Ensina-me - Felizes para sempre?

Capítulo Dezessete

Dois dias se passaram Ray se encontrava ainda desacordada mas sem risco de vida é isso me deixava ainda mais apreensivo, passei horas lendo sobre pessoas que entravam em coma e ficava anos e quando acordava não se lembrava de nada, esse era meu medo dela acordar e ter se esquecido de mim, se esquecido de nós.

Precisava voltar para o hospital, queria está ao seu lado quando acordasse para dizer o quanto a amo e que sentia muito pelo babaca que fui nas últimas semanas. Depois que Lúcio fez a doação de sangue lavaram Ray para UTI, enquanto eles cuidavam dela e sua mãe permanecia no hospital fui até a casa dos meus pais para tomar um banho e trocar de roupa, mas toda a informação de que Ray estava grávida rondava minha cabeça. Céus, não usávamos proteção por não haver o risco dela engravidar é pelo o que ela tinha me contado ou o que sabia sobre o ocorrido no passado e que pelo fato de ter sido estuprada várias vezes causou a impossibilidade. Não entendia muito sobre isso mas como iria saber o que estava ocorrendo com ela se agia como um perfeito babaca.

Vestir uma camisa preta de manga comprida e uma calça jeans da mesma cor, optei por um par de shitkicker pretos estava terminando de escovar os dentes quando recebi uma mensagem de Jack o ex agente da CIA; "Já estamos com ele" e logo o endereço do lugar onde eles estavam, era fora da cidade o que levaria no mínimo uma hora para chegar, mas não me importava só precisava dar um fim naquele bastardo, ele pagaria pelo o que tinha feito com Ray, com Benjamin e com as outras crianças que com certeza maltrato. Estava descendo as escadas quando encontrei Amy sentada no último degrau olhando para o telefone com um olhar triste.

- Amy - chamei, e ela levantou a cabeça - achei que estava no hospital.

- Cheguei agora - respondeu guardando o telefone - onde vai vestido para a guerra? Já tem um tempo que você não usa isso ai - disse apontando para meu pé.

- Vou a delegacia pegaram o cara que atirou na Ray.

- Oh meu irmão - ela se levantou me abraçando - eu sinto tanto, por que fariam isso?

- Ray estava fazendo algo muito bom mas isso afetaria muita gente - apertei em meu abraço - obrigado querida, preciso ir. Se cuida.

Me despedir da minha irmã com um beijo na testa, sai de casa entrando no Jaguar acelerando até a saída de Nova York.

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Estacionei em frente a um galpão desativado, dobrei a camisa até o cotovelo e sai do carro seguindo até a entrada, quando passei pelas portas vi o imbecil sentado em uma cadeira amarrado Jack ou Owen já havia lhe dando um corretivo para manter sua boca fechada. Quando olhei para Manny um sorriso debochado se formava o que me irritou ainda mais. Parei a sua frente e cruzei os braços.

- Ei rapaz - saudou Jack ao lado de Owen - esse é bem escorregadio.

- Você e o cafetão daquela vadia? - Perguntou Manny - Espero que...

Antes que ele pudesse dizer qualquer porcaria minha mão se fechou em punho e foi de encontro ao seu rosto com toda a minha força que pude sentir o osso do maxilar se quebrando ou foi alguns dentes? Não importava acabaria com a raça daquele verme.

- Ela estava grávida! - rosnei me aproximando dele - Você poderia ter a matado. Vou acabar com você e quando não sobrar nada meu amigo ali vai fazer picadinho de você jogar para os cachorros.

Seu olhar assustado foi um deleite para mim, era isso que desejava lhe causar um medo e dar uma lição que nunca tinha levado, mas na realidade não poderia fazer muita coisa além de lhe da uma bela surra e entregá-lo à polícia e foi o que eu fiz.

- Jogue esse bastardo em qualquer lugar, mas garanta que não diga nada - disse a Jack enquanto limpava as minhas mãos - Vou para o hospital.

- Como ela está? - perguntou em um tom de preocupação.

- Fora de perigo, mas perdeu muito sangue.

- Ela vai sair dessa - Jack apertou meu ombro em forma de consolo - vou garantir de que Manny não diga nada.

- Obrigado amigo.

Partir em direção ao hospital com um gosto diferente na boca, dizia que a vingança era doce mas na realidade era amarga e saborosa, mas o que eu sentia naquele momento era tão ruim quanto. Não me alegrava com o que tinha feito mas também não me arrependia, ser movido pela raiva pode causar danos irreparáveis em sua vida e te instigar a fazer coisas que nunca pensou em fazer, não usaria Ray para cobrir o que tinha feito a Manny fiz por que aquele verme merecia.

Estacionei na frente do hospital e segui em direção a UTI onde minha amada estava quando cheguei na sala de espera Claire e George estavam sentados em uma daquelas cadeiras horríveis, quando me viu a mãe de Ray veio até mim e abraçou com força temia que as notícias não fossem boas, que minha Ray tivesse...

- Ela acordou - Claire disse com um sorriso - acordou! Os médicos estão cuidando dela por isso não nos deixaram ficar no quarto.

Um alívio transbordou pelo meu peito me fazendo cair sobre as cadeiras. Dra.White saiu do quarto vindo até nós.

- Já podem entrar, ela está bem só não pode se agitar muito.

Fui o primeiro a entrar, quando passei pela porta minha noiva estava com os olhos focados na janela uma mão repousava sobre a barriga e seus olhos marejados indicava que havia chorando, com cuidado me aproximei dela quando percebeu minha presença Ray olhou para mim e então se desmanchou em lágrimas novamente, corri até ela a abraçando com cuidado.

- Me perdoa - disse com a voz embargada - por favor me perdoa.

- Shhh... está tudo bem meu amor - ela disse com a voz baixa - estamos bem...

Levantei o olhar para ela.

- Está chorando? - Perguntou levando uma mão até meu rosto - Eu sei, na verdade já tinha desconfiado por um tempo.. mas acreditei que era mal estar pelo estresse.

- Eu te amo Ray... achei que tinha a perdido.

Ela sorriu secando as lágrimas que desciam em meu rosto com cuidado, eu a amava mais que tudo e a amaria pela eternidade.