The Blue Door | Fanfic Jikook

the prologue

P.O.V. Jeon Jungkook

Se você abafar uma vela com um copo, o que acontecerá?

Imagine.

A chama se apagará em poucos segundos, porque faltará oxigênio.

Você não pode se cobrir de justificativas lúcidas, porém negativistas.

Comigo acontece o mesmo que com a vela: tenho o combustível, a cera de qualidade, o melhor, mas, infelizmente, o desânimo se instalou e me abafou.

 Muitas pessoas estão com a chama apagada.

Com a alma morta. Entregaram-se ao conformismo.

Instalaram-se no desânimo.

Como resultado: ficaram tristes, abatidas, deprimidas.

Se o que, principalmente, causa o desânimo são os problemas, eu sou o problema, então?

Muitas pessoas dariam de tudo pra ter o que eu tenho, visto ao que minha família esbanja.

Me chamo Jeon Jungkook, tenho 17 anos, filho de uma das mais reconhecidas famílias da Ásia, porém, ser reconhecido pra mim não é importante, ter status, pra mim, não é importante, e muito menos riqueza.

Eu apenas queria ser reconhecido, não como filho do dono de uma empresa multinacional, ou como o caçula da modelo mais famosa da Ásia.

Queria ser penhorado pela minha família, apenas queria que eles vissem o quanto eu amo eles, acima de tudo que temos, eu apenas queria ser reconhecido.

Poderia até dizer que meu pai mora na sua empresa, já que o mesmo nunca fica em casa.

Já minha mãe, ela prefere suas viagens caras ao redor do mundo, apenas pra esbanjar sua beleza sublime.

Ah sim, já ia me esquecendo, eu tenho um irmão, chamado Jeon Junghyun, ele tem 23 anos, cursa faculdade de medicina na Austrália, e é bem raro quando ele vem para Seul nas férias, "ficar com sua primorosa família".
Meus pais parecem me odiar, sempre procurando oportunidades para me ofender, usando meu irmão como ser superior a mim, pelo motivo que o mesmo é esforçado, faz uma boa faculdade, e num bom país.

Mas ninguém reconhece o qual Jeon Jungkook também é um ser dedicado, empenhado, diligente e infatigável.

Sempre me esforço para ter as melhores notas, e ser o melhor garoto do colégio, mas meus pais só me apontam os meus erros.

Eu praticamente, fui criado pelos empregados da casa, aprendi muito com eles, uma em especial, a senhora Lee, é como se fosse uma mãe pra mim, ela me ensinou o valor de muitas coisas, me ensinou a amar novamente, e a sorrir também.

Não, nunca fui diagnosticado com nenhum tipo de doença psicológica, por falta de afeto materno e paterno, pois a senhora Lee sempre estava ali, pra me consolar, secar todas as minhas lágrimas e a lutar contra meus medos.

Ela era a única pra quem eu me abria, pra quem eu me manifestava, já ela, era a pessoa perfeita para resolver meus problemas.

Senhora Lee tinha 52 anos quando eu nasci, ela começou a trabalhar para a família Jeon bem nova, quando a empresa ainda estava sendo fundada, e trabalhou aqui por toda a sua vida.

Infelizmente, aos 66 anos de idade, ela desenvolveu leucemia, e mesmo com a ajuda de nossa família, ela veio a falecer.

Desde que ela morreu, eu estive muito sozinho, sem ninguém pra conversar, pra desabafar, secar minhas lágrimas ou lutar contra meus medos, é por isso que eu escolhi você, diário, de agora em diante, você é o único pra quem eu irei me expor, é o único pra quem eu irei dizer tudo, desde meus medos, coisas que me deixam feliz e meus momentos de lástima. Espero poder contar com você