Dia Dos Namorados ☆JIKOOK☆

● 0.1 ●

Eu não me considero uma pessoa vingativa.

Apesar dos meus amigos dizerem que, sim, eu sou uma pessoa vingativa, rancorosa, e que não deixa nada passar.

Ok...

Talvez eu realmente seja um pouco vingativo, porém, digo que não foi por vingança quando correspondi ao primeiro flerte daquele belo homem.

Não irei chegar com a desculpa idiota de que estava bêbado, porque não, não estava.

Eu estava cem porcento sóbrio.

E não vou dizer que me arrependo, porque eu estaria mentindo.

Falta ainda alguns minutos para acabar o dia dos namorados, e eu estou nessa grande cama com lençóis cobrindo pouca parte do meu corpo.

Um dia que muitos esperam só por causa do presente, o que se aplica ao meu namorado, ou  melhor dizendo, meu ex namorado.

Saí mais cedo do meu trabalho um tanto cansativo, ouvir problemas dos outros nem sempre é divertido, entretanto, não posso reclamar, pois psicologia foi a profissão que eu escolhi executar.

Fui na joalheria para comprar o seu presente, a pulseira coberta de ouro que ele havia se encantando quando fomos comprar nossas alianças, gastei 1.514.600 wons naquilo, foi bem caro, não que eu me importasse, eu nasci em berço de ouro, e dinheiro pra mim nunca foi algum problema.

O problema é quando eu penso que gastei tudo isso com aquele homem, sinto raiva dele, e de mim por sempre acreditar nos seus " te amo ".

Eu planejava fazer uma surpresa, ele não sabia que eu tinha saído cedo, claro.  Dentro do carro a caminho de casa, ligo para o restaurante mais caro de Busan, somente para lhe agradar. Chegaria em casa, lhe daria um beijo e o pediria para tomar banho e se preparar.

Porém, não é o que acontece quando eu abro a porta da sala de casa, a primeira coisa com que me deparo, é com uma calça moletom, não era do meu namorado - eu conheço as suas roupas porque sou eu quem compro - e muito menos minha.

Subo a escada com os passos mais suaves que eu conseguia dar, e já me foi possível ouvir seus gemidos, como também, gemidos desconhecidos.

Não perco tempo em abrir aquela porta, a porta da porra do meu quarto, e a visão da cena que eu tive foi um tanto quanto traumática.

O meu namorado estava sendo fodido por uma ruivo tatuado.

Sendo fodido...

Fo.di.do.

Então quer dizer que a bixa também é passivona...

Me recordo da primeira e última vez em que pedi para lhe foder, tive que ouvir por uma semana a sua indignação, querendo me convencer de que era um ativo foda.

Agora isso explica porque a foda não era tão boa.

Ele não serve para ser ativo.

Eu não senti raiva naquele momento, me vi indiferente àquela situação, não valia a pena perder meu tempo me lamentando com ele e por ele.

Assim que ele me vê, empurra com força o búfalo tatuado - o cara era enorme - e cobre o seu corpo, por mais que eu já tenha visto tudo muitas vezes. Eu tentava reprimir um sorriso, aquela cena era meio cômica.

— A-amor! E-eu posso... p-po...

— Não perca o seu tempo, passivona. Eu irei sair, e quando voltar, não quero te ver aqui, nem as suas coisas. Você sabe onde deixar a chave.

Quando viro meu corpo saindo do quarto, sinto meu pulso ser pego com rapidez e firmeza, olho para o dono daquelas mãos, e seus olhos estavam cheio de lágrimas, mas não convenceria mais a mim.