4: Stalker.

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- Nossa, esse Bibimbap 'tá muito bom senhor ChungHee. - Jisoo falava olhando para o pai de Jennie.

- Obrigado. Eu sabia que vocês gostavam então resolvi separar um pouco pra' vocês. - Chung falava se levantando da mesa. - Deixa um pouco para sua mãe, Jennie. - Jennie apenas assentiu com a cabeça. - Eu vou subir, tenho algumas coisas pra' resolver. Boa noite garotas.

- Boa noite. - Jisoo e Jennie responderam em uníssono.

- A comida do seu pai é tão boa, você tem sorte de ter um pai cozinheiro.

- Eu também acho, mas vamos combinar que a SunHee cozinha muito bem também. - Jen fala se referindo à cozinheira de Jisoo - Nós duas temos sorte em ter cozinheiros profissionais em casa. - Jisoo apenas concordou com a cabeça.

- Então, amanhã minha mãe volta pra casa, 'tá preparada pra' ficar sem minha presença divina.

- Nem é exibida, né? - As duas caem na gargalhada.

- Eu? Nem um pouco. - Jisoo lhe da um sorriso amoroso. - Eu sei que você vai sentir minha falta, velha ranzinza.

- Ei, não me chame assim! - Jennie inclinou seu corpo para perto de sua amiga e lhe deu um leve peteleco na testa. - Você mora aqui do lado, se eu sentir sua falta é só ir na sua casa, besta.

- É, mas não será a mesma coisa. - Jisoo se levantou e foi lavar seu prato na pia. - Aliás, eu esqueci de te contar uma coisa.

- Então diga agora. - Jennie colocou seu prato na pia e fez uma carinha fofa para Jisoo lavá-lo.

- Tá bom, eu lavo. - Jennie sorri. - Então, eu conversei com uma amiga minha sobre a Lisa.

- Sério? Me conte agora. - Jennie diz de forma afobada e se senta na cadeira virada pra' Jisoo.

- Ela disse que a Lisa é bi assumida. - Jennie fez uma expressão de surpresa e logo depois sorri de um jeito estranho, pelo menos foi estranho para Jisoo. - Ah, os pais dela são separados, mas isso não é grande coisa. Agora pode ficar feliz, sua crush pega mulheres também.

- Eu nunca peguei uma mulher, então essa frase não deveria existir.

- Não pegou mas quer pegar, e agora vai ser mais fácil. Imagina se ela fosse hétero, aí você não teria chance mesmo. - Jisoo tinha um sorriso sacana no rosto.

- Como assim "mais fácil"? - Jennie se encostou na parede. - Nem com ela sendo bi eu tenho chances.

- Escute, você vai ficar com esse crush nela pra' sempre? Tu tem que agir, agora sabemos que ela é bi, então ela pode te dar uns pegas e talvez até algo mais. - Jisoo foi em direção a sala e Jennie a seguiu. - E outra, você é linda e legal, aposto que se ela te conhecer, vai começar a gostar de você. - Jennie sorri timidamente com as palavras de Jisoo.

- Eu sei lá. Isso é difícil pra' mim, não sei o que meus pais pensariam sobre eu estar querendo dar "uns pegas" em uma menina, se é que eu quero, não sei o que estou sentindo.

- Jennie, seus pais são legais! - Jisoo tenta consolar a melhor amiga.

- Eles são, mas você sabe como minha mãe é. "Meninas devem ficar com meninos.". - Jennie fez uma imitação ruim de sua mãe.

- Ela pode até falar isso, mas se você começar a namorar uma garota, ela teria que aceitar. Além do mais, a vida é sua.

- Eu sei, mas é difícil contrariar a minha mãe, você sabe... - Jennie se levantou em um pulo do sofá e pegou sua jaqueta, se dirigindo a porta. - Eu preciso respirar um pouco, vou dar uma caminhada.

- Okay, tenha cuidado. - Jisoo sabia que Jennie precisava de um tempo e se ela queria assim, então daria esse tempo.

A Kim andava pela rua pensando em sua péssima situação. Provavelmente estava com uma paixonite em uma menina popular, o que já é duplamente ruim, e sua mãe era homofóbica.

Jennie não sabia definir o que estava sentindo, essa era a primeira vez que esses sentimentos estavam aparecendo. Não conseguia parar de olhar para Lisa quando a via na escola ou em qualquer outro lugar, e quando a garota chegava perto de sí, sentia seu mundo virar de cabeça pra' baixo, mas não sabia o que era isso. Talvez estivesse apaixonada, mas ela se perguntava como podia estar apaixonada, nem conversava com Lalisa, como podia estar apaixonada por alguém que nem conhece. No final ela não sabia o que estava sentindo.

Sua mãe nunca tratou alguém mal por ser gay, ela respeitava, mas não achava certo e não queria que sua filha fosse assim. Mesmo nunca tendo visto sua filha ficando com meninos, ela achava que Jennie fosse hétero e era assim que ela preferia.

Jennie atravessava a rua perdida em seus pensamentos, ela nem percebeu que um carro estava vindo em alta velocidade em sua direção, só foi perceber quando sentiu uma mão a puxando para a calçada. Saindo do transe em que estava, sentiu seu corpo chocar contra o corpo da pessoa que havia a salvado.

- Saí do meio da rua, maluca. - O homem de dentro do carro gritou irritado e seguiu dirigindo.

Jennie percebeu que seu corpo ainda pressionava a pessoa que salvou sua vida, então lentamente se virou e a encarou. O que aconteceu depois que a deixou mais surpresa, ela inclinou sua cabeça para a frente pra' ter uma visão melhor de seu/sua salvador(a) e deu de cara com nada mais nada menos que Lalisa Manoban.

Lisa salvou sua vida.

Lovely - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora