Capítulo 30

5.8K 432 26
                                    

Maratona 7/7

M A R I A   E L I S A 🌻

E aqui estava eu mais uma vez nesse trabalho maravilhoso, hoje pelo fato de ser segunda estava uma correria por chagar coleções novas.

Deu meu horário de almoço, peguei minha mochila e fui pra praça de alimentação, peguei minha comida e me sentei em uma mesa.

Estava mexendo no meu celular então alguém senta na minha frente, olho e vejo Vinicius.

— Boa tarde — ele disse colocando sua bandeja na mesa e se sentando — a, posso?

— Claro — dei um sorriso — Boa tarde.

— Minha irmã me contou sobre Cabo Frio — ele disse e abriu seu refrigerante — Tá animada?

— Tô sim — bebi um gole do meu suco — Você também deveria estar animado.

Pois é, decidimos que a viagem do meio do ano seria em Cabo Frio, e o bom que não teria que trabalhar nas minhas férias da faculdade.

Ficamos conversando sobre a viagem, que ele levaria um amigo, e sobre diversas outras coisas.

Terminamos, e ele me acompanhou até a loja que trabalho.

— Você fica por aqui — ele disse e logo deu um sorriso de canto —.

— É — eu disse e arrumei minha mochila no ombro — Vou indo.

Eu disse e virei, quando virei ele pegou mina mão e puxou a mesma, fazendo eu bater meu corpo com seu. Sem demoras ele foi de encontro com minha boca e iniciou um beijo, fiquei meio com receio por estar na porta do meu trabalho, mais dane-se.

Estávamos nos beijando, sem pressa e sem demora, nos separamos e ficamos um olhando pro outro.

— Podemos sair juntos depois da sua faculdade? — ele me perguntou colocando uma mexa de meu cabelo atrás da orelha —.

— Podemos — disse com um meio sorriso, mais sabendo que meu tio me mataria quando descobrisse —.

— Ótimo — ele disse e me deu um selinho — agora tenho que ir, se não vou chegar mais atrasado ainda no serviço.

Concordei, me virei e entrei na loja.

— Sem piadinhas, agora cada um pro seu posto — eu disse seguindo reto, mais sabendo que os meus colegas de trabalho tinha visto e ia ficar me zoando, sem contar o sorrisinho na cara deles —.

J Ú L I A 💋

O trabalho hoje foi puxado, não fiquei um minuto em paz, nem no almoço fiquei, estávamos correndo pra uma casa ser entregue antes da data.

Cheguei no meu prédio, peguei o elevador e apertei no meu andar, hoje o Carlos iria vir pra cá, sim, sabemos que é muito perigoso, mas ele insistiu.

Meu andar chegou, sai do elevador e fui até minha porta, destranquei ela e entrei, quando eu entrei vi meus pais no sofá da sala, minha mãe tomando uma xícara de café e meu pai vendo seu celular.

— O que fazem aqui? Quem liberou vocês? — perguntei e deixei minhas coisas no balcão —.

— Falamos que era seus pais, e dinheiro também — meu pai disse dando de ombros — o assunto que viemos tratar é que precisamos que você assine uns papéis.

— Márcio, acha mesmo que sou criança e ingênua ainda — disse e dei uma risada irônica — eu sei que esses papéis são sobre meu avô, ele me deixou parte da herança, isso não vou negar, porque diferente de você meus avôs me trataram bem, como filha, como humana — dei outra risada irônica — se eles descobrissem o filho embuste que eles tem, será que ainda estaria na liderança da empresa? Mais espera, tu matou eles pra ficar não é mesmo? — Sim,  outra risada irônica — mais na verdade falta pouco pra você sair de lá e ficar sem nada dos meus avôs, e não adianta roubar tu sabe o que vai acontecer — fui até a cozinha, peguei um pouco de água e bebi, voltei pra sala e eles estavam na mesma posição — Matias, lembram dele? — minha mãe me olhou com tudo — pois é, ele irá fazer 21 anos semana que vem, e adivinha quem volta? Isso mesmo — bati palma, pulei e fiquei cara a cara com meu pai — Meu irmão, que descobriu o que você fez comigo, ameaçou a contar para os meus avôs, e colocou ele em uma escola tipo o exército que você fala? Coitado, fez faculdade desdos 16, concluiu a faculdade dele o ano passado, ainda duas não é mesmo? Mau tu sabe que você criou seu próprio inimigo, assim como eu.

Assim que terminei de falar minha mãe levanta com tudo e me dá um tapa na cara.

— Que foi Cristina, não gosta da verdade? — perguntei colocando minha mão no meu rosto — sabíamos que você não queria outro filho, mais quando seu marido descobriu que era menino a proibiu — fui até a porta e abri — os dois se retirem da minha casa por favor.

Eles me olharam pasmos e se retiraram.

— Só mais dois dias nesse apartamento, só mais dois dias Júlia — falei pra mim mesma —.

Aquele não era meu apartamento real, só estava ficando pra terminar de ficar pronto o meu.

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora