Capítulo 13

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Quem ele pensa que é? Acha que pode ficar se agarrando com qualquer uma e depois vir no meu quarto na cara de pau querendo sexo? Ah Ruggero, me poupe!

Nem notei quando ele e Caro sumiram do nada, mas quando fui para a cozinha com a Valu para que ela bebesse água, vi aqueles dois babacas no banheiro se agarrando. E ainda deixaram a porta aberta.

E logo porque hoje mais cedo eu o defendi de Valentina na piscina, afirmei que ele não era desses garotos que só pensam em sexo, e também que não me usaria tão descaradamente assim. Mas eu quebrei a cara, mais uma vez.

Valu me olhou com aquela cara de “eu te falei” mas ela soube o quanto ver aquilo me doeu, apenas ignorei e mudei de assunto. Ela tentava me distrair mesmo sabendo o quanto eu estava chateada, nem sei por que realmente eu estava assim.

Logo ela foi embora, acompanhei-a até a porta e depois fui direto para meu quarto e me tranquei lá, desejando não ver a cara do Ruggero por umas boas horas.

A todo instante Rugge vinha me procurar, era tão difícil resistir ao seu toque e seus beijos, minha vontade era de pular em seu colo e implorar pelos seus lábios, mas o orgulho gritava mais alto. Deitada no sofá, eu assistia um filme de comédia romântica que passava na televisão.

- Que filme está vendo aí? Posso deitar com você? – perguntou ele enquanto se jogava no sofá sem esperar pela minha resposta. O sofá não era tão grande assim para duas pessoas deitadas.

- Eu ficaria melhor se você fosse para o outro sofá – sugeri.

- Mas lá não é tão grande como esse, e melhor ainda que aqui posso ficar te agarrando – lançou os braços por minha volta e me apertou, distribuiu beijos pelo meu braço até chegar em meu ombro e pescoço. Meus pelos se ouriçaram.

- Para Rugge – acabei rindo. Enquanto ele murmurava besteiras em meu ouvido, lembrei-me de seu momento com a Caro no banheiro.

Eu ficava tão irritada comigo mesma, todo minuto aquela cena me vinha à cabeça e era impossível não ficar brava.

- O que foi Ka? – Rugge perguntou ao notar minha mudança rápida de humor.

- Não é nada – falei e voltei a olhar para a televisão.

- Você está tão estranha ultimamente, o que está havendo? – acariciou meu rosto. Como ele podia agir assim? Poderia pelo menos me contar sobre a Carolina, afinal sempre fui verdadeira com ele.

- Só quero assistir o filme – ignorei suas carícias, mas ficou difícil com seus lábios beijando minha nuca, sua língua quente deslizava pela minha pele e em seguida sugava.

Virei o rosto para encara-lo e nossas bocas se esbarraram, Ruggero segurou minha nuca enquanto aprofundava o beijo, sua língua massageava a minha e em seguida sugava com destreza. Fiquei tão desorientada com seu beijo e só senti sua mão na minha bunda bem depois, o afastei.

- Você só pensa nisso? – encarei seus lábios vermelhos, provavelmente os meus estavam do mesmo jeito.

- Só estou com saudades – voltou a acariciar. Afastei sua mão com mais força e o repreendi com meu olhar.

- Porra Karol, você tá chata pra caralho, mas que merda – me empurrou não tão forte, mas o suficiente para me fazer quase cair do sofá.

- Você está louco garoto? Se você quer foder vai atrás de uma vadia – quase falei o nome da Kope, afinal não existe muita diferença. Levantei e fui até meu quarto, agora estou bem mais irritada do que antes e sei muito bem como irrita-lo também.

...

Eu não conseguia entender porque Karol andava me ignorando esses dias, nem meu pedido de desculpas ela aceitou pelo ocorrido no sofá. Não consigo encontrar motivos para isso, ah não ser que... Ela saiba sobre eu e Caro.

É a única explicação para ela ter me evitado esses três dias, talvez ela tenha contado, sempre que eu tentava avançar ela recuava, e isso me deixava meio frustrado. Eu não estava conseguindo pegar no sono, ficava virando de um lado para o outro e nada de conseguir dormir, talvez ela esteja tirando meu sono.

Suspirei profundamente e resolvi levantar da cama para dar uma olhadinha nela, não custaria nada. Abaixei o volume da televisão e joguei o cobertor para o lado, em seguida caminhei até a porta e fechei com cuidado. Girei a maçaneta do quarto de Karol com cuidado para não fazer barulho e acorda-la, aproximei da cama e vi que ela dormia como um anjo.

Agachei ao seu lado e fiz cafuné em seu cabelo, seu rosto estava com uma expressão calma e sua respiração era lenta. Sorri a admirando. Karol era linda demais, sua boca torneadinha e seus olhos verdes era uns dos detalhes que eu mais amava nela, além do corpo maravilhoso que ela tinha.

- A única garota que eu quero é você, só você. Eu sou um baita de um idiota mesmo, não sei o que deu em mim de ter ficado com a Caro, logo agora que a gente tá bem, que eu consegui te ter só pra mim. – Murmurei mesmo que ela não tivesse ouvindo nada.

- Dorme bem meu amor – Selei nossos lábios em um beijo rápido e logo depois beijei sua testa. Saí de seu quarto antes que ela acordasse e desse conta de que eu estava ali, fui para o meu quarto e caí na cama, adormecendo em seguida.

...

Assim que chegamos, Karol praticamente correu até suas amigas, suspirei e fiz o mesmo depois que desliguei o carro. Caminhei até Agustín e os outros garotos, estávamos logo na entrada principal do colégio, o sinal havia acabado de tocar, mas como sempre eu demoro alguns minutos para subir.

Olhei para Karol que caminhava em minha direção, eu tinha certeza que ela estava me olhando, não consegui desviar. Ela se aproximou ainda mais, e quando eu já estava quase abrindo um sorriso, ela disse:

- Oi Agus – sorriu e piscou para meu amigo ao meu lado.

- Oi Ka – Agustín respondeu e continuou encarando minha irmã enquanto ela entrava pelo corredor do colégio.

Era impressão minha ou minha irmã estava flertando com o meu melhor amigo?

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora