Capítulo XI

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O caminho para o hospital foi mais rápido do que normalmente. As mesmas pessoas – e algumas novas – encaravam o jovem correndo pelo corredor, deixando suas lágrimas o guiarem até o quarto onde Byun estava internado.

Disse as mesmas palavras para os mesmos homens que o deixaram entrar, viu o corpo ainda adormecido e se ajoelhou ao seu lado, aumentando o tanto de lágrimas que caiam por minuto.

— Me perdoe Kyungsoo, eu falhei com você, por favor me perdoe, não fiz por mal. — Repetia diversas vezes, tentando convencer o Do que estava dormindo no momento. — Você conseguirá seu homem de volta... Eu o amo... Mas ele não é meu. Me odeie pois eu me apaixonei por algo proibido, e agora não sei como voltar... — O moreno se sentou ali mesmo no chão, se sentindo um nada por amar alguém que não poderia.

— Moço? — Uma voz se referiu a Baekhyun que levantou seu olhar e viu um Baekbeom embaçado, por conta das diversas lágrimas, ficando com um pouco de coriza em seu nariz. — O que faz aí sentado no chão? Você está bem?

— Baekbeom. — Em instantes ele se levantou e abraçou o mais velho, que retribuiu o abraço meio perdido, tentando entender o que estava acontecendo. — Queria falar com você.

— O que houve? — Byun sorriu ao ver o rosto preocupado de seu irmão, ele conseguia se comover com um completo estranho, era lindo. — Você não parece estar muito bem.

— Eu não tenho nenhum amigo que possa me ajudar... Briguei com meu namorado e vi meu melhor amigo com alguém que me trás péssimas lembranças... Não tenho lugar para ficar hoje... Será que poderia dormir aqui e fazer companhia a Baekhyun..? — Quase que implorou para o maior, que sorriu e negou com a cabeça, já tendo uma ideia em mente.

— Não posso, ele tem de ficar sozinho aqui, regras do hospital, vai ficar somente um dos seguranças na frente do quarto, para guardá-lo. — Suspirou derrotado, abaixando sua cabeça, que logo o Byun levantou ao continuar sua fala. — Mas, se quiser pode vir dormir comigo na casa do meu irmão, temos quartos de hóspedes lá. Tenho certeza que se Baekhyun não se importaria de te hospedar.

— Ah, antigamente eu teria me importado sim. — Resmungou para si mesmo, chamando atenção do outro moreno, que felizmente não ouviu.

— O que disse? — O baixinho se soltou do abraço, dando alguns passos para trás e gesticulando com as mãos.

— N-nada, não disse nada... Acha mesmo que posso ficar lá?

— Sim, está tudo bem, eu estou lá por um tempo, depois da briga que tive com mamãe e ela me expulsou de casa.

Baekhyun queria entender melhor aquela história, Baekbeom sempre foi o preferido da mamãe, então não fazia sentido nenhum ele ter sido expulso de casa sem motivo. As coisas pareciam ter piorado desde o acidente.

Beom deixou um beijo na testa de seu irmão em coma e finalmente teve a chance de tirar uma dúvida enorme que rondava sua cabeça desde que conheceu o garoto ao seu lado.

— Qual seu nome mesmo?

Byun suspirou mais uma vez e se viu obrigado a mentir, respondendo a pergunta de uma forma um pouco ríspida.

— Meu nome? Do Kyungsoo.

O mais velho apenas assentiu e pediu para que o menor o seguisse, saindo do quarto e sendo seguido por um dos seguranças. Pelo visto era Tao, então Yifan ficaria de sentinela pela noite toda. Baekhyun sempre quis entender como era o relacionamento entre eles dois.

Todos foram para o estacionamento e ZiTao foi em direção a uma Mercedes Benz A200 cinza, idêntica sua que capotou, sua família era famosa por usar Mercedes, assim como os Park's eram conhecidos pelas Ferrari usadas no cotidiano.

I'm Not KyungsooOnde histórias criam vida. Descubra agora