Police and Thief

Prólogo

⚠️AVISO⚠️
*Fanfic também postada no Social Spirit.
Espero que gostem ;)
Tenham uma boa leitura 📖

🔫🔫🔫

Acordou com leves batidas na porta. O quarto ainda estava escuro e a chuva permanecia forte e barulhenta lá fora, olhou no relógio.

Exatas 3 horas da madrugada.

Em seguida olhou para o local de onde vinha o barulho e apesar de estar morrendo de sono e de saber do fato que teria que trabalhar daqui a duas horas, ele não pode deixar de sorrir. Simplesmente por que a razão do seu viver estava batendo em sua porta com uma carinha assustada.

Jeon Eun, em seus 4 aninhos de idade era a ômega mais fofa que ele conhecia.

— A-Appa...tô com medo. — A pequena falou acanhada, dando um pulo de susto quando ouviu mais um barulho dos trovões que se faziam presentes na tempestade que caía naquela madrugada.

O Alfa não demorou a pegar a pequena no colo para, em seguida, agasalhar a mesma em sua cama de modo confortável e abraçá-la com todo carinho mundo.

— Tudo bem pequena, Appa não vai deixar nada de ruim acontecer com você. — Falou dando um beijo na testa da filha.

A mesma fechou os olhinhos e sorriu. Mais logo em seguida seu sorriso se desmanchou.

— Sinto falta do Omma Jimin. — A pequena falou em um fio de voz. — Appa, quando ele vai voltar? Sinto falta dele. — Eun falou já começando a chorar.

E nesse momento o coração do alfa se partiu em mil pedaços. Como diria a filha que eles não estavam mais juntos? Que o ômega mais velho não iria voltar?

Não sabia até quando continuaria a mentir para a pequena, dizendo que o outro estava viajando a trabalho. Mais pelo bem da filha, era o melhor a se fazer por enquanto.

— Já te disse pequena. Ele está em uma viajem muito longa, ainda vai demorar um pouquinho pro Omma voltar. — Falou encarando os olhinhos grandes e negros. — Mais se ele souber que você tá chorando ele vai ficar triste também, e não podemos deixar que isso aconteça, não é?

A pequena rapidamente enxugou as lágrimas que ali estavam com um biquinho fofo, assentiu de acordo com o que seu pai dissera e logo fechou os olhinhos novamente e depois de alguns minutos de cafuné, dormiu.

Mais ao contrário da filha, Jungkook não conseguia, não mais. Uma vez que o nome do ex-marido era citado não havia mais como parar as lembranças.

"Lavagem de dinheiro? Assaltos? Você só pode estar brincando com a minha cara..."

Ele sabia, que não dormiria mais.

"K-Kookie, me perdoa... E-eu juro que eu tentei parar, mais uma vez que você entra, não tem como sair..."

Então nem se deu ao trabalho de deitar novamente.

"ENTÃO POR QUE CARALHOS VOCÊ SE METEU NISSO??"

Sua cabeça doía, desceu até a cozinha na intenção de tomar algum remédio para dor de cabeça. Queria apenas dormir. Queria apenas não se lembrar. Queria que tivesse algum remédio para fazer a dor em seu peito passar.

Mas para esse problema, infelizmente, não havia solução.

No começo da semana passada, se lhe dissessem que seu marido era um criminoso Jeon Jungkook teria gargalhado muito e dito que era algo praticamente impossível.

Porém, a vida lhe dera uma rasteira.

Quando conheceu Park Jimin no colégio, sentiu uma grande atração pelo ômega que cheirava a morango, um cheiro doce na medida certa, simplesmente apaixonante. Logo vieram os encontros, namoro, noivado, casamento e ele nunca havia percebido ou desconfiado de nada, e um fato de nunca se arrepender de ter se relacionado com o baixinho de olhos chocolate e cabelos rosados...

Foi sua filha Jeon Eun, fruto do amor dos dois.

Feria por dentro admitir que o amava como jamais iria amar outro alguém. E continuaria a amá-lo até o fim de seus dias nesse mundo. Seu lobo já havia feito sua escolha e o Jeon também. Essa era a realidade. Odiava Jimin por mentir desde que se conheceram, mas ao mesmo tempo o amava. O odiava por que dentre tantas profissões dignas e honestas, ele escolheu ser um ladrão.

E Jeon Jungkook era um policial.

Um policial que sempre teve uma educação boa, que sempre soube a diferença entre o certo e o errado, e que tinha princípios. E foi tomando um gole daquele whisky e engolindo todo o gosto amargo da realidade ao terminar de vestir seu uniforme que tomou uma decisão.

— Não importa o quanto fuja Park Jimin, eu vou te procurar, vou te encontrar e quando isso acontecer...

"Você não me escapa mais"