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''Tÿr cai encima de seu próprio sangue e ao lado de vários de sua raça mortos, por humanos.

-Vocês nos chamam de monstros por sermos diferentes, nos atacam, destroem nossas coisas, poluem a terra, brigam entre si , tentam ser melhores um que o outro, são arrogantes e miseráveis , já pararam para pensar que os monstros e a verdadeira ameaça a terra são vocês?, Os Humanos...'' - Diz Tÿr cheio de ódio entre suas últimas palavras.

E então o homem acorda do cochilo breve que teve, fecha seu livro que estava a ler alguns minutos atrás e se levanta do banco daquela praça que está a algum tempo. A  leve brisa sobre o local balança os cabelos curtos e negros dele, quase que em sincronia com as várias arvores daquele enorme local onde se encontra. Ele começa a caminhar para fora dali. E algumas gotas de água voam em seu rosto, algumas crianças haviam pulado na fonte da praça, o que é proibido.

-Crianças - Diz ele ao revirar os olhos.

Ele olha seu relógio que já batia as 15:30

-Ah é mesmo... Apesar de eu achar que isso vai ser inútil.

O homem começa caminhar para fora daquela praça pois tinha um compromisso marcado.
Ele caminhava sem pressa pela cidade, aquela cidade que era sempre limpa cheia e viva, com várias arvores e tantas lojas dos dois lados da rua, tanto que a pista é até pequena para tantos carros, no caminho de seu destino ele para em um mercadinho e entra, o local é bem grande e tem uma variedade bem grande de coisas todas bem organizadas. Um rapaz que a julgar por sua aparência bem jovem deve ter aproximadamente 17 anos o atende.

-Olá, no que posso ajudar o senhor?
-Cigarros, por favor.
-Alguma marca de preferência?
-Insígnía se possível, se não tiver pode ser qualquer um.
-Tem sim, aqui senhor - Diz o garoto pegando os cigarros que estavam bem ao seu lado em uma espécie de prateleira.
-Quanto é?
-Por conta da casa - diz o garoto com um sorriso.
-Hã? porquê? - Diz ele ao arquear sua sobrancelha
-Fiquei fascinado nos seus olhos, é a primeira vez que vejo alguém com duas cores de olhos, ou são lentes?

Mark dá um pequeno sorriso

-É um motivo super aleatório, mas eu aceito
-não é exatamente só por isso mas enfim, um é azul? e o outro?
-Entendi, porem não estou interessado, desculpa, sim azul, e cinza.

o garoto fica um pouco envergonhado mas acaba disfarçando isso.

-E como se chama? - diz o garoto com um pequeno sorriso
-Me chamo Mark, e bem.. eu meio que preciso ir agora sabe? horário marcado - Diz Mark coçando atrás da cabeça e indo em direção a porta
-Não vai perguntar o meu?
-Talvez na próxima garotinho estranho, mas obrigado pelos cigarros - Diz Mark colocando um dos cigarros em sua boca e acendendo com um isqueiro que sempre leva consigo

Mark se retira a loja e continua em direção ao seu compromisso naquela rua amontoada de árvores , lojas e pessoas. Depois de alguns minutos caminhando ele chega ao seu destino.

Clínica psiquiátrica PSIACT

-É.. Vamos lá - Pensa o homem enquanto dá o ultimo trago em seu cigarro e o joga fora.

Ele entra e espera alguns minutos para dar seu horário e então é chamado.
Entrando na sala ele começa a observar tudo em volta, é pequeno, mas confortável, com uma prateleira de livro na parede que é toda branca, com uma janela relativamente grande para entrar um bom ar, o psicologo senta numa cadeira vermelha próxima a uma escrivaninha de trabalho branca, e pede gentilmente que Mark sente no sofá branco a sua frente.

-Hmm Mark D. Vacant, certo?
-Isso.
- O que é o D?
- Pelo que me recordo, Drakkar.
-Muito diferente nunca vi um sobrenome assim, você sabe o que significa?
-Não, na verdade isso faz parte do motivo de eu estar aqui agora, e eu acho que precisava falar sobre isso com alguém.
-E Qual é?
-Eu não sei quem eu sou..
-Como assim?
-Eu não tenho lembranças de mais de 2 anos atrás, não sei quem é meu pai ou mãe ou se quer se tenho, a única lembrança que carrego comigo mesmo, é o meu nome.
-Perda de memoria? sofreu algum acidente ou pancada na cabeça?
-Não, já fui examinado várias vezes, nenhum sinal de perda de memoria, já liguei para todos os hospitais possíveis, e eu não passei por nenhum deles, é como se eu não tivesse existido até 2 anos atrás, não existem sequer registros meus antes disso, e isso fica na minha cabeça o tempo inteiro,  eu quero saber quem ou o que eu sou. é frustante.

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