Capítulo 21

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M A R I A   E L I S A 🌻

Fiquei até a última aula da faculdade, esperei o Alan me mandar algum aviso e nada, fui pra perto da saída da faculdade e recebo uma mensagem do mesmo. Sai e atravessei a rua correndo.

— Boa noite — disse e ele apenas assentiu —.

Coloquei o capacete e subi na moto.

Ele estava andando como ele sempre anda, ou seja, correndo. Estávamos indo normal quando percebemos um trânsito e logo em seguida carros da polícia na frente.

— Tem certeza que é ficha limpa né? — perguntei preocupada e chegando perto deles —.

— Relaxa patroa, não é hoje que tu vai presa — ele falou e deu uma risada —.

Eu estava tensa, não, mais do que isso, entrando em pânico.

Um policial nos parou e na hora reconheci, Vinicius.

— Boa noite, tirem seus capacetes e descem por favor — fizemos o que ele pediu e quando ele me reconheceu ele se surpreendeu — sua carteira de habilitação por favor.

Alan deu pra ele e ele fez o que ele tem que fazer. Ficamos uns minutos ali e ele nos liberou. Colocamos o capacete, subimos na moto e acelerou.

Depois de um tempo chegamos e ele me deixou na frente do postinho.

— Meu turno acabou, volto amanhã — ele disse depois de ter tirado o capacete e fiz o mesmo — qualquer coisa me manda uma mensagem.

Apenas concordei e entrei no postinho.

Fiz minha ficha pra ser a acompanhante do Will e fui pro seu quarto, graças ao meu tio ele ficou com um quarto só pra ele, não me perguntem como que não sei.

Entrei, sentei numa poltrona que tinha lá e fiquei vendo o Will, não estava numa cena muito agradável, foi por livramento de Deus que ele esta vivo, a mãe dele está super mal, tomado calmantes, direto tomando soro, já a Rafa esta muito mal também, ela não esperava por isso, nenhum de nós esperava por isso.

Fiquei observando ele por mais alguns minutos e fui ler algum livro da faculdade. Aproveitei já o embalo pra adiantar alguns deveres e fiquei nisso até o dia clarear. Nesse tempo vinha sempre de uma em uma hora uma enfermeira para ver como ele estava. Não consegui pregar o olho em nenhum momento.

Quando deu oito horas a dona Paula chegou e ficou como acompanhante. Sai do postinho e na frente estava o Alan me esperando, mais dessa vez de a pé.

— Vamos — ele disse entendendo sua mão e dei minha bolça para ele —.

— Vamos ter que ir pro asfalto — eu disse, ele fez uma careta e dei uma risada — por uma boa causa.

— Beleza, vou te deixar na sua casa e vou pra minha pegar o carro — apenas assenti e na mesma hora paramos em frente a minha casa —.

Peguei minha bolça com ele, dei um beijo em sua bochecha e entrei.

— RAFA? — gritei no portão de casa e depois de alguns segundos ela apareceu — oi meu amor, melhorou? — ela apenas assentiu e entramos na minha casa — vou te levar pra sua casa hoje, nem um a por favor, prometi a sua mãe que devolveria hoje.

— Tudo bem, vou tomar um banho e colocar a minha roupa que eu lavei — eu apenas concordei e fui pra cozinha —.

Fiz um lanche e comi sem pressa nenhuma, Alan buzinou e fui pra sala esperar a Rafa, ela desceu e saímos, tranquei a casa toda, entrei e sentei no banco do passageiro.

Durante a ida nenhuma palavra entre eles, e também não fazia questão, apenas fiquei mexendo no meu celular cantarolando a música que estava tocando no carro.

Quando chegamos em frente a casa da Rafa nós duas descemos e entramos, sua mãe estava na cozinha e seguimos para lá.

— Bom dia dona — falei dando um abraço nela e no final uma risada, sabia que ela odiava esse apelido —.

— Cadê meu pai? — Rafa perguntou depois de abraçar sua mãe —.

— Está no trabalho, falando nisso, Maria tu deixou um short e uma jaqueta aqui quando veio na primeira vez — ela disse e se sentou na cadeira — sempre esquecia de te entregar, está no quarto da Rafa, vai lá pegar.

Apena concordei, sai da cozinha e subi as escadas, quando estava quase chegando no quarto da Rafa sinto alguém puxando meu braço.

Vinicius.

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Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora