Casa da Irmã Irma: No orfanato 10 anos antes
– Para Eddie, por favor, estar me machucando – quanto mais Laura grita, mais Eddie bate naquele corpo franzino de apenas 13 anos.
– Por que tudo de bom é para você? Por que é tão protegida pela irmã, Magda?
– Eu não sei, ela apenas gosta de mim. Para Eddie!
Irmã Magda a encontrou na rua de frente ao orfanato ao lado do grande portão, mal vestida e suja sem saber de onde vinha, numa noite fria, a escuridão escondia o perigo, mas madre Magda chega perto da menina assustada, quase aflita e faminta.
– De onde você vêm? – Onde estão seu pais?
A menina sem repostas permanece calada de olhos bem abertos, a madre sem saber o que fazer – Qual o seu nome querida? A menina a mesma imagem imóvel e calada e novamente sem respostas.
Em um pedaço de papel amassado em suas mãozinhas pequenas e finas, apenas escrito Laura Bridght.
LAURA - ERA O SEU NOME.
A madre acolhe em seus braços e a leva para dentro do orfanato. Logo a menina se recupera e se entrosa com os demais, porém agora não será apenas Laura será conhecida por Laura Suja, assim a chamam: "Lá vem a Laura Suja!" e o novo apelido se integra ao sobrenome.
– Mas como essa pobre menina apareceu perdida em uma rua sem ninguém? Tão pequena e tão indefesa. A madre não se cansa de se torturar.
Eddie é dois anos mais velho que a Laura, era o malvado do lugar, batia em todos e amedrontava os menores. Aos 11 anos, Laura foi estuprada por Eddie, mas esse episódio ficou guardado em segredo e a partir daí Eddie sempre força Laura a transar com ele, em locais escondidos e abandonados do orfanato, em quartos sujos e no porão.
– Madre, o senhor de sempre a aguarda no seu escritório – fala Irmã Irma, assistente do local.
– Bom dia senhor é sempre uma honra vê-lo aqui, quero agradecer pelo apoio dado ao orfanato todos esses anos.
– Quero saber da menina. Como ela está? Não quero que nada falte à ela.
– Sim senhor, ela está cada dia melhor e mais bonita, seu investimento estar fazendo muito bem para sua educação.
– Ótimo, continue assim.
O homem deixa um cheque, que com certeza é bem interessante pela cara de sorriso da Madre.
– Obrigada, senhor.
– Em breve retorno.
Laura não imagina que tem um protetor e toda sua mordomia vem desse homem.
A Irmã a mandado do homem e pelo seu gordo cheque trata a menina como é orientada pelo seu cuidador, sempre com regalias e cuidados especiais, boas aulas e todos seus desejos.
Laura aos poucos vai adquirindo prazer ao sexo forçado de Eddie e seu oposto, ódio ministrado pelos seu medo, acumulado no seu peito e mente. Laura passou a ter submissão e pavor de Eddie, sem conseguir dizer não a todas suas investidas. Segredo é o que isso significa.
Mas nem tudo é o que parece ser, numa noite Laura sai pelos corredores escuros meio assustada com seus sonhos maus, e sem querer ao entrar num quarto com a porta entreaberta ver Eddie de bruços na cama, enquanto o velho zelador penetrava com força em suas ancas e Eddie gemia e mexia. O zelador falava palavras sujas e sem sentido, Laura em pé imóvel assiste aquela cena como se visse na mesma situação, mas aquilo era diferente.
Eddie parecia estar gostando – o que está acontecendo? – o velho sussurra alto e num gemido asqueroso parece que chega ao fim do gozo.
Laura em pé assustada não percebe Eddie se levantar e socar sua cara com força.
– O que está fazendo aqui Laura Suja? – Então, é isso que você quer?
O velho logo segura a menina pela mão e joga na cama abrindo suas pernas, tirando sua roupa com força, debruça a menina e a penetra de uma vez só, tirando um grito abafado da pobre Laura, enquanto Eddie coloca seu membro na boca, abafando o seu gemido de dor.
Ambos se satisfazem, enquanto Laura deitada sem reação chora sua dor, se veste devagar e sai, antes o velho ameaça.
– Não fale nada à ninguém ou então faço tudo de novo, entendeu?
A menina apenas balança a cabeça que sim e sai.
– Agora vem cá rapaz você é todo meu.
No dia seguinte, Laura não aparece no refeitório, e a madre preocupada vai até seu quarto, Laura estar entre os lençóis em prantos.
– O que houve querida?
– Tive um pesadelo.
– Não se assuste, estou aqui, vamos levantar. Começou o dia, vá aos seus afazeres.
Na sala de aula, Laura olha para Eddie que a intimida com seu olhar.
No intervalo, Eddie vai de encontro à Laura. – Olha você não viu nada ontem, ok?
O dia segue como de costume, o zelador caminha entre os corredores olhando para o Eddie. Laura com seus livros de história, atentamente entusiasmada com cada capítulo que descobre e aprende novos conhecimentos.
Laura se apaixona perdidamente por cada parte do passado e sua curiosidade faz com que queira seguir este caminho. Em busca de respostas se entrega completamente a leitura do desconhecido do passado. Agora quem sabe seguir numa faculdade onde se especializaria no assunto.
O protetor toma conhecimento do seu novo entusiasmo e manda sempre livros de história, grandes obras ilustradas de várias épocas do passado, Egito, Grécia, Wikings, Roma, China, India, e assim Laura se entorpece de conhecimentos. Os dias agora parecem passar mais rápido e mais prazeroso, o tempo ficou mais claro e tudo parece razoável, Eddie parou de tortura-la e diminuiu seu um importuno.
E Laura Suja dar lugar a Laura Bridght.
Aos 15 anos, a menina frágil se transformara em uma mulher encantadora e desejável, com seus cabelos longos e loiros, era a pura aparição de Afrodite.
Nada de menina, nada de suja, agora apenas LAURA BRIDGTH.
Ninguém mais cheirará suas calcinhas, nem tocarão seu corpo sem sua permissão. A lei de Laura a partir de agora será sua orientação. A começar pelo zelador.
Laura aprendeu de tudo um pouco na sua estadia no orfanato, o seu protetor não mediu esforços nem cheques para que a menina se tornasse forte e culta, aprendeu a se defender e a cuidar, a apanhar e a bater.
Através dos seus livros sabe observar e conhecer os caminhos. Habilidades científicas e marciais, arte de enganar e fingir.
Coincidências existem? Depois de alguns dias o velho zelador é encontrado morto em um dos quartos escuros do porão, a notícia corre os corredores e logo todos já sabem da novidade. O velho com o peito sangrando no chão e uma garrafa de bebida ao lado derramada, a cama do lado desarrumada e o cheiro de sexo no ar, uma foto de revista, uma poça de sangue revelam a cena verdadeira de um crime, um velho morto e um orfanato assombrado, sem suspeito, segundo o detetive o bêbado se acidentou e a morte foi fatal sem intenção.
Irmã Magda acalma as crianças e consola as freiras, o detetive recolhe o corpo e tranquiliza a Irmã que tudo voltará o normal.
– Meu Deus Irmã, que tragédia, Laura acaricia o hábito da Madre.
– Pobre homem, que Deus tenha piedade de sua alma.
A noite, todos reunidos na capela para a missa em honra a sua alma. Todos presentes, menos Eddie, que recolhido no seu quarto não participa das orações em nome do zelador.
Laura mais tarde aparece na porta do seu quarto, e numa voz mansa e calma, interroga o amigo.
– O que aconteceu entre vocês? Não estava mais afim de deitar com ele?
– Eddie com cara de bravo – Você Laura sua suja.
Ao pronunciar essa palavra Laura da um soco forte em seu rosto deixando caído ao lado da cama.
– Nunca mais fale esta palavra comigo.
Laura sai em direção ao seu quarto. A imagem do zelador, Martin, um latino de 40 anos, estatura mediana, não muito magro, seu cabelo meio grisalho, olhos fundos e humilde, sempre com seu macacão cinza, nos corredores olhando os meninos, com apetite decorador, isso dava náusea e Eddie era um entre tantos que ele se deliciava entre olhares e a cama, todas as crianças da Irmã Irma, eram sofridas e achavam ali um lar, uma atenção, amigos e uma TV.
Todas as tardes depois dos afazeres, íamos para o refeitório vê TV e às vezes filmes, era a melhor hora do dia, encontrávamos e conversávamos, tinha refresco e podíamos rir, sem ser repreendidos.
A Madre sempre ocupada com suas preocupações diárias, dava às vezes folga para nossas vadiagens, algumas meninas se pegavam nos corredores e cantos vazios, as vezes rolava sexo em seus quartos, mas meu Deus do céu se a Madre pegasse, seria o fim, um castigo inimaginável.
Na hora do almoço raramente, mas acontecia a guerra de comida, deixa as coitadas das freiras afinadas, mas as vezes alguma também entrava na guerra, eram esses momentos que as esquecia da dor e do sofrimento que passava, desde que cheguei suja na Irmã Irma, sofria bullying e estupros por parte do Eddie.
Era um amanhecer sem vontade, queria sumir. Mas para onde? Ali foi o lugar que me acolheu, e nem mesmo sei de onde vim. Quem me colocou ali em frente ao portão?
No ano seguinte, tudo de repente muda, a visita do mesmo homem. A Madre sempre aflita com sua chegada.
Sua assistente a irmã Concita, corre e dá o aviso a Madre, vejo de longe o movimento, e assisto tudo de pé ao lado da biblioteca, onde aprendi a passar meus melhores momentos.
– Bom dia, Madre.
– Bom dia, senhor.
– Como está a Laura?
– Bem senhor.
– Este ano quero que Laura vá para casa de alguém e seja cuidada por uma família, darei toda ajuda e todo o custo que for preciso, já está na idade da faculdade, e quero que ela se empenhe em um trabalho que no qual sabe bem desempenhar, o que se dedicou. Arranjei um estágio no museu para começar a colocar em prática seu aprendizado de história e seus conhecimentos.
Tenho uma família que cuidará dela, mas quero que a Madre nunca a abandone, esteja sempre ao lado dela quando precisar, e não se preocupe as doações não vão parar ao orfanato, ao contrário vou agradecer profundamente por tudo que fez a Laura.
A Madre surpresa, mas também aliviada e vitoriosa, é sempre bom ter um dos seus órfãos recebendo uma família e seguindo sua vida.
– Quando ela parte senhor?
– Amanhã, Madre, alguém vem pega-la.
Como sempre o homem deixa o envelope com os cheques. A Madre, satisfeita sabe que sempre tem uma boa quantia escrita.
– Concita, venha cá por favor, junte todos no refeitório em 15 minutos conversarei com eles.
Imediatamente a irmã obedece e logo todos estão sentados, esperando o sermão. – O que será que fiz, comenta um – cala a boca – fala a outra.
Madre adentra a porta, com seu longo hábito preto.
– Bom dia meninos.
– Bom dia Madre.
– Tenho um boa notícia, amanhã a nossa querida e amada Laura, irá ser recebida em seu novo lar, uma nova família. Vamos agradecer e ficar feliz.
Como ritual para todos que encontram famílias, todos falam:
– Até logo Laura, seja feliz e não esqueça de nós!
Laura espantada não esperava por essa situação, mas sorrir feliz.
No outro lado, não muito contente Eddie murmura algo – Como pode ela sair? Me deixar sozinho aqui, ela vai me pagar.
No outro dia, Laura se despede de todos e ao beijar Eddie em seu rosto o mesmo fala em seu ouvido.
– Não fique surpresa, mas não vamos deixar de ficar juntos, nunca. Logo estaremos juntos novamente.
Laura assustada, sai e ao avistar ao portão um longo carro preto à aguarda. Não sabe onde vai, nem quem a espera.
Olhando o carro se distanciar, inda ver de longe a fachada da casa.
– Adeus, Irmã Irma.
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Laura Bridght - Era o Seu Nome
RomanceRegistro de Obras: 312235188 Laura, uma menina abandonada, acolhida por um orfanato, onde sofria bullying e chamada de Laura Suja. Estuprada e maltratada, mas com um mentor que a cuidava em segredo. Laura se envolve em um romance puro, envolto em cr...