentemente para Henry por baixo dos seus cílios. Ficou Irritado.

_Por que você fica olhando para ele?
Cait o encarou.
_ Formam um belo casal não acha? - disse rindo para o alívio dele que acabou sorrindo também.

_ Parece que ela está apaixonada. - disse Cait, tentando ser justa.
_ Isso é óbvio. Ela está nas nuvens e sem dúvida é por causa dele. Eu só não entendo o porquê disso tudo. - concordou Sam.
E seguiu o olhar dela. Agora que sabia que ela não estava interessada mas em Henry e desconfiava se estava antes pois estava tratando aquilo com tanta naturalidade. Então Cait decidiu ir se servir enquanto ele apenas ficava com sua bebida e estava tão distraído que nem viu quando Kathryn se aproximou, sentando-se do lado dele na cadeira vaga.

_ Teria sido um terrível engano mesmo se nos casássemos, ela estaria sempre entre nós.
Sam virou-se para encarar a loira sentada ao seu lado
_ Cait é minha amiga você sempre soube disso.- disse ele sem piscar. _ E ela nunca ficou entre nós.
_ É mesmo Sam? - debochou Kathryn. _ É essa mentira que conta a si mesmo?. Eu nem fiquei surpresa quando a encontrei em meu lugar. fui um boba mesmo.- disse balançando a cabeça, sorrindo sem alegria._ Me disseram que você sempre foi apaixonado por ela e eu não acreditei ou talvez não quis.- confessou._ Acho que agora vejo, mas até você mesmo não adimiti isso._ completou
Foi como se ele tivesse levado um soco no estômago, por incrível que pareça, Kathryn estava certa, ele sempre esteve apaixonado por ela só não admitia isso em voz alta, talvez por medo ou por quê tinha medo dela não sentir o mesmo que ele.

_ Agora você está livre Sam, faça o que tem que fazer.- disse a mulher se levantando e o deixando.

_O que Kathryn queria?. perguntou Cait, voltando pra mesa, colocando seu prato com Pães e frutas enterrompendo os pensamentos de Sam.
_ Ela só...
Só queria arrasar a vida dele. Atirar todas as suas certezas pela janela o fazer encarar a verdade de frente.

_ Só queria saber se não havia ficado nenhum mal entendido entre nós.- mentiu
Cait o olhou em silêncio
_ Você ainda gosta dela? - perguntou olhando para o prato a sua frente

_ Não.- disse ele, isso era verdade, havia ficado com Kathryn por quê era cômodo, gostava de sua companhia mais nada mais que isso, não sentirá aquela paixão avassaladora ou amor.

_ E você? - Pigarreou ele _ Henry?
Cait o encarou
_ Não.- disse firme e sustentando seu olhar.

O hotel ficava na beira de uma encosta coberta de vegetação abundante, debruçado para uma praia de areia branca, banhada pelo oceano. As árvores eram de um verde-claro magnífico e o mar, incrivelmente azul. Realmente um paraíso. O quarto era bem espaçoso os móveis eram de madeira clara, os estofados, de algodão macio e havia portas duplas que davam para uma varanda e de lá, para a praia.
Mas a primeira coisa que ela reparou foi na grande cama, com pequenos buquês de flores tropicais enfeitando os travesseiros.
_ É bonito, não? perguntou ela, finalmente._Quer ir nadar um pouco?
_Agora não, Acho que prefiro um banho de chuveiro.
_Está bem - ela falou._ Acho que eu vou.

Enquanto colocava o biquíni e passava filtro solar e ela primeira vez na vida, sentiu-se intensamente consciente do próprio corpo, diante dele. Sam já a vira de biquíni dezenas de vezes e no passado, ela não teria hesitado nem por um minuto em passar por ele a caminho da praia.
Mas aquilo era antes e agora tudo parecia diferente. Cait vasculhou a mala até achar uma saída de praia e amarrou-a firmemente em volta da cintura antes de voltar para a varanda.
_Então, até mais tarde.- disse, o mais casualmente que pôde.
_Está bem. - A voz de Sam estava tensa. Ele ficou observando-a desaparecer pela areia branca por entre os coqueiros e reaparecer alguns momentos depois em uma clareira, mais adiante. Ela havia soltado a canga e caminhava só de biquíni rumo ao mar.
Ele baixou os olhos. Como sobreviveria àquela semana?
Era tudo culpa de Kathryn e de si mesmo, onde estava com a cabeça quando foi permitir tal idéia? De ficar do lado dela já era difícil imagina fingir que eram noivos? Teria toques, beijos. Agora estava confuso e incomodado com a intensidade dos sentimentos que vieram a tona depois de tanto tempo, guardados.

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